Capítulo seis

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Já andavam a muitas horas e ainda não haviam chegado ao destino que Thomas havia falado. Mary estava cada vez mais cansada, nunca tinha caminhado tanto em sua vida. Carregava uma bolsa com algumas roupas e um pouco de pão, e seu violino que não podia deixá-lo por nada. Chase percebendo seu esforço e que andava sem forças decidiu ajudá-la.

- Deixe-me ajudar - disse ele puxando sua bolsa.

A jovem se espantou em ver aquela atitude dele.

- Não precisa - disse ela, pois não queria ser um problema.

Mas ele não deu ouvidos e pegou a bolsa mesmo assim. Rosemary torcia o nariz, mas não podia negar que estava aliviada sem ela e já conseguia caminhar melhor. Quando a noite caiu finalmente chegaram ao local.

- Chegamos - disse Thomas.

Rosemary olhou bem para o lugar. Era uma casa muito pequena, feita de madeira no meio da floresta, coberta por árvores e folhas. Chase abriu a porta e entrou, a garota olhando em volta entrou em seguida. A residência era ainda menor por dentro, não havia repartições, logo na entrada tinha uma pequena mesa com várias armas, mais adiante havia uma cama do lado da janela, do outro lado um pequeno sofá e a frente uma pia com um fogão, tudo era minúsculo, e mais distante do lado esquerdo ao fundo, tinha uma porta da qual Thomas saia, Mary deduziu que fosse o banheiro.

- Você mora aqui senhor Chase? - perguntou ela colocando as coisas em cima da cama.

- Não, mas venho muito aqui.

- E onde mora?

- Um pouco em todos os lugares. Não tenho residência fixa.

Mary sentou e sorriu dizendo:

- Por que temos que ir pra capital? Não podemos ficar aqui?

- Não é seguro.

Chase foi até a porta de saída e a abriu dizendo:

- Eu vou ver algo, mas ali é o banheiro se precisar. Também tem comida naquele pequeno armário.

Rosemary estava certa sobre o banheiro e teve que erguer os olhos para notar o armário, era realmente pequeno. Ela assentiu e ele se retirou. Antes de comer alguma coisa a jovem precisava de um banho. Correu para o banheiro rapidamente e ligou o chuveiro, nem se acreditava quando sentiu a água percorrer o seu corpo. Quando enfim saiu, se sentia relaxada. Vestiu um vestido azul e da bolsa tirou um pente que penteou os cabelos durante minutos. Depois olhou-se num espelho pequeno que levava e conseguiu enxergar mais da velha Rosemary; sorriu involuntariamente, pois se sentia um pouco melhor.
Naquele momento Thomas voltara para dentro inesperadamente e Mary acabou se assustando.

- Que susto - disse ela guardando o espelho.

Thomas a admirou. Via que o brilho de seus olhos ainda estava lá. Ele sorria de canto.

- O que foi? - perguntou Rosemary ao notá-lo.

- Nada.

A garota estreitou os olhos e logo lembrou da mulher que Thomas fora buscar.

- E a mulher senhor Chase? - perguntou ela curiosa.

A Garota Do ViolinoOnde histórias criam vida. Descubra agora