Chase caminhou durante minutos, mas estava sem sorte, não conseguia encontrar um posto para que pudesse tratar seu ferimento. Sentia os olhos embasando e suas pernas fraquejando. Transpirava fora do comum. Ele estava quase desistindo quando alguém disse:
- Thomas Chase.
Ele logo olhou para trás e reconheceu quem o chamava.
- Capitão Szymański?
- Que bom vê-lo. O que houve com você? Está ferido? - perguntou o homem.
- Nada, estou bem.
- ...Já sabe sobre a guerra não é?
- Não muito... Está com uma unidade aqui?
- Sim - respondeu o Capitão.
- E como vão as negociações? - perguntou Thomas.
- Não tem negociações... Não vamos nos render.
- ... As tropas já estão preparadas?
- Sim, mas estamos recrutando mais homens, sabe que estamos em desvantagem tanto em número como em armamento... Esperamos a ajuda da França e Inglaterra.
- Eu estive nas cidades atingidas dias antes fazendo uma pequena investigação, suspeitava de que estava perto de algo assim acontecer.
- Você esteve lá? - perguntou o capitão.
- Sim, foi terrível.. Mas acredito que ainda tem muita coisa pra acontecer.
O homem estreitando os olhos perguntou:
- Como assim?
- Quando estive fora, ouvi muitas coisas, e pode ser que outro país também tem a intenção de nos invadir, espero estar errado, mas precisamos ficar atentos.
- ... Vou certificar que enviem mais homens para o leste. Obrigado pelas informações.
Thomas assentiu.
- Você sempre foi um bom soldado Chase. Tenho certeza que nos ajudaria muito num momento como esse.
- Me aceitem de volta.
- Você sabe que eu já tentei antes, mas sua briga foi muito séria.
- Mas eu quero poder ajudar.
- Eu tentarei de novo e farei o possível.
- Obrigado capitão.
-... Para onde está indo?
- A um posto médico, mas não encontrei nenhum por aqui.
- Eu sei onde há um. Venha, eu te levo até ele - disse Szymański abrindo a porta de seu carro.
Thomas sorriu e nele entrou. Não era muito longe dali e chegaram rapidamente. Chase desceu do carro e agradeceu ao seu ex- superior.
- Agora tenho que ir. Boa sorte Thomas.
- Igualmente.
O Capitão se foi em seu carro, e Thomas entrou no posto preparado para tratar soldados feridos. Ele estava tonto e fraco, mas conseguia se manter firme.
- Com licença... - dizia ele se aproximando de uma enfermeira.
Ela ao ouvi-lo ergueu os olhos e franzindo a testa disse:
- Thomas?
- Cecylia?
- Quanto tempo! - disse ela se levantando. - O que está fazendo aqui?
- Nada de interessante - respondeu ele.
Os dois se fitaram.
- Está ferido? - perguntou ela com os olhos arregalados.
- Sim... Pode me ajudar?
- Claro! Se aproxime.
Thomas se aproximou dela e sentou em uma das camas tirando a camisa.
- Foi baleado? Como?
- Um soldado inimigo.
- Hã? Mas você foi expulso do exército.
- É... Mas eu estava em uma investigação independente, quando começaram a invasão.
- Entendo, sempre se arriscando. Você não muda nunca - disse ela enquanto terminava de dar alguns pontos.
- Ai... - resmungava ele.
- Você teve sorte Thomas, a bala pegou de raspão, mas está fraco, perdeu muito sangue. Precisa repousar entendeu?
- Hunf.
-... Fique aqui... Comigo... Eu posso cuidar de você.
- O que? Não.
- Por que não?
- Porque não é necessário - disse ele vestindo a camisa.
- E quanto a nós? Já pensou nisso? - indagou ela.
- Nós? - perguntou ele dando com os ombros - Nós só ficamos uma noite.
- Uma noite maravilhosa.
- Não sei - disse ele se levantando.
- Qual é o seu problema Thomas, hein? Quer ficar a vida inteira sozinho?
- Talvez.
- Você esconde algo. Pode se abrir comigo - disse ela.
- Eu não escondo nada. Do que é que está falando?
- Não precisa se esconder do amor Thomas - disse ela se aproximando dele.
- Não diga besteiras - disse ele.
- Um dia ele vai vir até você e você não terá como evitar.
- Já chega Cecylia!
- Eu te amo... Eu quero ficar com você, eu sei que você não é tão duro assim aqui dentro - disse ela encostando a mão próximo ao lado esquerdo do peito de Chase.
- Você não sabe de nada - disse ele tirando a mão dela. - Obrigado pelo curativo.
Os dois se fitaram durante alguns segundos.
-... Tome analgésicos para aliviar a dor - disse ela.
Thomas assentiu e se retirou, mas antes de sair completamente Cecylia disse:
- Estarei aqui se precisar.
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A Garota Do Violino
RomanceRosemary Krawczyk é uma jovem violinista cheia de sonhos para o futuro e sua família é a base deles, porém em um dia que era aparentemente comum seu país é invadido dando início a Segunda Guerra Mundial. Sem encontrar sua irmã mais nova, Rosemary en...