Capítulo Sete

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A quase dois dias não dormia, seus olhos estavam grudados fortemente. A cama era até confortável e ficaria ali por bastante tempo, mas não podia, já que sentia mãos a balançá-la.

- Rosemary acorda - dizia Thomas balançando a garota. - Temos que ir.

Mary logo abriu os olhos e a primeira coisa que viu foi o rosto de Thomas iluminado pela luz do sol.

- Temos que ir - disse ele se afastando.

A garota sentou esfregando os olhos. Agora ela sabia o que Jozefina sentia todas as manhãs.

- Já? - perguntava ela.

- Sim.

Ela torcia o nariz.

-... Vista isso - disse Chase jogando uma roupa para ela.

- O que é isso? - perguntou ela sem entender.

- Uma calça e uma camisa, cortei o comprimento, deve servir.

- Pra que isso? Eu tenho minhas próprias roupas - disse ela franzindo a testa.

- Não discuta e vista.

- Mas... Olha isso. -  Ela mostrava a largura da cintura. - Não vai servir.

- Use este cinto.

- Por que tenho que vestir isso?

- Não sabemos o que vamos encontrar, é melhor que você pareça um rapaz.

Thomas se retirou e a jovem se vestiu sem reclamar, depois de tudo, até que não tinha ficado tão ruim como tinha imaginado.

- Está pronta? - perguntou Thomas entrando novamente.

Mary virou-se para ele e sorrindo perguntou:

- O que achou?

- Muito bom, só falta uma coisa.

Rosemary não fazia ideia do que podia ser. Chase foi até o sofá e pegou um chapéu que estava sobre ele. A garota arregalou os olhos quando o viu trazer, ele foi até ela e o colocou em sua cabeça.

- Agora está pronta Rosemary.

A garota o fitava e com um sorriso discreto disse:

- Me chame de Mary, é como meus amigos me chamam.

Ao ouvir aquilo ele apenas sorriu. A jovem corada logo pegou um lenço e amarrou os cabelos.

- Eu já ia me esquecendo - disse Thomas. - Fique com isso.

Ele a entregava uma arma.

- O que? Não posso ficar - disse ela com os olhos arregalados.

- Mas precisa, estamos em guerra, não posso te proteger o tempo todo.

- Mas eu não sei usar.

- Aprende.

Rosemary pegou mesmo sem querer e a guardou consigo.
Ambos pegaram tudo o que iriam precisar como comida, medicamentos e roupas. Saíram de casa e Thomas trancou a porta com a chave, ele queria um dia poder voltar ali. Arrumou as selas dos cavalos e virou-se para Mary perguntando:

A Garota Do ViolinoOnde histórias criam vida. Descubra agora