"Não é preciso ter colhões pra ser macho de verdade!"
Micaela é a filha mais velha de uma grande família, e assume a responsabilidade pelos negócios da Fazenda... mas sua destreza, habilidade, e falta de atributos femininos, lhe rendem a fama de mar...
A cidade amanheceu em polvorosa com uma notícia assustadora. Durante a madrugada, um dos vereadores foi atacado, sequestrado e torturado. E logo pela manhã foi encontrado nu, amarrado no milharal como se fosse um espantalho. Ainda estava com vida, mas teve todos os dedos quebrados, e seus testículos removidos.
Ele estava em choque, e não conseguia explicar o que aconteceu, só sabia falar que foi a mulher de branco.
A polícia estava investigando o caso, procurando por inimigos políticos, mas uma nova lenda urbana acabava de surgir: a lenda da mulher de branco.
***
O homem esquisito estava lendo a matéria no jornal, e o rapaz da banca queria informar que era preciso comprar o jornal para ler, mas aquele homem era tão assustador, que o rapaz permaneceu calado.
O homem apanhou algumas moedas, e entregou pro rapaz, deixando ele ficar com o troco.
Depois disso, entrou no supermercado, causando a mesma reação de pânico nas pessoas.
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Ele usava um sobretudo desgastado e um chapéu de abas largas enterrado na cabeça... tinha cabelos longos e mal cuidados e uma cicatriz no rosto que repuxava o canto de seu lábio, deixando-o com uma carranca zangada.
A cicatriz, como a de uma queimadura, se espalhava por todo o lado de seu rosto, e ele usava uma máscara para esconder.
Um segurança o seguia à distância, e ele fingiu não perceber... já estava acostumado a causar esse tipo de reação.
Depois de fazer suas compras, se dirigiu ao caixa. Uma senhora se benzeu, e se apressou em sair.
A moça olhou pra ele com certa aflição, mas conseguiu se conter. Depois de pagar suas compras, ele mostrou a ela um endereço e perguntou se ela sabia como chegar lá.
Com um pouco de receio, ela explicou que era a Lan house do jovem Montenegro e ensinou o caminho.
O homem agradeceu e lhe deu uma generosa gorjeta.
***
O movimento na Lan house estava fraco, e Júlio aproveitou o tempo pra fazer pesquisas.
O estabelecimento estava completamente vazio quando aquela figura exótica entrou. Júlio reagiu mais com curiosidade, do que com estranheza.
O homem se vestia exatamente como o Van Helsing, mas com uma máscara. Ele tinha um ar assustador, e Júlio imaginou que ele levava armas por baixo daqueles trajes, ainda assim abriu seu melhor sorriso e perguntou em que podia ajudar.
O homem o encarou, e com uma voz rouca, perguntou quanto era pra acessar a Internet.
Júlio deu a ele um logim e senha, e riu-se por dentro, pensando consigo que até a voz dele parecia de um personagem de filme.
