— Como... como tem acesso ao castelo do seu quarto? - nós estamos observando o mundo lá fora pela janela.
Ele acende um cigarro, a fumaça me fazendo tossir. — Desculpe. - sobre estar fumando - E, sobre sua pergunta, eu sou um Riddle, amor.
Dou de ombros. — Isso não justifica muito. Você zanza pela escola? Por isso que some do nada?
Ele ri. — Só faz dois dias que estamos de quarentena. Como sabe que eu sumo do nada?
Solto uma risada sem humor. — Touché.
— Mas sim, eu sumo do nada. - ele diz depois de alguns minutos em um tom brincalhão - E sim, fico zanzando pela escola.
— Não recebe bronca?
Ele dá de ombros. — Eu não receberia, mas não sou pego. - uma piscadela.
— Uuuuh, fora da lei?
Ele ri. — Fora da lei.
Uma tragada no cigarro. — Por que você fuma?
Ele demora tanto a responder que penso em pedir desculpas. Vai que fui invasiva. — Queria ter controle de algo na minha vida.
O clima pesa. Eu sei quem é o pai dele, e sei que ele deve ter sofrido muito nas mãos daquele-cujo-nome-não-deve-ser-dito antes de ter sido resgatado por Dumbledore. No começo, há três anos, a escola o abominava. Mas eu sempre tive uma quedinha por ele.
Lógico que a Sonserina (pelo menos grande parte dela) o acolheu como filho. Meu irmão foi um dos primeiros amigos dele, se podemos chamar assim. E consequentemente, quando criei mais maturidade, me juntei ao grupo.
Suspiro. — Era tão ruim assim?
Um trago. Expira a fumaça. Suspira. — Sim. Tudo o que eu não queria fazer era exatamente o que ele gostava que eu fizesse. Não tinha como me ameaçar, porque eu não tinha nada. Mas eu sentia medo dele, aquele filho da puta. E ele sabia. Usava isso contra mim.
"Quando eu tinha sete anos, encontrei uma cobra no jardim. Decidi adota-la. Eu queria ser como ele, já que ele não me amava porque eu não era o suficiente. Quando ele descobriu, passou a ameaçar matar a cobra para eu fazer as coisas. Matei uma pessoa por aquela cobra, para ela fugir dois anos depois. Ingrata."
Inspiro, escutando.
— Depois, virou rotina. Eu não tinha nada e não teria. Quando me encontraram naquela noite eles... - inspira - Eu nem sei o porquê de estar falando isso para você.
Suspiro. — Talvez você precisasse de alguém para te escutar. Não passe a me evitar por isso, por favor.
Ele nega. — Não vou te evitar.
Silêncio. — Eu perdi a virgindade com um idiota. Minha virgindade na teoria sabe? Consentimento.
Ele me olha.
— Fui abusada quando criança por um dos colegas do meu pai.
Ele me olha. Os olhos queimando em ódio.
— Nunca contei à ninguém, nem mesmo para meu irmão. Mas eu acho que ele tem uma noção.
Ele me estende a mão. Dou a mão para ele, sem entender. Observo nossos dedos entrelaçados com fascínio.
— Por que das rosas? - olho para o céu já escurecendo.
Ele me encara e o encaro de volta. — Era a única coisa bonita dentro de casa.
Um tempo depois em silêncio, vejo ele batendo o cigarro para que as cinzas caiam.
Sorrio. — Nos clichês, o bad boy oferece o cigarro para a mocinha agora.
Ele me olha com diversão nos olhos. — Nem fodendo que eu te deixo fumar. Nunca.
Arqueio as sobrancelhas. — Por que não?
Ele aperta minha mão e aproxima o rosto do meu. Próximo ao meu ouvido, sussurra. — Porque um de nós precisa ser sóbrio.
Dou risada. — E por que eu?
Ele volta a olhar para o céu. — Por que eu não fico há muito tempo.
(...)
Depois de algumas horas em que Mattheo e eu ficamos na torre, decidimos voltar.
Nós nos beijamos. Nada além de beijos muito quentes, pois o que revelamos hoje, naquela sala, foi demais para criarmos um clima confortável.
Ele veio me guiando no escuro pelo corredor até seu quarto. Todos já haviam se recolhido e estavam em seus devidos quartos.
Fui sair de seu quarto para ir ao meu, quando ele me parou. — Fica.
Um arrepio por minha espinha. — Não precisamos transar. Não, não vamos transar. Eu só quero...
— Companhia. - sussurro, compreendendo. Eu quero isso também.
— É.
Respiro fundo. — Então me deixa tomar um banho e...
— Toma aqui. Eu... por favor.
Por fora estou calma, por dentro estou gritando. Por fora estou calma, por dentro estou gritando. Por fora estou calma...
— Mas e minhas roupas? - me viro para ele, segurando o sorriso enorme que quer escapar.
Ele sorri de ladino. — Pode usar as minhas. Mas eu realmente preferia que não usasse nada.
Agora eu sorrio também. — Pensei que havia dito nada de sexo...
Ele puxa minha cintura e apoia o rosto na curvatura do meu pescoço. Beija ali. — Eu disse? - sua voz está grossa.
— Hmmm não, eu acho que me esqueci. - eu o abraço, a mão esquerda em suas costas e a direita no seu cabelo. Sua mão em minha cintura.
— Quer tomar banho?
Ri fraco. — Por um acaso você está falando que eu estou fedendo?
Sinto ele sorrir contra minha pele, entre um beijo e outro. — Nunca.
Ele segura minha cintura com força e me puxa para cima. Minhas pernas ao redor de sua cintura quando nos leva até o banheiro privado de seu quarto.
Mattheo acende a luz e para. Seu rosto não está mais em meu pescoço. Ele observa um ponto fixo.
Olho para trás, observando de soslaio no espelho: minha bunda empinada, minhas coxas seminuas ao redor de sua cintura. Sua mão segurando minha bunda. Minha mão em seu ombro e cabelo. Sua ereção logo abaixo de mim.
— Puta merda... - sussurro. É a cena mais sexy que eu já vi.
Ele beija meu ombro. — Puta merda.
Mattheo me põe no chão. Olhando para o espelho, ele me vira de frente para o objeto e passa a beijar meu pescoço novamente.
Ele levanta minha camiseta devagar, e a joga no chão do banheiro ao tirar. Sua mão esquerda vai para meu seio esquerdo, eu sinto suas costas atrás de mim - sua ereção em minha bunda.
Ele aperta meu seio. A mão direita vai para meu pescoço, com um leve enforcamento. Ele inclina minha cabeça, dando livre acesso para beijar.
Enquanto ele aperta meu seio, beija e chupa e mordisca meu pescoço. Gemo seu nome.
— Sabe o que vai acontecer agora, princesa? - ele lambe o lóbulo de minha orelha. Nego com a cabeça, hipnotizada com sua imagem me beijando. O espelho vai me matar.
— Agora, linda, eu vou tocar você. E você vai gozar nos meus dedos como uma ótima putinha. E vai assistir tudo.
Mal registro suas palavras. Ele passa a desabotoar meu shorts e se agacha, puxando-o e a calcinha para baixo, deixando um beijo e uma mordida em minha bunda ao fazer isso.
Tiro os pés das peças, ficando livre. Ele sobe, tocando nos lugares mais indecentes e deixando mordidas e beijos, mas nunca chegando lá.
Mattheo se coloca por trás de mim novamente. Sua mão esquerda envolve minha cintura, me prendendo. E o desgraçado faz contato visual comigo pelo espelho - a porra do maldito sorriso nos lábios - quando a mão livre aperta meus seios, e escorrega para baixo.
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Quarentena - Mattheo Riddle (SHORT FIC)
FanfictionATENÇÃO! Essa história é um romance erótico, expressamente voltado à realização de desejos sexuais. Nenhuma personagem além de Lauren Malfoy é de minha autoria. ............. Onde, em Hogwarts, o filho do Mestre Voldemort é conhecido como "o proi...