Bônus 4 - Izzie

2K 155 1
                                    

— Mattheo, cacete, se apressa! - grito, usando magia para fechar a mala.

— Calma princesa, eu estava fazendo trancinhas! - ele aparece com Izzie ao seu lado, seu cabelo tinha uma trança na lateral. Ela sorria abertamente, toda ansiosa.

Dou um beijo em minha filha, colocando uma mexa de seu cabelo loiro e enrolado para trás de sua orelha. — Você está linda, Iz. Ansiosa?

A menina chacoalha a cabeça. — É Hogwarts, mãe! Eu sempre quis ir para lá.

Sorrio, com lembranças de meu tempo na escola vindo à mente. — Seu pai e eu nos conhecemos lá, sabia?

Ela faz um gesto que sim, e começa a dar pulinhos. — Estou ansiosa. - sussurra para mim quando Mattheo sai do cômodo.

— Está? - acena que sim - Por que estamos cochichando?

Ela sorri. — Por que o papai vai ficar triste.

Agacho para ficar mais próxima de sua altura. — Por que, filha?

Ela faz um biquinho. — Por que estou indo embora!

— Ah, quantos porquês! - dou risada e ela ri.

Mattheo volta um tempo depois, segurando a mala de Isobel na palma da mão: havia sido enfeitiçada para ficar pequenininha.

— Vamos, pirralha?

Encaro-o com uma carranca. — Não chame minha filha de pirralha.

Ele se aproximar sorrindo. Puxa minha cintura e me beija. — Achei que fosse nossa filha.

Me afasto, com um bico. Isobel que está saltitante no corredor, vem correndo até nós para darmos as mãos. Aparatamos com ela até à estação, onde o movimento trouxa está imenso.

Ela encara tudo com admiração. Puxo-a até a coluna-portal da estação nove três quartos, ansiosa. — Atravesse correndo essa parede, Izzie. Seu pai e eu iremos logo atrás.

Ela olha para Mattheo, que confirma minhas palavras com um pequeno sorriso. A criança sorri, correndo até a coluna e dando um pequeno gritinho ao atravessar. Dou as mãos para Mattheo antes de segui-la.

O expresso está ali. Soltando fumaça e abrigando dezenas de alunos até agora. O movimento bruxo está alto, dezenas de corujas piando.

Porém, quando andamos em direção ao trem, metade dos bruxos viraram as cabeças para nos encarar.

Sussurros. "São o casal Riddle... É a filha deles? Ela está indo para Hogwarts?... O casal mais famoso de Hogwarts. Eu estudava lá na época."

Izzie está tão animada que nem nota a mudança na atmosfera. Seguro um sorriso de canto quando Mattheo abraça minha cintura ao andarmos.

Isobel vira-se para nós, os braços abertos. — Mãe, pai! Estou indo!

Mattheo faz com que sua mala aumente, seu peso e tamanho voltando ao normal. Ela arqueja ao segurar pelo peso. 

Abraço-a, muito orgulhosa. — Minha bruxinha. Mande uma carta para nós sobre sua casa, tá bom? E nos peça qualquer coisa que precisar, nós enviaremos. - dou um beijo em sua testa - Theo, entregue à ela.

Mattheo se agacha, sorrindo. De dentro do bolso, ele tira uma miniatura de coruja, que tinha a coloração preta. Ele faz com que o animal aumente, voltando ao estado original. A ave pia.

— Um presente, querida. - sussurro, a garota sorri e parece querer explodir de felicidade. Mattheo abraça Izzie, acariciando seu cabelo e sussurrando algo no ouvido da filha que a faz vibrar ainda mais.

Ela se despede de nós com um abraço apertado e entra no trem. Poucos minutos depois o locutor soa o apito, indicando que irão partir. Izzie aparece em uma janela, e reconheço ao seu lado o filho mais velho de Pansy, Victor.

Aceno para eles quando o trem começa a partir, desviando o olhar quando um gritinho soa atrás de nós. — Sua... puta! - é Pansy. Há semanas que não nos vemos pois fomos viajar para o Caribe, e ainda não havia informado à mulher de nosso paradeiro.

Zabini está atrás dela, sorrindo. Abraço-a, me sentindo feliz.

— Izzie foi para o primeiro ano hoje? - ela pergunta.

— Foi... - respondo, meu coração quase explodindo de orgulho - Minha nenê cresceu. - choramingo.

Mattheo me abraça por trás e não entendo o porquê até reparar que muitos casais ainda nos observam.

Sorrio para todos eles. — Perderam algo?

Tudo bem que agora Mattheo é o Ministro da Magia. Mas sei que não estão nos encarando por isso.

Dou um leve abraço em Pansy e em Blaise, me despedindo. Mattheo faz isso com um gesto de cabeça.

Aparatamos de volta para casa, a mansão estando agora muito vazia.

Mattheo me abraça e me beija por trás, afundando o nariz em meu pescoço. — O que foi?

— Estou com saudades dela...

(...)

Duas semanas depois.
Uma coruja chegou pela manhã. Era uma carta, de Izzie.

— Mattheo, ela nos escreveu! - grito por meu marido, que estava na cozinha.

Abrimos o selo juntos.

"Oi mãe, oi pai.
Adivinhem só?? Sou da Sonserina!
Eles foram muito gentis comigo, e já tenho amigos graças ao Victor. Sabiam que o Scorpius veio esse ano também? Ele disse que chegou muito cedo na estação, por isso não vimos o tio Draco e a tia Amélia.
Mãe! Você é famosa por aqui!
Todo mundo da Sonserina te conhece, mas me falaram que sou muito nova para saber o porquê ainda. Não gostei.
Pai, todo mundo quer saber sobre como você é. Mas fica tranquilo que não disse nada que deixe você parecendo muito legal, não. Disse que você é malvadão e fica com bico toda hora. Scorpius disse que não tem problema mentir um pouquinho.
Vou voltar a estudar agora, e daqui a pouquinho vai ser o jantar.
Com um beijo, Izzie."

Mattheo suspira, sorrindo. — Essa garota...

Gargalho, beijando o amor da minha vida. — Eu te amo. - sussurro.

— Aleatório assim?

Faço um gesto. — É. Aleatório assim.

Ele esfrega o nariz no meu, apertando-me para mais perto de si. — Eu te amo também.

Aperto meus braços ao seu redor.

— Mattheo.

— Hm?

— Onde vamos enfiar nossa cara quando ela descobrir nossa história?

— Ué, o que tem de errado com a nossa história?

Dou-lhe um soco no braço. — Ela começou com você me chupando, lindeza.

Ele gargalha. — Ah, é. Eu lembrava levemente que envolvia minha língua e suas pernas.

— Filho da puta...

Quarentena - Mattheo Riddle (SHORT FIC) Onde histórias criam vida. Descubra agora