Capítulo 7

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Acho que eu estava esperando por ele ficar. Ou não, não sei. Foi só sexo, né?

Nós não discutimos.

Tudo bem que ele não me deixou no escuro também. Ele não foi embora e pronto. Ele me limpou.

Me beijou quando nós gozamos, me pegou no colo e nos guiou até o banheiro. Ele deu banho em mim.

Depois, me vestiu. Me colocou na cama, colocou o lençol sobre mim e beijou minha testa. "Boa noite, Malfoy."

E saiu.

Acho que meu coração deixou um pedacinho sair também.

O que eu estava esperando? Que ele se deitasse ao meu lado, abraçasse minha cintura e dormisse ao meu lado?

É...

(...)

No café da manhã, nem Pansy havia chegado, quando Mattheo se sentou ao meu lado.

Ele me entregou uma caixinha. Arqueio as sobrancelhas; — O que é isso?

Ele faz um movimento com a cabeça para eu abrir. — Não usamos nada ontem. Pensei que se sentiria mais confortável se eu mostrasse preocupação. Não costumo ser descuidado assim.

Eu coro. Pílulas do dia seguinte.

Limpo a garganta. — Onde você conseguiu?

Ele sorri. Aquele sorriso. — Eu sou um Riddle, amor.

Meu queixo vai ao chão. — Saiu da escola?!

Ele não fala nada, só me olha de um jeito insinuante. Bufo frustrada. — Tá bom!

Ele começa a servir um prato cheio de frutas. Melão, abacaxi, melancia. Depois, alguns croissants e torradas. Me entrega o prato.

— Que? Por que?

Sabe aqueles olhares do estilo "tu é burra garota?" - ele manda um desses.

— Fui embora ontem porque você estava claramente exausta, e eu não me aguentaria na madrugada. Estar colado em você e não te tocar seria um inferno. - ele suspira - Eu normalmente não faço nem o que fiz. Te limpar e coisa assim. Mas não é só sexo entre a gente. Nós temos uma... amizade? Eu poderia te usar sim, mas não quero.

Respiro fundo. Olho para o prato e sorrio. — Isso é uma desculpa para me fazer comer abacaxi?

Ele olha para as rodelas no prato e ri. — Definitivamente não. Se você ficar mais doce, precisarei dizer que prefiro eles a salgados, e não estou afim de mudar meus gostos por uma buceta.

Agora sim, eu corei. — Idiota.

Ele gargalha.

(...)

Pansy chegou atrasada hoje no café, toda corada e sem jeito.

— Desembucha. - eu comia biscoitinhos de chocolate.

Ele dá de ombros. — O que?

À essa hora, Mattheo já não está do meu lado, mas da minha frente. Pouco depois de nossa conversa ele saiu da comunal, e voltou com o grupo.

Aponto para ela. — Tá na cara que você transou. Quem foi?

Ela arregala os olhos. — Lauren, fala baixo porra!

Ah, eu sorri muito agora. Seus olhos se arregalam ainda mais. — Ahhh! Desculpa por ter sido sem noção ontem, mas não se vingue... - ela força o choro.

Tudo bem, não vou me vingar. Se ela não tivesse sido inconveniente ontem, Mattheo não teria me puxado para o quarto também.

Suspiro. — Não vou fazer nada. Quem foi?

Quarentena - Mattheo Riddle (SHORT FIC) Onde histórias criam vida. Descubra agora