Capítulo 4

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Ele agarra minha cintura e sua língua invade minha boca. Impulsiono meu corpo para cima, envolvendo seus quadris com minhas pernas, gemendo quando sinto seu membro.

Cacete, eu dormi na comunal e agora estou sonhando de novo?

Apoio meus braços ao redor de seu pescoço, arranhando-o e puxando seu cabelo enquanto sua língua brinca com a minha. Ele aperta minha bunda, e eu me esfrego cada vez mais contra seu pau ainda coberto.

Eu estou queimando. Sempre estive queimando por ele. Uma combustão completa.

Ele anda, e sinto a cama quando o mais velho me desce de seu colo. Quase choro com a distância repentina.

Ele me deita. Sua mão esquerda ainda segurando minha cintura, mas a direita subiu para meu cabelo, enquanto ele puxa para dar livre acesso ao meu pescoço.

Sua boca desce em beijos pela extensão da minha clavícula, e ele foca em um ponto extremamente visível quando deixa um chupão.

Eu não me importo. Que o mundo saiba.

— Eu quero você. Eu preciso de você, porra. - ele sussurra - Fica comigo. Por favor.

Ele diz a última parte como se estivesse sofrendo. E ele nunca diz por favor.

Eu poderia negar. Poderia ficar ignorando a tensão sexual que existe entre nós desde que ele me encontrou beijando um garoto e me puxou para longe do beijo. Desde que naquela mesma noite, ele bebeu além da conta e quase me beijou. Que, quando ele se afastou, meu coração se afastou um pouco do meu peito também. Que desde aquele roçar de lábios, eu venho imaginando como seria beija-lo de verdade. E, puta merda, é muito bom.

Sua mão ainda está apoiada em minha cintura e ele me encara, ofegante, esperando uma resposta.

Seguro em seu rosto e faço sua língua voltar para o lugar que pertence. Dentro de mim.

Ele me beija com ainda mais vontade, e tudo o que consigo pensar é "puta merda, é a boca mais macia que já beijei."

Arranho seu maxilar, me afastando. Ele parece desconcertado, tonto. Me encara com dúvida e eu sorrio.

— Você vai tirar a minha roupa ou eu faço isso, Riddle?

Ele solta uma risada/respiração sem graça, como se estivesse aliviado. Voltando a me beijar, sinto suas mãos contornando meu corpo.

Ele levanta minhas costas do colchão, para tirar o blazer. Minhas mãos estão em seus cabelos enquanto, sem parar o beijo, ele abre botão por botão da minha camisa branca.

Mattheo se afasta quando os botões acabam. Ele encara meu colo agora exposto, meus seios cobertos pelo sutiã off-white de renda.

— Puta merda. - ele sussurra e termina de tirar a camisa de mim. Basta uma olhada para cima, antes de descer e começar a beijar a pele exposta.

Ele suga a parte de cima dos meus seios, e eu suspiro em expectativa.

— Mattheo....

Ele abre o fecho do sutiã, tirando com pressa de mim. Meus seios expostos agora. Parecem maiores, mais pesados. Estão eriçados, seja por minha excitação ou pois o quarto está gelado, eu não sei.

Ele não me avisa, só o faz. Passa a sugar um de meus seios com uma vontade absurda, enquanto massageia o outro. Ele mordisca, chupa, beija.

Enquanto eu solto gemidos e puxo seu cabelo.

Ele aperta o bico do seio direito com a mão no mesmo momento em que mordisca o bico do esquerdo.

Eu grito pelo susto. Grito pelo choque que foi enviado lá para baixo.

Ele troca de lado, passando a chupar o direito e massagear o esquerdo.

Pareço mil vezes mais sensível quando corre seus dentes por minha pele. Pareço ser capaz de gozar só com isso.

— Mattheo! - grito quando ele suga com mais força. Minhas pernas se apertam uma contra a outra, doendo de desejo.

Ele percebe, pois segura na minha coxa esquerda, sem parar com o movimento da boca no meu peito, e afasta minhas pernas, entrando no meio delas.

Gemo de frustração.

Sinto ele sorrir contra minha carne, quando ele de repente começa a descer.

Ele desce com beijos por minha barriga. Ele suga meu umbigo no caminho, me fazendo arrepiar. E quando ele chega na saia, onde, fazendo contato visual, ele a tira devagar, ele faz aquilo.

Ele dá aquele maldito sorriso de todos os meus sonhos mais impróprios que já pude imaginar. Fico ainda mais encharcada.

Soluço na expectativa. E o desgraçado sorri mais ainda.

Ele desvia o olhar para a calcinha - se é que posso chamar aquele retalho de tecido assim - de renda da mesma cor que o sutiã. Eu sinto minha excitação escorrendo por minhas pernas, então entendo bem o porque do olhar de Mattheo ter escurecido mil vezes mais.

Imagino que a renda esteja transparente.

Ele apoia a mão em meus quadris. Respira fundo e me encara. — Eu quero muito te foder.

Meu coração pula uma batida. — Faça isso.

Ele nega com a cabeça. — Uma vez não vai ser o suficiente. Preciso de muito mais tempo para tudo o que quero fazer com você.

Flashes dos meus pensamentos mais impuros correm na minha cabeça, e sei que ele percebe quando minha respiração falha. Quando minha cabeça pesa.

— Então... podemos fazer um acordo.  - eu digo quando reajusto meus pensamentos. Ele me encara com interesse.

— Um acordo?

— É. - engulo em seco - Um acordo.

— O que seria?

Respiro fundo. — Você me usa pelo tempo que quiser. Eu uso você pelo tempo que eu quiser. Satisfazemos os desejos um do outro...

— E qual é a condição? - ele me olha com ainda mais desejo.

— Enquanto... estivermos juntos, - minha voz falha - ninguém saberá do que estamos fazendo. Mas, quando acabar... - suspiro - Quando acabar, vamos ter certeza de que Hogwarts inteira saiba que nós fodemos.

Ele sorri. Aquele sorriso. — Por que quer fazer com que Hogwarts saiba?

— Por que quero deixar claro que Mattheo Riddle fodeu alguém mais de uma vez. E o alguém fui eu.

Seu sorriso se alarga. — Como sabe que não fodi a Chloé mais de uma vez?

Sou eu quem sorri agora. — Por que a menina claramente nunca teve um orgasmo decente. Você nunca encostou nela.

Ele ri. — Eu estava esperando por alguém.

Por um bom tempo, ficamos em silêncio. Apenas na troca de olhares.

— Temos um acordo? - sussurro. Já não aguento mais a calcinha estar no mesmo lugar.

— É óbvio que temos. - ele sorri, segura o elástico da minha calcinha, e rasga a lateral.

Quarentena - Mattheo Riddle (SHORT FIC) Onde histórias criam vida. Descubra agora