A música pulsava o sangue nos meus ouvidos. Eu olho ao redor em busca de Pansy, mas desisto de chegar até ela quando vejo-a pegando um desconhecido.
Decidi ir beber algo. O ponche de frutas da Lufa-Lufa é sempre muito bom - eles têm uma mão mágica na hora de equilibrar o álcool com o tantinho de drogas da receita- mas eu queria algo mais forte.
Eu queria beber até esquecer que meu orgulho foi e está ferido. De que fui traída por um bosta que nem era tudo aquilo.
Pego um copo de plástico vermelho e encho ele com uma vodka que encontrei debaixo da mesa. A garrafa estava escondida para trás da toalha de mesa, provavelmente não era para eu ter pego.
Ah, foda-se.
Desisto de usar o copo e simplesmente saio com a garrafa nas mãos. Já é a quarta ou quinta vez que viro o gargalo na boca, quando sinto um corpo atrás de mim.
Eu conheço aquele calor corporal.
Aqueles músculos moldados de uma maneira dolorosamente gostosa. Aquele cheiro ardente e libidinoso. Aquela mão, que agora está na minha cintura.
Nós conversamos às vezes. Ele tem um sorriso tão lindo...
O rosto está perto do meu ouvido. Acho que ele sussurra algo, mas só presto atenção na mão que agora desceu um pouco. Se descer mais uns dez centímetros e curvar o pulso, vai encostar onde eu quero que encoste. Vai encostar no lugar que você quer tocar.
A mão aperta minha cintura.
— Lauren.
Saio do transe. Encaro o garoto - muito - mais alto que eu. Maldito o dia em que eu fui ter 1,57 de altura.
— O que você quer?
Ele levanta as sobrancelhas, tipo quando alguém te pergunta "sério?". Sério.
Ele suspira, e dá aquele sorrisinho de ladino deliciosamente sexy que eu finjo odiar. É por um bem maior.
— Eu disse que você não tem idade para sair andando com garrafas de vodka por aí.
Reviro os olhos e eu sei que ele reparou nisso. — Vai chamar o meu irmão para fazer o papel dele ao invés de ficar sendo o substituto, Riddle.
Ele faz aquela feição de indignação divertida dele, e, puta merda, essa expressãozinha dele aparece bastante nas minhas fantasias.
— Eu acho que não precisamos do seu irmão aqui para colocar razão na sua cabeça, Malfoy.
Eu dou uma risada sem humor. — Engraçado. Você tem duas cabeças e mesmo assim, às vezes eu tenho mais razão que você.
Ele gargalha. Tipo, não risada, como uma risadinha desacreditada. Ele gargalha mesmo. E eu me sinto muito triunfante por saber que ele só gargalha assim comigo.
Ele se aproxima, afaga meu rosto com a mão e fecha a feição. — Me dê a porra da garrafa, Malfoy.
Eu não discuto, não vai adiantar. — Que inferno, toma. - entrego a garrafa em suas mãos, mas não antes de tomar mais um gole bem cheio. Ele me olha com reprovação mas não diz nada.
Mattheo pega a garrafa e logo toma dela. Eu vejo quando uma gota escorre por sua boca... quando ela faz seu caminho pelo pescoço, o pomo de Adão subindo e descendo quando ele engole... tão erótico.
Ele se aproxima de mim, e eu acho que não estou respirando. Até porque, se eu respirar, eu sinto o cheiro dele. E se eu sinto o cheiro dele, eu perco a sanidade.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Quarentena - Mattheo Riddle (SHORT FIC)
Fiksi PenggemarATENÇÃO! Essa história é um romance erótico, expressamente voltado à realização de desejos sexuais. Nenhuma personagem além de Lauren Malfoy é de minha autoria. ............. Onde, em Hogwarts, o filho do Mestre Voldemort é conhecido como "o proi...