Eu senti muito a sua falta!

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POV RAFA

Eu havia escutado cada palavra que a minha irmã me dizia em silêncio e conseguia entender muitas coisas da sua vida agora, como por que ela sempre escutava aquela caixinha de música antes de dormir, ou por que me defendia com tanto apoio das grosserias da nossa mãe e porque nunca comemorava seu aniversário.

Eu fui bem diferente da minha irmã quando era adolescente, principalmente nos quesitos relacionamento e amor. Tive vários relacionamentos, porém nunca fui apaixonada por nenhuma delas.

Eu gostava dessa "liberdade de escolha" de poder ficar com alguma garota sem me apegar a ela, o que tornava meus namoros sempre curtos.

Dei meu primeiro beijo em uma garota aos 14 anos, na minha melhor amiga, Fernanda, e naquele mesmo ano perdemos nossa virgindade juntas.

Sorri ao relembra-la. Nós ficávamos de vez em quando, mas não tínhamos nenhum compromisso sério, até porque ela era bissexual e vira e mexe estava de rolinho com algum garoto. Foi nessa época que a minha mãe nos flagrou, juntas, no meu quarto.

Ela surtou, literalmente. Depois de botar Fernanda para fora de casa quase escorraçada ela e eu entramos num embate poderoso.

Quando nossa discussão estava no auge, Valentina entrou na sala encontrando nossa mãe
extremamente alterada. Eu nunca fui de baixar minha cabeça para ninguém e como sempre havia jogado algumas verdades na cara dela quando sua mão me estapeou com tanta força que cai sentada sobre o sofá.

-Sinto muito por tudo que você passou. — Quebrei o silêncio. — E por te fazer relembrar tudo isso novamente.

- Tudo bem! Eu deveria ter te contado muito antes. — Valentina deu meio sorriso. —Talvez assim tudo tivesse sido diferente entre vocês.

Eu sabia que ela se referia a mim e Gizelly.

- Não foi o seu passado e nem mesmo seu...
sentimento pela Gizelly que me separou dela, Valentina. — Falei quase que em um suspiro.
— Não carregue uma culpa que não é sua. A culpa é minha.

Era verdade, eu até poderia não ser a única culpada de tudo que havia acontecido, mas com certeza era a principal.

{...}

Analisando tudo que ela me contou eu cheguei à conclusão de que, comparada à minha, a adolescência de Valentina foi praticamente um ato de santidade.

Enquanto minha irmã tinha se envolvido com apenas uma garota num período de 4 anos, eu me envolvi com muitas em apenas alguns meses. E ainda me lembro bem da primeira vez que conversei com ela sobre sexo.

Ela disse que se eu estivesse pronta deveria sim perder minha virgindade, desde que fosse uma decisão tomada por mim mesma, sem pressão, e que o sexo era muito bom, mas sexo com amor era mil vezes melhor. Como dizem por aí "a primeira vez a gente nunca esquece" e é a mais pura verdade.

Naquela tarde quando eu vivi aquela experiência, depois de ter saciado completamente o meu desejo, meu tesão, eu conclui que minha irmã estava errada. Sexo não era só bom, era a melhor coisa que eu já tinha feito. E eu pretendia me aperfeiçoar ainda mais nele.

Diferente de Valentina, eu não transei por amor, foi por puro tesão mesmo. Fê Saldanha era linda e extremamente gostosa, e eu a queria pra mim. E eu não me arrependia nem um pouco disso pois havia sido muito, muito gostoso.

Daquele dia em diante Fernanda e eu tínhamos um acordo que era bom pra ambas: amizade com benefícios.

É claro que ela não foi a única da lista de garotas com quem eu já fui pra cama, tiveram outras, mas vira e mexe acabávamos ficando novamente.

A namorada da minha irmã -Girafa/Valu (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora