Momentos de tensão

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POV RAFA

Deixei a Gizelly na casa dela e segui para a minha.
Apesar da vontade imensa que eu tinha de passar a noite ao seu lado, achei melhor não correr o risco de cair em tentação. E que tentação era aquela mulher.
Cheguei em casa tarde e me joguei na cama ainda sentindo os beijos que havíamos trocado a pouco.
Eu recordava cada minuto daquele final de semana maravilhoso ao lado da Gi.

Ainda conseguia ouvir sua voz dizendo que me amava e meu coração batia feliz por ouvir aquilo outra vez. Eu me sentia a mulher mais feliz do mundo naquele momento. Adormeci pensando nela, em seus beijos, seus carinhos, recordando da sua voz.

Já fazia alguns dias que a Gizelly e eu estávamos juntas. Nós não tínhamos uma relação definida, pois ela não queria apressar as coisas, então estávamos seguindo conforme o seu tempo bem devagar. Nós mantínhamos discrição na presença de Sofia.

Eu havia contado a Luiza tudo que se passou entre nós na viagem a Caldas Novas. Ela também me disse o que tinha rolado entre a minha irmã e ela naquele mesmo final de semana.

Mais uma vez a Valentina e ela tinham vivido uma tórrida noite de sexo juntas e no dia seguinte ambas se portavam como se nada tivesse acontecido, embora eu soubesse perfeitamente bem que a Lu queria muito mais do que uma noite de prazer com a Valentina.

Quanto a minha irmã e eu, bem a nossa relação continuava complicada. Nós estávamos nos afastando cada vez mais desde o término dela com a Gi, ao mesmo tempo em que ela se aproximava mais da Luiza.

{...}

O mês de maio havia chagado e junto com o ele o dia das mães. A Gizelly iria almoçar na casa dos pais dela e minha mãe havia tido a brilhante ideia de fazer um almoço em casa, onde, é claro, exigiu nossa presença.

Eu estava relutante em ter que passar todo o domingo ao lado da Valentina. Cada vez que estávamos no mesmo ambiente o clima ficava um tanto pesado, e se não bastasse apenas isso, eu ainda não tinha conseguido perdoar totalmente a minha mãe apesar de todas as suas tentativas.

Acabei chegando mais cedo na casa dos meus pais e meu pai abriu a porta me recebendo com um abraço caloroso.

-Oi filha.

-Oi pai — Respondi entrando no apartamento.

-Tudo bem com você?

-Estou sim pai. E o senhor?

-Estou bem. Um pouco preocupado com algumas coisas, mas nada demais eu acredito.

-Problemas na empresa? — Perguntei seguindo até o sofá.

-Sempre tem algum probleminha né — Ele respondeu sorrindo e sentando-se no sofá.

-A Kelly está em casa hoje? — Perguntei.

-Não, sua mãe deu folga a ela. — Meu pai dizia com sua tranquilidade de sempre. — Catarina mesma quem preparou o almoço.

-Catarina na cozinha? — Eu disse com incredulidade. —Eu preciso ver isso de perto.

Assim que entrei no ambiente ela estava parada em pé em frente a pia. Fiquei na porta observando sem chamar sua atenção. Ela lavava algumas folhas de alface e ao seu lado tinha uma linda travessa de porcelana já com outros ingredientes da salada.

A cozinha tinha um cheiro gostoso de peixe assado.
Voltei a observá-la e meus olhos perceberam que ela abria e fechava a mão esquerda várias vezes.

-Oi Catarina. — Chamei sua atenção e ela virou-se em minha direção abrindo um sorriso.

-Oi minha filha.  Ela tinha uma expressão fadigada no rosto, mas sua voz demostrava muito carinho.

A namorada da minha irmã -Girafa/Valu (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora