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POV GIZELLY

Em fim havia chegado o meu dia. O dia em que eu e a Rafa nos casaríamos. Eu estava tão ansiosa que havia acordado antes do despertador.
Sai da cama e segui até o banheiro para a minha higiene matinal. Ainda faltava um bom tempo até que Luiza chegasse aqui para me ajudar com os preparativos.

Olhei o telefone ao lado da cama e uma vontade louca de ligar para Rafa me invadiu. Eu queria tanto ouvir a voz dela naquele momento.
Contudo, contive-me imaginando que naquele horário minha noiva ainda deveria estar dormindo. Eu sabia bem que assim que ela acordasse me ligaria então resolvi esperar.

Passava um pouco das nove da manhã quando o interfone tocou.

Não tardou até a pessoa estar tocando a campainha. Abri a porta e Luiza soltou um pequeno gritinho ao me ver.

-Ahhhh... Nem acredito que chegou seu grande dia! — disse abraçando-me forte.

-Nem eu Lu. Estou tão ansiosa — Confessei mostrando a ela minhas mãos que tremiam levemente.

-Você precisa se acalmar. Que horas começa o seu dia de noiva no spa?

-Bom o "nosso" dia — frizei bem a palavra nosso — começa daqui uma hora — respondi esperando sua reação.

-Como assim nosso? — Perguntou franzindo a testa.

-Você não achou que eu iria ficar lá, quase o dia todo, sozinha sem a minha madrinha comigo né?
Você vai comigo Peixotinha! Preciso de você ao meu lado o tempo todo hoje.

-Mas...

-Sem mas nem menos Luiza. Você vai comigo e ponto final. Vou me trocar e saímos de casa ok? — disse puxando-a para dentro do apartamento.

Arrastei-a até o meu quarto enquanto ela tentava me convencer de que hoje deveria ser um dia só
meu.

-Isso não está certo... no mínimo deveria ser a Rafa do seu lado.

-Luiza me faz um favor? — pedi e ela olhou-me achando que era algo sério.

-Fica quietinha e me ajuda escolher uma roupa.
Você é tão teimosa. Não sei como a Valentina te aguenta.

-Ela me ama! — respondeu toda orgulhosa. — Ela se declarou pra mim Gi! Faz um tempinho já.

-Isso é ótimo. — terminei de me arrumar e peguei uma presilha ao lado da cama. — Vamos?

-Sim. — me respondeu. Seguíamos em silêncio no elevador quando eu puxei assunto outra vez.

-E qual foi o seu segredo? — Perguntei — para ela se apaixonar por você?

-Ah! — Pensou uns segundos —Acho que foi só amor mesmo... sabe eu a amei tanto, desde a primeira vez que a vi, e esse sentimento sempre foi tão puro, tão forte e tão paciente que aos pouquinhos eu a fiz perceber que ela era amada por mim.

-Eu a fiz me enxergar como mulher e não apenas como amiga. A escutei quando ela precisou falar, apoiei quando ela precisou de alguém, dei carinho quando ela se sentiu só e... acima de tudo eu a deixei livre para ela escolher o que quer que fosse melhor para ela. Mesmo que o melhor não fosse eu.

-Que lindo isso Lu. — disse sentindo meu coração bater emocionado no peito.

-É o certo. Quando amamos alguém temos que fazer com que essa pessoa seja feliz. E se não pudermos ser parte dessa felicidade então o melhor a se fazer é deixar essa pessoa livre para ser feliz.

-Eu concordo com você! — saímos do elevador e seguimos caminhando lentamente até o carro dela
—Mas temos que concordar que essa não é uma decisão fácil né?

A namorada da minha irmã -Girafa/Valu (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora