O perdão

811 108 10
                                    

POV LUIZA

Saímos da casa da Gizelly e eu fui deixar a Valentina na casa dela. Seguimos o caminho todo em silêncio.
Era nítido o quanto ela estava triste e abatida o que era normal dada a situação de sua mãe.

Parei o carro em frente ao prédio dela imaginando que ela quisesse ficar sozinha, entretanto, fui surpreendida com seu convite.

-Sobe comigo? — Sua voz saiu baixa.

-Imaginei que preferisse ficar sozinha. — Respondi com meio sorriso.

-Eu gosto muito da sua companhia, Lu. Me sinto bem sempre que estou com você! Sobe? — Ela voltou a perguntar.

-O que você não me pede chorando que eu não faço sorrindo. —Respondi e ela deu um sorriso leve.

-Então vem! — Ela abriu a porta do carro e eu fiz o mesmo.

Tranquei o carro e subimos. Assim que entramos eu mal tive tempo de guardar a minha bolsa e ela já me puxou em direção ao quarto dela.

-Quero deitar um pouco. Deita comigo e me dá carinho? Preciso de um pouco de conforto agora! — Valentina disse abrindo a porta do quarto.

-Claro!

Entramos no quarto e ela foi até o banheiro. Trocou de roupa e voltou usando uma camiseta larga e um short.

-Quer uma roupa pra você? — Perguntou me olhando.

-Não precisa. —Respondi me sentando na cama. Ela deu a volta e deitou-se do outro lado.

-Deita aqui! — Pediu batendo a mão na cama.

Deitei e ela jogou sua cabeça sobre o meu peito.
Minha mão abraçou-a e fiquei fazendo um carinho
suave em suas costas.

-Você tá melhor? — Perguntei baixinho.

E ela respondeu que sim com um resmungo.

-Quer tentar dormir um pouco?

- Não! Quero que você continue assim. Tá tão gostoso. — Ela colocou sua mão sobre a minha barriga e involuntariamente senti meu corpo estremecer.

Mesmo que eu quisesse não poderia controlar as sensações que os toques de suas mãos despertavam
no meu corpo.

-Você podia ficar fazendo carinho nas minhas costas pra sempre né — Ela disse sorrindo.

-E você tá ficando muito mal acostumada
Senhorita Valentina. Já imaginou quando arrumar namorada? — Eu disse mais por curiosidade da sua resposta do que por interesse na questão mesmo.

Eu entendia perfeitamente que as coisas que rolavam entre nós eram de comum acordo e não podia cobrá-la por nada, já que eu não tinha deixado claro meus sentimentos por ela.

-Não vou ter outra namorada tão cedo. —Ela me respondeu.

-E se eu arrumar uma pra mim, como vai ser? — Perguntei e ela levantou a cabeça me olhando.

-Você tá pensando em namorar alguém?

-Não necessariamente, mas quem sabe né... eu posso conhecer alguém e essa pessoa pode se apaixonar por mim. — Falei fingindo inocência.

-Eu sei que isso pode acontecer. Você é apaixonante
Luiza — Valentina disse olhando-me com profundidade. —Qualquer mulher teria a sorte de se apaixonar por você!

-Você acha? — Perguntei baixo, quase sem voz, os olhos fixos nos dela.

Ela subiu um pouco seu corpo e aproximou-se de mim deixando seu rosto frente a frente com o meu.

A namorada da minha irmã -Girafa/Valu (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora