Como ela está, doutor?

825 108 8
                                    

POV RAFA

-Amor? — Chamei a Gi que estava distraída.

Eu já sabia o motivo de sua tristeza. Estávamos na casa da minha mãe. Minha família estava quase toda ali. Minha mãe e meu pai, meus primos que vieram da fazenda unicamente para isso. Lúcia e sua família também estavam ali, assim como alguns amigos meus e da Gizelly. Faltava apenas quatro pessoas, a Valentina, Luiza, minha filha Sofia é claro, e minha nem tão estimada sogrinha.

Essa eu sabia que não viria. E por isso minha morena estava cabisbaixa. No fundo a Gizelly ainda tinha esperanças de que sua mãe deixasse de ser tão preconceituosa e participasse da nossa vida.

Elas haviam tido outra discussão durante a semana, quando minha amada noiva lhe entregou o convite do jantar. Ela estava arrasada quando cheguei em sua casa na quarta-feira a noite. Chorou tanto no meu colo que acabou pegando no sono.

-Oi amor! — Respondeu voltando sua atenção pra mim.

-Você está bem? — Perguntei a puxando para um
abraço.

-Estou sim. — Respondeu me dando um sorriso forçado. — Só um pouco triste... mas vai passar.

-Ela vai mudar de ideia mais cedo ou mais tarde amor. — Falei tentando lhe confortar. — Você vai ver!

-Espero que esteja certa, Rafa.

Vimos a porta da sala se abrir e a Valentina entrou por ela. Ela estava sozinha, o que me fez estranhar já que eu tinha falado com a Luiza algum tempo atrás e ela me disse que estava indo pra casa da minha irmã.

Valentina cumprimentou nossa família e depois seguiu até nossa direção.

-Boa noite. — Rafa se aproximou onde estávamos.

Ela estava diferente nos últimos dias. Mais feliz, mais sorridente, uma Valentina que eu tinha a impressão de não conhecer.

-Boa noite Tina. — Beijei seu rosto e dei-lhe um abraço apertado. — Estava com saudades.

-Eu também estava, Rafa.  —Ela disse afastando-se.

-Boa noite Valentina. — Gi disse a abraçando.

-Boa noite Gi.

-Cadê a Lu? — Perguntei. —Achei que vocês viriam juntas!

-Eu não sei Rafa. Ela ficou de me buscar mas, não apareceu. Já liguei um monte de vezes pra ela e nada dela me atender. Mandei uma mensagem avisando que eu estava vindo pra cá, pois fiquei preocupada. — Seu semblante estava tenso.

-Não se preocupe deve estar tudo bem. — Falei mantendo Gizelly envolta em meus braços, mesmo assim, por dentro eu estranhava essa demora dela.
Luiza não era de se atrasar.

-Me dão licença um minuto? — Pedi dando um selinho na Gi e me afastando delas.

Peguei meu celular e voltei a ligar para Luiza. O telefone dela chamou até cair na caixa postal.
Tentei uma segunda vez sentindo um pouco de alívio quando a ligação foi atendida, entretanto, meu alivio não durou muito tempo.

-Luiza? Onde cê tá sua louca? — Falei antes mesmo da pessoa do outro lado dizer algo.

— Alô! — Me respondeu uma voz estranha. — Desculpa eu não sou a Luiza!

-Quem está falando, por favor? —Perguntei olhando no visor novamente, conferindo se o número que eu tinha discado estava certo.

-Meu nome é Giovanna. Sou médica residente na Santa Casa. A senhora é parente de uma moça chamada
Luiza Campos? — Perguntou.

A namorada da minha irmã -Girafa/Valu (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora