Depois de se apaixonar perdidamente, Rafaella jamais
imaginava o que estaria por vir no futuro.
Fechada para o amor, Valentina se descobrirá apaixonada pela namorada de sua própria irmã.
Numa história que envolve medos, dúvidas e amor, quatro mulher...
No dia seguinte por volta das 14:00 da tarde resolvemos voltar para São Paulo para não encarar muito trânsito. Luiza deixou Camila primeiro e algum tempo depois parou o carro na porta do meu prédio.
-Lu, qual o endereço da Gi?
-Você vai lá mesmo?
- Sim, vou tomar um banho e depois vou lá ver a Sofia.
-Sabe que provavelmente sua irmã vai tá lá né?
-Não vou deixar de ver a minha pequena por causa da Valentina. — Ela balançou a cabeça e pegou um pedaço de papel e uma caneta e rabiscou algo.
-Toma! É o endereço dela. Boa sorte lá!
-Obrigada! — Me despedi dela com um beijo no rosto e subi para a minha casa.
Tomei um banho relaxante e depois de arrumada chamei um táxi que me levou a um shopping que tinha no meio do caminho. Entrei em uma loja de brinquedos e comprei um presente para Sofia. De lá segui até a casa de Gizelly.
Parei na portaria e meu coração acelerou. Passei meu nome ao porteiro informando quem eu visitaria. Após um tempo ele liberou a minha subida. Subi receosa e ao tocar a campainha sentia minhas mãos suarem frio. Eu me preparava psicologicamente para dar de cara com a Valentina abrindo a porta, mas fui surpreendida por Gizelly, que abriu me olhando com um sorriso largo.
-Oi —Ela disse.
-Oie
-Entra! — Ela deu passagem e entrei.
Era a minha primeira vez em seu apartamento. Ela devia estar cozinhando porque pude sentir um cheiro delicioso de comida no ambiente.
-Tudo bem? — Perguntei com um sorriso no rosto.
-Sim. — Ela respondeu meio tímida pela minha presença. —E com você?
-Bem também! — Estendi a embalagem do presente. Trouxe isso pra Soso!
-Não é outro cachorro, né? — Sorriu divertida.
- Não! É uma gatinha na verdade! Mas essa não dá trabalho eu juro! — Levantei a mão como se fizesse um juramento.
-Ela vai adorar. Tá lá no banho agora, vou pegar ela e já volto. Fica à vontade! — Disse apontando o sofá.
Ela saiu da sala e eu caminhei por ali. Na estante havia diversos porta-retratos com fotos, algumas dela ainda grávida, outras com a Sofia pequenininha.
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Eu nunca tinha visto ela naquele tamaninho. Era tão graciosa. Tinha as bochechas redondinhas e uns poucos fios claro na cabecinha. Tinha também uma foto da Valentina a segurando quando bebê. Não devia ter mais que alguns dias de nascida. Minha irmã olhava para ela com tanto amor naquela foto. Uma foto simples, dessas onde você consegue captar o melhor do momento, a emoção. Eu adorava fotografar momentos assim.
