Tá arrependida?

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Esse capítulo é para as laranjinhas 🍊

POV LUIZA

-Valentina! — A chamei — Valentina anda mais devagar, por favor?

-Luiza você não precisa cuidar de mim — Ela respondeu irritada.

-Para de ser teimosa Valentina. — Falei firme quando finalmente chegamos ao estacionamento.

Parei ao lado dela na porta impedindo sua entrada no carro.

-Me deixa dirigir? — Pedi estendendo a mão.

-Eu posso muito bem dirigir, Luiza. Não bebi tanto assim!

-Mas eu sei que está nervosa e com raiva... por favor, Valentina! Eu te levo para onde você quiser, mas me deixa dirigir? — Ela me olhou pensativa e estendeu as chaves do carro em minha direção, dando a volta até o banco do passageiro.

-Bota o cinto! — Disse a ela e ela o puxou a contragosto passando-o pelo seu corpo. — Quer ir para sua casa?

-Não! — Respondeu sem me olhar — Me leva para qualquer lugar menos pra casa.

-Tudo bem! — Dei partida no carro e sai dirigindo.

Já que ela não queria ir para casa dela resolvi levá-la para a minha. O caminho todo Valentina se manteve em silêncio no carro. Eu percebia ela levantar as mãos em direção ao rosto várias vezes, limpando as lágrimas que escorriam enquanto ela olhava pela janela.

Se eu pudesse trocaria todos os meus sorrisos por cada lágrima sua, só para não a ver assim.
Depois de um tempo chegamos em frente ao meu prédio. Coloquei o carro dentro da garagem e seguimos até o meu apartamento. Assim que entrei joguei as chaves sobre a mesinha do telefone e fui até a geladeira.

-Quer água? —Perguntei.

-Tem algo mais alcoólico? —Seguiu até onde eu
estava.

-Não acha que já bebeu demais por hoje? — Perguntei preocupada com seu estado.

Ela passou os olhos pela geladeira e esticou o braço alcançando uma garrafinha de cerveja.
Com o movimento seu corpo se aproximou do meu e eu senti meu corpo travar com aquela proximidade. Acho que Valentina percebeu, pois deu um sorrisinho para mim.

-Ainda não! — Respondeu.

Me afastei dela e segui até a sala. Ela abriu a cerveja e caminhou até onde eu estava sentando-se ao meu lado, mas não tão próxima a mim.

-Você está bem? — Perguntei.

-Defina estar bem! — Respondeu bebendo a cerveja.

-Valentina sou eu tá... a Luiza! Não precisa bancar a durona comigo! — A olhei diretamente e ela desviou os olhos.

-Estou destruída por dentro... —Ela respondeu. — Eu sempre tive medo desse dia chegar Luiza...

-Sempre senti que um dia eu perderia ela. Soube assim que a Rafa entrou na minha sala que meu namoro estava com os dias contados.

-Mas foi você quem terminou com ela hoje!

-Eu só antecipei o inevitável, Luiza. — Ela sorriu triste. —Você sabe disso tanto quanto eu, não sabe?

A namorada da minha irmã -Girafa/Valu (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora