Capitulo 22 O preço do Vistos

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Christopher segurou minha mão quando entramos nas docas, a música alta fazia o chão tremer. Olhei para onde o DJ ficava, vendo Min e Siwoo, que estava bem do lado dele, mexendo na mesa. Eles tinham nos chamado e Christopher fez uma guerra para que eu não fosse, mas eu disse que, se não me levasse, eu iria sozinho e ele estava estressado por isso. 

Havia algo errado e eu estava sentindo, Christopher estava muito tenso ultimamente. Ele, estranhamente, não estava lutando e já fazia um mês que tínhamos voltado da Coreia. Pelos meus cálculos se em dois dias os juros quadruplicam, em um mês o quanto a dívida não tinha aumentando? Mas, sempre que eu tocava no assunto ele desconversava, me beijava e então eu esquecia até do meu nome. Ele estava escondendo alguma coisa. Por mais que as coisas estivessem boas e estarmos vivendo muito bem a tensão que ele estava emanando aqueles dias estava me deixando nervoso. Ele acordava de madrugada para treinar e estava explodindo com facilidade. 

A gente brigou há dois dias e eu joguei o jarro na direção dele, que se abaixou, fazendo o jarro quebrar na parede. Nós gritamos e brigamos porque ele não me contava o que estava acontecendo. Durante a briga Christopher fez algo que me deixou sem ação, ele respirou fundo, me abraçou e sussurrou "perdão", aí eu soube que tinha algo de muito errado mesmo. Ele não era assim, ele se desculpava de forma diferente. Ele me olhava com cara de cachorrinho abandonado depois de ter feito merda e esfriado a cabeça, ele não parava de gritar do nada e me abraçava. Esse não era ele. 

— Lindinho, não saia de perto de mim. — Christopher falou e eu olhei para ele sobre os ombros, vendo-o olhar ao redor. 

— Eu só vou falar com Siwoo, já volto. — Ele puxou meu braço e eu voltei a olhar para ele. 

— Não! Você vai ficar perto de mim. — Puxei meu braço e ele me soltou.

— Que porra você tem Christopher? Eu não preciso de um guarda- costas. — Ele bufou e a língua foi de encontro à bochecha. 

—Ryung você vai ficar perto de mim. — Ele disse entre dentes e eu o fuzilei com os olhos. 

— Você não manda em mim. — Me virei, indo em direção ao Siwoo, ele saltou do palco e me abraçou. 

— Ei, que cara é essa? — Revirei os olhos quando ele se aproximou e perguntou. 

— Adivinha? Christopher. Quem mais poderia ser? Além de namorado ele está agindo como se fosse meu guarda-costas. — Gritei por causa da música alta e ele riu. 

Despedi-me dele, indo atrás de Christopher, o vi no bar e me movi entre as pessoas. Alguém segurou meu braço, olhei para o cara, ele tinha os cabelos para trás e uma longa cicatriz na bochecha. 

— Venha comigo. 

— Me larga! 

— Garoto, colabora. — Puxei meu braço e ele me apertou. Arfei e girei, me soltando. Segurei no seu pulso e girei, ele arfou e eu fiz pressão, o machucando. 

— Não me toque filho da puta. — falei e ele rosnou e sua outra mão levantou. Eu levantei o braço para me proteger, mas alguém grudou nas minhas costas e segurou a mão do cara. Olhei para trás, vendo Christopher, o cara se afastou e Arcangelo me colocou atrás dele. 

— Ele quer falar com você. 

— Diga que eu irei. 

— Ele quer que leve seu menino. — Olhei para Christopher e vi quando o maxilar dele trancou. 

— Não. 

— Você não tem escolha Caos. — O cara falou e saiu andando, Christopher bufou e se virou para mim.

Underground dentro do Ringue ( Original Version)Onde histórias criam vida. Descubra agora