Underground dentro do Ringue ( Original Version)

Capitulo 6 Sobre o Ringue ele é Caos

 Eu pensei que fosse surtar quando o gongo soou, mas o filho da puta do Christopher parecia que tinha esmurrado meu coração quando ele olhou para mim e sorriu de canto. E em vez de surtar em pânico eu senti as minhas pernas moles. Filho da puta.  Respirei fundo trancando o maxilar e segurei com força no braço de Siwoo. 

    As pessoas chamavam papai de deus dos deuses porque ele era incrível sob os ringues, conseguia vencer oponentes com duas vezes o seu peso, seus golpes era precisos. Ele era bom, incrível e um lutador profissional. Papai lutava porque amava lutar. Ele era um lutador, o grande Zeus estava em um trono incansável. 

     Mas Christopher , era como se fizesse por ódio. Era quase como se os instintos primitivos aflorassem em seu corpo e ele se tornasse um animal. Era sangrento e bárbaro. O nome Caos era perfeito para ele porque eu vi seus oponentes caírem no chão acabados. Fiquei assustado quando olhei para o rosto de Christopher , não parecia ser ele. Era um fato, eu não o conhecia. 

 As pessoas gritavam e iam à loucura, enquanto eu sentia algo dentro de mim embrulhar-me o estômago. Era como se um monstro estivesse solto e aquele não fosse o Christopher , meu vizinho, ou o Christopher  que mentia ser meu namorado. Ele não era o cretino que me beijava, aquele ali era Caos, o lutador sangrento de lutas underground. E eu estava com medo do que ele era sobre o ringue. 

Eu nunca tinha visto um lutador que estivesse realmente à altura do meu pai. E quando Caos esteve diante dos meus olhos foi como se ser chamado de deus do vazio fosse perfeito para Christopher, ele era a divindade das coisas negativas. A underground escondia o lutador sangrento e com potencial para ser o melhor do mundo. 

     Quando o gongo soou e seu oponente estava caído no chão, Christopher  levantou os braços e todos gritaram e invadiram o espaço da luta. Não movi um músculo porque meus pés estavam colados no chão. Siwoo me balançou, mas eu ainda estava em choque, fomos empurrados e cambaleei para o lado acordado do meu transe, olhei ao redor procurando por Siwoo ou Christopher. 

     —Ryu! — Siwoo segurou em minha mão e então fomos cercados por dois homens, olhei para ele quando Siwoo se colocou na minha frente, apertei seu pulso. 

     — O de cabelos escuros — um deles falou e antes que eu processasse o que estava acontecendo, fui agarrado.

     —Me larga! — arfei e quando o outro tentou partir  para cima de Siwoo, eu o chutei o fazendo arfar e se inclinar. — Corre Siwoo! 

     — Fique quieto e colabore garoto! — ele me apertou nos braços e eu me debati tentando soltar. 

     — Siwoo, chame o Christopher ! —Falei, desesperado, quando mais dois homens surgiram, me cercando. — Vai! — gritei e ele correu. Arfei dando uma cotovelada no estômago do que estava me segurando e ele arfou me soltando, mas quando tentei correr os cara que estavam com ele me cercaram. Olhei ao redor engolindo em seco, eu sabia me defender mas porra! Era cinco contra um! 

     — Lindinho! — arfei quando ouvi Christopher gritar, e tentei o procurar. 

Quando abri a boca para avisar onde estava, meu erro foi baixar a guarda e alguém me segurou, aquele homem  se moveu tampando minha boca; me movi tentando me soltar, mas ele estava me segurando com força, ao ponto de me machucar. Arregalei os olhos, horrorizado, e me debati, tentando me libertar. Ele então agarrou minha cintura, me puxando para a saída e olhei para o lado, vendo Christopher  na multidão. Puxei a mão da minha boca para baixo e tentei gritar, mas novamente tive minha boca tampada, segurei em seu braço ainda tentando me soltar. Meus músculos doíam porque aquele homem era visivelmente mais forte, arfei. Papai teria vergonha de mim naquele instante por não conseguir escapar. Mordi a mão em minha boca com toda minha força quando pisamos do lado de fora em um beco sem saída, ele urrou e consegui me soltar, mas por poucos instantes. Antes mesmo que eu conseguisse correr, ele agarrou um punhado do meu cabelo e me jogou contra a parede, me fazendo gemer de dor.