Cap.3🐺

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No dia seguinte ao ocorrido Maria acordou já passava das três da tarde e com o corpo todo dolorido, parecia que tinha sido atropelada por um trem e triturada no liquidificador turbo.
Seu celular tocou algumas vezes até ela atender e depois de muitas súplicas ela aceitou tomar um sorvete com os amigos na praça que ficava ao lado do seu prédio. Ela desceu com um shortinho jeans e uma camiseta folgada de regata, sentou ao lado deles e começou a contar o que tinha acontecido no dia anterior com Xavier e o bonitão salvador, mas que se transformou num insano lobo raivoso quando defendeu ela. A reação de todos da mesa foi a mesma, os amigos ficaram de boca aberta, até que Leonel levantou e foi pegar sorvete para esfriar a cabeça de todos.

— Esse Xavier bem que mereceu amiga! _ disse Lupita com um sorriso vingativa.

— Aí Lupita eu quase morri de medo, inclusive de Estevão você tinha que ver como ele era grande, forte que parecia um armário, cabelos pretos e olhos verdes, e um sorriso de derreter as calotas de gelo do Alasca _ acabou de falar e suspirou, aquele homem era inesquecível.

— Amiga tem um homem igualzinho a sua descrição atrás de você que pelo jeito escutou toda a nossa conversa _ disse Lupita meio assustada.

Quando Maria ia falar com Estevão, no mesmo instante Leonel chegou na mesa dos três entregando uma casquinha de sorvete pra cada amigo.

— Então o Xavier foi encontrado com uma faca cravada no pinto? _ olhou pra todos que ainda estavam calados e continuou _ mas bem que mereceu, isso foi o carma que bateu forte nele Maria, você lembra daquela vez que o calhorda tentou te estuprar?

— Leonel cala a boca _ Lupita bateu no braço dele _ temos gente estranha.

— Maria levanta, precisamos conversar agora mesmo _ segurou no braço dela e a levantou de uma vez fazendo Leonel se exaltar.

— Seu babaca larga ela agora ou te quebro na porrada seu merda _ Leonel era o mais esquentado e foi contido por Greg que se preocupou com o amigo.

— Cara ele é o lobo raivoso da história da Maria, fica frio... Não inventa de brigar _ disse só pra ele que recuou.

— Amiga tá tudo bem? _ Lupita levantou e se aproximou dela _ quer que a gente te acompanhe?

— Eu e ele temos coisas pra falar sozinhos _ olhou Estevão que tinha uma cara de repulsa vendo o lugar.

— Vai pro teu apartamento amiga é melhor _ abraçou ela e se juntou aos amigos.

Estevão praticamente arrastou ela pro carro e saiu cantando pneu, queria sair daquele lugar de classe "inferior". Era algo retrógrado esse preconceito e não foi criado com esse pensamento, mas era resquícios da relação com Ana Rosa e outras garotas ricas que teve alguma aventura sexual.

— Vim me certificar que você não iria me entregar pra ninguém, mas contou prós seus amiguinhos mortos de fome e isso me irritou _ levantou o braço e segurou ela pelos cabelos sem machucar.

— São meus amigos, você nem me conhece ou algo do tipo... _ olhou pra frente assustada _ para que nos vamos bater desse jeito.

— Merda... _ ele pisou no freio e parou bruscamente.

— Estevão me deixa ir embora e não vou aparecer na sua frente, eu te juro por tudo que eu tenho de mais sagrado! _ juntou as mãos num pedido desesperado.

— Sabe... eu podia te dar o mesmo fim daquele maldito, mas é bonita de mais pra ser machucada, e não posso ver mulher apanhar _ voltou o olhar pra frente e apertou o volante pensando nela com segundas intenções.

— Nunca precisei de ninguém pra me defender senhor San Roman _ tentou abrir a porta mas estava travada _ me deixe sair por favor.

— Não vai sair e que se dane a sua opinião _ puxou ela pra perto dos seus lábios e os apertou contra o seu _ me beije agora!

— NÃO...POR FAVOR... ME LARGA _ ela arranhou o rosto dele com força deixando sua marca em sua pele e apontou o dedo pra ele em colera _ não sou as suas putas entendeu?

— Sim entendi _ tocou o rosto e sorriu _ vou te deixar em paz ratinha, não vai me ver por perto.

Ele destravou as portas e viu ela abrir e correr pra longe, ficou mais um tempo parado e pensativo tocando onde ela arranhou e lembrando do sabor daqueles lábios que lhe pertenceram por muito pouco tempo.

(...)

Maria queria fugir da cidade, procurou onde podia se esconder e fez algumas de ligações, mas tudo parecia muito pior que o emprego com Xavier e teve que se contentar a ficar no apartamento e buscar algo na cidade mesmo. Depois de alguns dias sem contato e muito angustiado Leonel foi até a casa da amiga para levar o pote de sorvete de chocolate que era o seu favorito e ver se estava tudo bem com ela. Quando Maria abriu a porta ele suspirou aliviado e sentiu a alma voltar ao corpo, ela estava intacta e bem aparentemente.

— Oi Leonel _ deu um sorriso fraco ao ver ele, em seu inconsciente era Estevão que poderia aparecer _ não esperava sua visita, na verdade faz semanas que eu tô meio isolada.

— Trouxe sorvete e tenho uns minutos pra conversar se quiser, eu e o pessoal estamos sentindo sua falta, mas entendemos sua reclusão.

— O sorvete tô precisando muito, mas conversar não quero Leonel, foi bastante coisa por esses dias _ disse aquilo com sinceridade e respirou profundamente _ é mais forte que eu.

— Então só o sorvete, tudo bem Mari, eu te respeito muito _ deu um sorriso murcho e continuou fora sem entrar, mas não aguentou e lhe deu um abraço rápido e apertado se separando logo depois _ mas não fica muito tempo sem a gente.

— Não vou ficar sem vocês meu querido _ acariciou o rosto dele e sorriu amável.

— Você é um anjo Maria, nunca vou deixar de repetir isso _ aproximou seu rosto do dela e beijou sua bochecha.

— Aí Leonel, vocês que são uns anjos na minha vida _ correspondeu o beijo dando outro na bochecha dele.

— Você que é meu anjo _ acariciou os cabelos dela e sorriu todo bobo _ o mais belo que pisou nessa terra.

— Deixa disso, não sou nada _ riu sem graça com aqueles elogios _ obrigado pelo sorvete, e eu ligo pra gente marcar algo, te prometo.

— Marca mesmo hein... _ disse já virando _ e aproveita todo sorvete.

— Tchau amigo _ viu ele descendo as escadas com pressa e sorriu lembrando das palavras dele e olhou pro pote de sorvete _ ele que é um anjo me enchendo de endorfina.

Quando ela fechou a porta e virou pra dar o primeiro passo alguem bateu na porta e ela não perguntou nada, só abriu e se surpreendeu com quem estava na sua frente.

— O que faz aqui? _ do susto largou o pote de sorvete.

Ele segurou sua cintura com um braço a prendendo colado nele e com a mão livre segurou a cabeça dela forçando seus lábios que bravamente não se rendiam aos seus, o beijo demorou a sair como era pra ser e quando ela cedeu abrindo a boca um pouco já sentiu ser invadida por sua língua quente e exploradora que lhe tirou o ar por longos e prazerosos minutos.

Ele segurou sua cintura com um braço a prendendo colado nele e com a mão livre segurou a cabeça dela forçando seus lábios que bravamente não se rendiam aos seus, o beijo demorou a sair como era pra ser e quando ela cedeu abrindo a boca um pouco já...

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