(...) Algum Tempo Depois...
Já passava três meses de relação e os dois estavam mais mais seguros desse amor que sentiam, nada podia abalar a vida deles, era isso que pensavam até o dia que ela achou que estava grávida e foi até seu ginecologista tirar a duvida, mas foi procurar uma coisa boa e achou a pior noticia da sua vida. Sentada na recepção enquanto esperava Estevão chegar ela chorava ao reler aquele resultado e olhava pro chão com vergonha, não podia acreditar naquilo, era a pior notícia que podia ter recebido naquele instante, tinha lhe abalado e apesar de amar aquele homem não iria lhe prender com falsas promessas. Mas o tempo passou voando enquanto ela estava em agonia, já ele não demorou a chegar e foi até ela sentando ao seu lado e a abraçando.
— Você fez o teste de gravidez? _ ela balançou a cabeça positivamente _ então qual foi o resultado?
— Negativo... Não quero lhe enganar, não posso... _ olhava pro vazio suspirando tristemente.
— Amor não se preocupe com o resultado negativo, podemos tentar quando quiser e se sentir bem, estamos no começo da nossa relação _ segurou o rosto dela, mas quando ia lhe beijar ela desviou e se afastou.
— Não podemos Estevão, esses exames não são o resultado de uma possível gravidez _ amassou os papéis com raiva _ fui com meu ginecologista e o resultado foi outro.
— Não entendo ratinha, o que houve? _ quis abraçar Maria mas foi rejeitado novamente, sua amada estava transtornada.
— Não posso engravidar Estevão, é impossível para mim, não posso te dar esses herdeiros que tanto pede _ disse entre dentes e levantou jogando os papeis nos pés dele.
— Não fica assim, podemos conversar com calma _ pegou o papel do chão e começou a ler com calma _ endometriose? Mas o que é isso? Porque não pode ter filhos por isso?
— Isso _ apontou par o papel com um sorriso amargo _ causa infertilidade, fiz os exames porque já temos mais de três meses juntos e tive um sangramento forte, pensei que estava tendo um aborto espontâneo, corri para o hospital e o medico pediu esses exames, por isso te falei que podia estar gravida.
— Maria a gente adota, minha mãe pode nos ajudar, mas não fica desse jeito, não é o fim do mundo meu amor _ tentava confortar ela de algum jeito.
— Não...eu acho que o melhor é acabar de vez _ pegou o papel e colocou na bolsa _ não me busque mais Estevão, eu não vou te forçar a mudar seus planos por minha causa.
— Olha eu sei que tudo isso é por esse resultado, mas podemos conversar civilizadamente depois que toda essa revolta passar ok? _ tentou falar calmo, mas sua vontade era explodir e acabar com tudo, mas nesse tempo ao lado dela se tornou mais "domesticado".
— NÃO VAI PASSAR ME ESQUECE SAN ROMAN _ empurrou ele e saiu correndo com lágrimas nos olhos e pegou o primeiro taxi que parou.
— Maria me espera...
Ele tentou correr atrás do carro, mas só conseguiu que quase lhe atropelassem, então voltou para clínica e tentou falar com o medico, mas foi impossível, ele já não estava e ele teve que se contentar em marcar um horário. Era uma questão de honra saber o que estava acontecendo com seu amor, sua ratinha precisava dele e não ia largar sua mão.
.
.
.Depois de sair da clínica ele dirigiu direto pra casa dos pais, tinha essa necessidade de ter pelo menos um dos dois ao seu lado lhe dando apoio. Quando Alba viu o filho entrar sentiu que algo não estava bem, seu menino ainda era feito de carne e osso, um coração ainda batia dentro dele. Ali na sua frente viu um Estevão dolorido, mas a carcaça de homem serio e impenetrável ainda deixava esses sentimentos invisíveis.
— Aconteceu algo verdade? _ foi até ele que estava bem sério, não precisou fazer ele falar nada primeiro, já sabia o motivo _ o que aconteceu com você e Maria?
— A Maria acabou nosso namoro _ passou a mão na cabeça respirando fundo.
— Como que acabou? Ela e você estavam tão bem _ disse surpresa.
— Maria não pode engravidar, disse que não era perfeita para mim porque não podia me dar filhos biológicos _ suspirou com o olhar triste.
— Meu menino _ o abraçou acariciando suas costas lhe acalmando _ me explique o que aconteceu entre vocês.
— Desde que tornamos sério nossa relação eu pedia um filho, meu herdeiro mamãe _ sentou no degrau da escada e olhou pra ela, mas descobriu que tem endometriose, não pode engravidar por isso.
— Ela estava muito abalada com a notícia? _ sentou ao lado dele e segurou sua mão.
— Chorava, eu queria levar ela pra casa e consolar, falar que tava tudo bem, mas a Maria me mandou sumir _ olhou a mão da mãe e suspirou _ falei até em adoção, não me importa mais se leva ou não meu sangue, só quero ela ao meu lado.
— Mas meu menino, a Maria é jovem, pode se tratar e engravidar normalmente, com os cuidados certos pode ter filhos, isso não é o fim _ falou com tranquilidade, coisa que só uma mãe era capaz de fazer.
— Eu vou falar com o medico antes de ir procurar ela, vou me informar de como posso ajudar.
— Esse é o garotinho que criei _ beijou a testa dele _ tem que ser o apoio dela, mesmo que Maria não queira, você cuida de longe, entendeu?
— Sim senhora _ escutou com atenção _ não vou forçar nada com ela.
— Isso Estevão, seja um cavaleiro, o príncipe da Maria! _ disse de coração leve.
— E meu pai? _ olhou a porta do escritório aberto e estranhou a ausência dele.
— Foi buscar Ângelo na escola e deixar com Carmem, aqueles dois não se desgrudam.
— Parecem pai e filho, não acha que se parecem? _ disse brincando, provavelmente era a proximidade dos dois e o fato do pai ser a única referencia masculina do menino.
— Agora que falou disso... _ levantou pensativa _ filho eu preciso sair, depois me diga como foi com o medico.
Ela beijou a testa do filho, pegou a bolsa no escritório e a chave do carro e saiu sem falar mais nada, aquela frase do filho deixou uma pulga atrás da orelha dela que devia ser investigada, mas do nada começou a desconfiar e enxergar uma relação entre a melhor amiga e o marido.
VOCÊ ESTÁ LENDO
El Mafioso ☠️
FanfictionAmar é conviver com seus demônios até eles desaparecerem ou te sufocar... Para ter o amor de Estevão San Roman, Maria tem que trilhar o mesmo caminho do seu amado e viver entre o bem e o mal.