Cap.28🦁

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Mas enquanto estava ficando tudo bem com pai e filha, ainda existia uma pessoa que queria saldar dívidas do passado e o único jeito era ir até o endereço dado por Alba e falar com Arturo. Mas entrou no escritório errado e acabou dando de cara com Estevão, no nervosismo pegou o canivete e esperou ele se aproximar, chegou por trás e estava com ele a sua mercê ameaçando machucar aquele desconhecido.

— Não se mexa e faça o que eu mandar entendeu?

— Olha eu não tô com a carteira aqui e não posso te dar dinheiro, mas se prometer não fazer nenhuma besteira eu te dou uma boa quantia de dinheiro _ levantou os braços.

— Não quero seu dinheiro, eu quero outra coisa _ colocou a ponta do canivete tocando seu pescoço _ mas não de uma de esperto entendeu?

— Claro, pode falar o que quer, não vou fazer nenhuma besteira, apesar de tá assim _ mantinha a calma na voz.

— Preciso encontrar, Maria e Arturo de Fernández Acuña, sabe quem são?

— Claro, mas me ter rendido não vai ajudar.

— Como você se chama?

— Estevão, Sou melhor amigo de Arturo e noivo de Maria.

— Minha filha vai casar... _ abaixou a guarda e foi rendida por ele _ Merda!!

— O que quer com eles? _ guardou o canivete no bolso _ não sou de dar uma segunda chance a quem me ataca.

— Quero saber onde estão, não tenho medo de ameaças _ se afastou indo até a parede.

— Eu não vou arriscar a segurança da minha noiva pra ajudar uma desconhecida, é totalmente compreensível não acha?

— Ama sua futura esposa assim?

— Eu atravessei um oceano pra me encontrar com ela e pedi sua mão em casamento, ela me aceitou apesar de ser quem eu sou.

— E quem é você?

— O amor da vida dela, é só o que posso dizer.

A porta se abriu e Arturo entrou distraído sem ver quem estava junto ao seu amigo e sócio, mas parou ao ver Estevão calado e apontando pra certa direção. Quando olhou pro lado quase não acreditou no que seus olhos viram, a mulher era conhecida por ele como sua mãe.

— Meu Deus! É você Arturo?

— Quem é você?

— Sua mãe meu filho, não sabe a emoção de te ver um homem feito.

— Não é possível... Está morta, vi o atestado de óbito, minha avó me mostrou.

— Isso é mentira, eu nunca estive morta, provavelmente seu pai armou tudo pra ter você e sua irmã só pra ele.

— Meu pai foi quase destruído pelo luto, acha mesmo que ele inventaria essa mentira?

— Não conhece a história Arturo, você era um mero adolescente e sua irmã uma criança, como vão saber o que me aconteceu.

— Você morreu quando viajou para Marbella, seu barco afundou e ninguém sobreviveu, essa é a história que a minha avó contou, depois disso meu pai perdeu a guarda da Maria pra ela, minha irmã chegou a nós odiar.

Arturo estava com raiva, confuso e exaltado com aquela situação, tanto que Estevão teve que se intrometer entre eles e colocar um ponto naquele começo de discussão.

— Olha Arturo, sua avó nunca foi santo de devoção pra você nem pro seu pai, você mesmo me contou algumas vezes, senhora... Como é seu nome?

— Helena Fernández, e minha mãe Eva não tinha motivos pra fazer tal absurdo, eu tava presa por algo que não fiz e ela estava ao meu lado sempre.

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