Cap.18🤕

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Assim que chegaram no hospital Estevão pegou os papéis da bolsa da bebê e ficou totalmente perdido, ligou pro amigo Arturo e o mesmo conseguiu resolver tudo sem problema, em alguns minutos a pequena foi atendida e levada a área de observação por está desidratada e abaixo do peso. Maria que estava ao lado dela a todo momento teve que ficar com Estevão depois dela ir pra observação e logo que o viu lhe abraçou.

— Já contou aos seus pais? _ acariciou as costas dele carinhosamente _ não podemos ficar sem falar com eles.

— Que eu transei bêbado com a minha ex e agora tenho uma filha de poucos meses? _ se separou dela ofegante e passando a mão na cabeça _ é difícil entender pra mim, porque agora sou pai sem ao menos saber da sua concepção.

— Esther tinha que vir pra colocar juízo nessa tua cabecinha, Ângelo chegou na sua vida como um sinal de que nem toda sua inocência foi roubada por Carmen, ele é o raio de esperança em seu coração machucado  _ falou com calma e amor, queria ser sincera, mas sem magoar  _ além do mais queria herdeiros, e a vida te deu filhos, vai ter que aprender a cuidar deles.

— Sobre a bebê eu não disse nada aos meus pais, eles já estão surtando com o de Ângelo _ suspirou e a olhou perdido _ imagina com ficarão ao saber dela.

— Mais vai ter que dizer uma hora ou outra _ deu de ombros e sentou _ e além disso eu tenho certeza que Alba e Fernando vão te entender.

Ele não estava seguro para contar toda verdade aos pais, isso seria mais uma carga para eles e mais do que isso agora teria que lidar com muitas coisas do seu jeito, era pai e agora tinha uma família. Não queria pular etapas com Maria e pelo bem da relação de ambos ele iria conversar com ela pra saber se ficar ao lado dele era uma boa opção, Estevão só podia lhe oferecer uma casa com dois filhos e um solteiro problemático cuidando de tudo, ela tinha um grande caminho pela frente e não podia deter ela e seu progresso.

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Estevão tinha deixado Maria e a bebê juntas e correu para falar com o médico, recebeu o recado na recepção e se preocupou achando que fosse algo ruim e pensou no filho, Ângelo estava entre a vida e a morte e ele sabia disso.

— Senhor San Roman, nos casos mais graves eu peço para os familiares pedirem uma intervenção divina, foi assim no caso do seu filho.

— E funcionou? _ disse esperançoso.

— A sua mãe veio visitar seu filho hoje pela manhã e Ângelo apertou a mão dela, então posso dizer que seu filho está voltando pro mundo dos vivos.

— Eu...eu não acredito doutor _ seus olhos se encheram de lágrimas e em seus lábios brotou um enorme sorriso _ isso é sério?

— Não brinco com coisa séria rapaz, vai poder ver seu filho de olhos abertos em breve.

Ele foi até Maria e avisou que ele iria se dividir a noite entre os filhos, ela pediu pra ficar com a bebê e assim ajudaria ele. Alba e Fernando foram para casa sem saber que tinham dois netos internados, o filho não disse preocupado com os pais, não queria lhe dar mais problemas do que já estavam tendo.

Na manhã seguinte...

Ainda de olhos fechados se mexeu incomodado com a cama meio desconfortável, puxou o lençol e percebeu que não sabia onde estava, foi então que Ângelo abriu os olhos e não reconheceu o lugar, não se lembrava do acidente e tão pouco o seu motivo, er...

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Ainda de olhos fechados se mexeu incomodado com a cama meio desconfortável, puxou o lençol e percebeu que não sabia onde estava, foi então que Ângelo abriu os olhos e não reconheceu o lugar, não se lembrava do acidente e tão pouco o seu motivo, era tudo um grande borrão, sentiu uma dor enorme na cabeça quando tentou lembrar e gemeu sofrido colocando a mão na testa. Estevão que dormia cansado depois de passar a madrugada entre o quarto de Esther e o de Ângelo acordou e já foi olhando pra ele surpreso, levantou e segurou sua mão sorrindo.

— Oi Estevão, o que faz aqui comigo? _ sorriu todo bobo, já que cresceu admirando ele em tudo, inclusive na rebeldia, coisa que muitas vezes desatava a ira da mãe.

Pegar a mão do filho e olhar em seus olhos lhe despertou uma nova sensação, algo que ele sentiu no dia anterior ao ter Esther em seus braços, ter Ângelo acordado e consciente era um verdadeiro milagre, de não ser um homem religioso ele se transformava num pai de fé que acreditava que os filhos tinham bons anjos protetores.

— Vim cuidar de você Ângelo, se sente bem? _ apertou um pouco sua mão _ Tá com dor?

— Eu só tô tentando lembrar de como vim parar aqui, mas não consigo, é tudo um borrão e faz minha cabeça doer _ tocou o curativo da sua cabeça e gemeu novamente de dor.

— Você sofreu um acidente, na verdade te atropelaram _ sentou na cama ainda pegado na sua mão _ tenta não se mexer muito e ficar calmo até o médico chegar.

— Sou um estupido verdade? Provavelmente minha mãe deve tá puta comigo _ suspirou cansado, com certeza iria escutar Carmen no seu ouvido por um bom tempo _ já tô cheio de viver com ela e suas amarguras.

— Tem algo que eu possa fazer por você? _ ficou ao lado da cama _ pode pedir o que quiser filho.

— Manda ela pra cadeia pode ser? _ riu debochado, mas logo parou sentindo sua cabeça doer.

— Sem problema, eu dou um jeito _ acariciou a bochecha dele e sorriu _ Você me lembra muito uma certa pessoa... _  parou pra pensar em como nunca percebeu que Ângelo era sua inocência roubada.

— Se for a você é um elogio Estevão _ disse todo orgulhoso _ mas falando sério, eu preciso me distrair, vou enlouquecer num quarto de hospital.

— Vou pedir pra minha mãe pegar uns livros que eu gostava de ler na sua idade e trazer mais tarde _ ficou encarando ele pensativo _ e sim você se parece muito a mim com a sua idade.

— Valeuu Estevão, você é como o Fernando fala _ apertou sua mão.

— E como eu sou? _ sorriu triste, Ângelo era seu filho e seu coração já começava a sentir isso.

— Fernando diz que você apesar de meio rebelde, é um bom homem e filho _ olhou pra ele e sorriu _ além do mais eu acho que vai ser um ótimo pai prós seus filhos, não acha?

— Não... Digo... Sim _ suspirou e quis abraçar forte Ângelo, mas se conteve e disfarçou a sua tristeza com um sorriso pícaro _ ele vai ter orgulho, pelo menos é o que eu espero.

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