Cap.5🐍

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Era um almoço familiar e a mulher chegou no jardim e logo viu Estevão bebendo mais afastado de todos, mas ele não ficou parado muito tempo e saiu fazendo ela lhe seguir até o escritório. Quando entrou trancou a porta e logo abraçou sua cintura e sorriu pra ele com desejo, mas o homem não esboçou nenhuma reação em ver Carmem, apenas queria distância.

Carmem era uma amiga intima da família, foi criada ao lado de Alba como uma verdadeira irmã e viu os dois herdeiros San Roman crescerem e se tornarem dois belos rapazes. Enquanto Héctor sempre estava no hospital por sua frágil saúde e por ser o mais novo era acompanhado pelos pais. Estevão com treze anos ficava em casa, com as empregadas e na companhia de Carmem que dispensava as empregadas e ficava trancada no quarto com ele toda a tarde.
A questão era que depois de tantos anos o único sentimento que Estevão sentia era nojo e repulsa contra aquela mulher.

- Sua mãe me disse da briga que tiveram, ela ainda está magoada sabia?

- Digamos que minha mãe é sentimental e não estou com paciência prós seus joguinhos Carmem _ passou a mão na testa enxugando o suor com impaciência.

- Meu menino, você não conhece a sua mãe, nem o seu passado _ ela tão pouco sabia de nada, mas queria provocar o homem.

- E também não me importa Carmem, o presente da minha mãe é o que importa para mim _ puxou seu braço com força, tinha repulsa por aquela mulher, seu corpo tremia e suava sem parar _ Não é você e suas fofocas, sua cobra venenosa.

- Que tão repugnante é estar ao meu lado? _ falou bem pertinho do ouvido dele sabendo que naquele momento ele podia não aguentar e ter a pior reação _ lembra das nossas tardes de amor?

- Amor? Você não tem noção do quanto é... Nojento e repugnante _ virou o rosto e ficou bem perto do dela deixando sua ira bem aparente _ eu tenho náusea só de te ver Carmem.

- Ótimo, só assim eu sei o quanto te marquei meu pequeno príncipe _ acariciou com as unhas o rosto dele.

- A minha vontade é de arrancar essas unhas com alicate e fazer você comer uma por uma, quem sabe um dia eu não faça _ deu de umbros com um sorriso perverso.

- Vamos lá pra cima e no seu quarto eu quero te mostrar algo meu menino.

- Com você não vou pra lugar nenhum _ sentou, pegou seu copo e cruzou a perna por cima da outra.

- Não tem problema meu príncipe, fazemos o que deve ser feito aqui e com perigo _ ela se aproximou e sentou no seu colo

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- Não tem problema meu príncipe, fazemos o que deve ser feito aqui e com perigo _ ela se aproximou e sentou no seu colo.

- Não se atreva ou eu vou te socar até não respirar mais, entendeu? _ levantou o braço e fechou a mão preparando o soco.

- Arrumou outra mulher? Quem é a vagabunda? _ segurou no punho dele _ é da sua classe social? Lembra das nossas aulas de etiqueta? Mulheres pobres não passam de meretrizes.

- Não é da sua conta, eu não tenho mais treze anos pra te render contas e nem sou o seu aluno de etiqueta _ puxou o braço com violência.

Alguém começou a bater na porta insistentemente e não parou até Estevão abrir e ver que era a mãe.

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