Amar é conviver com seus demônios até eles desaparecerem ou te sufocar... Para ter o amor de Estevão San Roman, Maria tem que trilhar o mesmo caminho do seu amado e viver entre o bem e o mal.
Com Ângelo na mansão San Roman Alba e Fernando estavam radiantes, eram os avós do ano, apesar de não poder confessar ao garoto que eram família.
Mas Carmen não tinha desistido de ter seu "mini Estevão" com ela novamente, faria de tudo para ter Ângelo com ela. Quando saiu do hospital não teve mais remédio que ir até a mansão tentar ver o filho com a fingida capa de mãe leoa. Mas antes tinha que encarar Alba e que a essas alturas e sabendo já da verdade era a mãe mais feroz e com sede de vingança e iria colocar a ex amiga contra a parede, o momento de entrar em combate tinha chegado.
— Então Carmen, vai começar a explicar antes que eu te coloque pra fora?
— Hormônios, seu filho era grande pra idade e tinha um fetiche por milf _ disse debochada.
— Não tinha o direito de tocar nele sua maldita _ levantou o braço e deu um tapa sonoro na cara dela.
— Seu filho uma hora ia virar um homem, comigo ou com uma vadia qualquer _ tinha a mão por cima do rosto.
— Meu filho era grande sim, mas um inocente que não sabia de sexo até você entrar na vida dele dessa forma.
— Era um homem, me fez gemer e ter orgasmos, uma criança normal não faria isso, ele passou os genes pro meu filho, Ângelo tem o mesmo porte do pai, só que muito melhor.
— Se mantenha longe do meu neto, não sabe ainda do que sou capaz quando trato de proteger meu sangue.
— Eu vou ver meu filho e contar toda a verdade pra ele, Ângelo vai adorar saber que o pai é um safado desde a adolescência.
— Meu filho não ia se prestar pra um papel assim, abusou de Estevão e vou provar pro Ângelo algum dia.
— Tenta falar isso pro meu filho Alba, te juro que não vou deixar barato, a reputação do seu filhinho vai cair por terra! _ virou de costas e saiu procurando o filho pelos quartos.
— Eu pra onde pensa que vai sua maldita? _ foi atrás dela.
— Me despedir do meu filho Alba, eu tenho direitos _ disse isso e achou o quarto de Ângelo e entrou sem bater.
Iria se despedir para sempre do filho, ele não iria ficar com ela, mas faria o garoto odiar Estevão com todas sua força. Assim que viu ele foi correndo lhe abraçar e beijou sua bochecha várias vezes e se afastou começando um falso choro sofrido.
— Mãe veio me buscar?
— Filho eu não queria que soubesse dessa forma, mas ele esta me tirando você _ disse sofrida.
— Mãe? Mas do que tá falando?
— Você nunca foi um erro, mas o que eu e seu pai fizemos foi sujo e profano, eu estava desprotegida e queria alguém ao meu lado, perdão por te fazer passar por isso.
— Se acalma e me diz o que aconteceu antes, porque tá chorando?
— Seu pai quer me tirar você meu menino.
— Pai? Mas do que fala?
— Há quase quatorze anos eu tive um caso com Estevão San Roman e você nasceu, eu não contei nada por ele ser um garoto e eu uma mulher adulta, mas depois do seu acidente ele não teve pena de mim e agora quer te arrancar dos meus braços... _ esticou os braços de um jeito que ele visse como tremia.
— Eu sou filho dele? Mas como teve coragem de ter um caso com um moleque mamãe? Ainda engravidou dele.
— Ele me ameaçava de mentir para os pais e me fazer passar por abusadora de menores, mas você sabe que eu não seria capaz disso, mas aquele homem sim é capaz de coisas piores.
— Não mamãe isso é um erro, tá errada sobre ele... _ dizia em desespero.
— Não é mentira, e se quer a confirmação pergunte a ele que a história será a mesma! _ disse num tom de quem estava ofendida _ quando saiba a verdade da boca dele vai ver que não menti _ olhou ele mais uma vez e virou as costas saindo do seu quarto.
Carmen contou uma mentira nua e crua para o filho, não pensou se iria lhe machucar, só queria livrar sua consciência disso, Estevão que passou na sala viu ela sair com um sorriso de satisfação na cara. No mesmo momento sua cabeça pensou em mil e uma coisas e foi aí que correu pro quarto do filho abrindo a porta quase sem bater.
— Ângelo? _ entrou no quarto com a feição preocupada _ tava chorando?
— Porque mentiu pra mim? _ levantou e foi até ele.
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— Mentir? Do que tá falando?
— É meu pai Estevão, você foi um nojento, eu já sei de tudo, minha mãe me contou _ passou a mãos nos cabelos _ como eu pude acreditar em você todo esse tempo?
— O que ela te disse? _ falou com medo e segurou os braços dele sacudindo seu corpo _ fala logo Ângelo .
— Que você deu em cima dela e pra ter o que queria teve que lhe ameaçar pra transar com ela _ empurrou ele ficando longe e o olhou com medo _ você era um moleque, como pode? Que tipo de homem é você Estevão San Roman?
— Sim... tudo que sua mãe disse é verdade _ ele mentiu para o filho não saber que era fruto de um abuso, socou a parede machucando a mão _ eu fui um canalha, apesar de ser um adolescente eu já gostava de sexo e sua mãe foi mais uma, só que agora tô disposto a ser o seu pai.
— SAI DO MEU QUARTO... NÃO PRECISO DE VOCÊ PRA SER O MEU PAI _ gritou com raiva e foi lhe empurrando como pôde.
— Eu sinto muito Ângelo, não queria que soubesse desse jeito _ tentava segurar seus braços e sem conseguir teve que parar _ o problema é que agora goste ou não somos família e nas suas veias corre meu sangue entendeu? Sendo assim não vou te deixar.
— Vai embora! _ abriu a porta segurando o choro _ Eu te desprezo, tenho nojo de você, um homem podre sem caráter.
— Espero que não se arrependa de tudo que tá falando lá no futuro _ segurou a porta e olhou pra ele cabisbaixo _ só quero o seu bem, sempre quis, desde que soube que era seu pai, fiz besteira sim, mas eu era só uma criança boba.
— Meu bem é longe de um nojento que nem você San Roman, e pra sua informação crianças bobas comem terra e você comeu a minha mãe seu imbecil _ deixou ele sair e bateu a porta na cara dele.
