Amar é conviver com seus demônios até eles desaparecerem ou te sufocar... Para ter o amor de Estevão San Roman, Maria tem que trilhar o mesmo caminho do seu amado e viver entre o bem e o mal.
Depois de tantos dias sem ver o seu lobo, Maria estava com saudades, pegou o telefone que tocava e viu que era o número da mansão, atendeu e logo perguntou por Estevão, foi então que Alba apenas pediu para ela cuidar do seu filho mais do que nunca e desligou. Com a distância de Maria, a notícia de que era pai e o fato do seu filho ser fruto de um abuso ele estava tão confuso que quando saiu do hospital foi direto para o apartamento de Maria, bateu na porta e esperou ela abrir. Na sua mente existia um turbilhão de emoções, coisas que ele não tinha pensado começava a surgir, "Ângelo aceitaria ele como pai?".
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Então quando Maria abriu a porta viu pela primeira vez o seu lobo ferido na alma, seus olhos eram dor e seu corpo dava sinal de que tinha sofrido um grande golpe.
— Sua mãe me ligou, disse que eu tinha que cuidar de você mais que nunca _ abriu os braços e recebeu um abraço dele.
— Perdão por te pressionar por um filho, eu devia era te amar e nada além disso _ beijou sua bochecha e acariciou sua cintura lentamente _ eu te amo, vim na intenção de fazer amor com você, mas agora me sinto sujo.
— Estevão você não é sujo, seu coração é bom, isso é o que importa para mim _ fechou a porta e o levou pra o seu quarto deitando o homem enorme em sua cama e ficando ao lado dele abraçado _ mas acho que hoje não é o momento de sexo, me diz o que houve primeiro.
— Ângelo o afilhado do meu pai, filho da Carmem... Ele na verdade é meu filho _ falou num tom envergonhado _ Eu fui estuprado quando tinha treze anos e sou pai, o destino me castigou por querer um herdeiro com tanta insistência? _ seu coração batia tão forte podia sair de dentro dele a qualquer momento.
— Um filho não é castigo, você é tão inocente quanto ele nessa história, o que tem que pensar agora é o fato de agora ser um homem e poder assumir essa responsabilidade totalmente.
— Sozinho não... _ pegou na mão dela e beijou _ volta pra mim?
— Eu tenho que... _ olhou pra ele e suspirou _ pensar no futuro Estevão, quando você quiser mais um filho e eu não poder dar pra você, o que vai acontecer?
— Adotamos se quiser, mas não me importo mais com isso de herdeiro _ beijou seus lábios delicadamente _ eu quero que faça parte da minha família, que agora tem um pré adolescente.
— Amor... Meu lobo _ abraçou seu peitoral e afundou seu rosto no pescoço dele _ vamos com calma, sua família é intensa, tem certeza que vou me encaixar nela?
— Minha mãe te adora, isso já é motivo suficiente? _ disse sorrindo mais calmo _ mas eu queria conhecer a sua família, você não me disse onde veio ou quem são seus pais.
— Vamos dizer que eu estou morta para única família que me restou, não tenho mais nenhum vínculo com eles _ falou com rancor e sentou na cama _ por isso eu aceito ser uma família com você e o Ângelo, a minha se destruiu quando eu descobri uma grande mentira.
— Tá falando sério? _ se sentou e a puxou prós seus braços e a beijou lentamente desfrutando sua boca _ olha não vai ser fácil, mas te digo que não vai se arrepender, vou fazer meu maior esforço para te fazer feliz.
— Então vamos fazer valer a pena meu lobão lindo _ correspondeu com outro beijo.
— Maria você não sabe o quanto eu estava com saudades de você minha ratinha _ abraçou sua cintura e girou ela pra ficar por cima e beijou seu pescoço indo pouco a pouco pra sua boca.
— Huuumm... Meus lobão não precisa mais ficar com saudades de mim... Aaaahhhh... _ gemeu manhosa quando sentiu os dedos dele se esgueirando por baixo da sua calcinha e tocando sua intimidade de leve.
— Hoje vou te fazer minha mulher... _ sussurrou em seu ouvido _ apenas minha ratinha.
— Te amo... _ se arrumou na cama e segurou o rosto dele lhe beijando intensamente.
. . .
Fernando chamou Héctor em casa e teve com ele uma longa conversa lhe colocando a par de toda os acontecimentos, principalmente os acontecidos com Estevão, apesar dos irmãos não terem um relacionamento tão bom, um se preocupava com o outro. Depois de escutar toda a história a raiva se instalou no herdeiro mais novo dos San Roman, ele não acreditou que a mulher ao qual a família tanto considerava tinha feito tamanha atrocidade com Estevão.
— Não acredito que ele ainda se culpou papai _ passou a mão na cabeça _ meu irmão é inocente, não pode e nem deve se culpar.
— Acha que eu também não penso assim Héctor? _ balançou a cabeça negativamente _ o pior que se a sua mãe não tivesse desconfiado de mim, da minha fidelidade ao nosso casamento nós nunca saberíamos que aquela maldita abusou do seu irmão.
— E a mamãe em toda essa história? Carmen sempre foi mais que uma amiga _ suspirou, sabia que o baque para mãe tinha sido grande _ ela está bem?
— O problema é que sua mãe se sente a mais culpada, está com raiva e não sei o que ela pode ser capaz de fazer se ver Carmem na sua frente _ seu tom era sereno, mas preocupado.
— Então... Pai eu não quero preocupar o senhor, mas a nossa família precisa de uma terapia urgentemente _ se apoiou no ombro do pai.
— Eu e sua mãe já falamos com a nossa terapeuta, o mas difícil vai ser levar seu irmão.
— E agora o meu sobrinho, Ângelo vai amar ter uma família papai _ disse entusiasmado _ não vamos soltar a mão dele, nem a do Estevão, os dois vão precisar da gente.
— Não vamos _ puxou o filho pra um forte abraço _ obrigado por ser assim Héctor, você é o equilíbrio que nos falta tantas vezes.
— Pai só tô retribuindo de uma maneira saudável todo amor e apoio que me dão _ fez um carinho na cabeça do pai e sorriu _ conta comigo pra o que precisar tudo bem?
— Sim tudo bem _ beijou a testa do filho e ficou mais um tempo abraçado a ele.
