Cap.25✈️

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Madrid - España

Estevão pegava o táxi na frente do aeroporto e deu ao motorista o endereço do hotel, ficaria no mesmo lugar que Maria e ali poderia conversar com ela com mais calma. Demorou algum tempo para chegar e no caminho ligou para o pai e se certificou que estava tudo bem com os filhos, quando menos esperou já estava no hotel, saiu do carro pegando sua mala e foi direto para recepção.

- Senhorita eu vim para o congresso de empreendedorismo internacional, vim substituir o palestrante Mauro Carbajal.

- Senhor San Roman? _ olhou os documentos dele com calma.

- Sim, o senhor Carbajal me chamou para lhe substituir, foi meu professor na universidade.

- Sim... _ digitava sem prestar atenção nele.

- Além disso eu tenho que matar alguém... _ falou esperando a resposta dela.

- Ah sim... Que maravilha senhor, que tenha uma boa estadia em nosso hotel _ disse automaticamente sem dar atenção a ele de verdade.

- Ok... _ riu e pegou a chave da mão dela.

Subiu para o seu quarto e tomou uma ducha rápida para colar seu terno e ir para o centro de convenção dar a palestra no lugar do ex professor da universidade. Quando chegou viu Maria de longe e não gostou de quem estava ao lado dela lhe importunando.

- Não me entendeu, é um convite para está ao meu lado.

- Não quero, eu sou comprometida e mesmo longe eu sou fiel ao meu homem.

- Coisa de mulher idiota _ riu dela debochado _ já deve tá cheia de chifre.

- Pense o que quiser, eu vou ver a palestra, Mario Carbajal é um ótimo empresário e mentor.

- Fui seu aluno favorito!

- Grande coisa _ deu de ombros.

- Fala quem é o idiota que te tem só pra ele e deixa a mulher vir sozinha a Europa.

O homem chegou pro trás de Maria e encarou Evandro sem medo, sua vontade era quebrar sua cara, mas se segurou e preferiu só se fazer presente.

- Não me considero um idiota, mas se tocar na minha mulher sem a permissão dela vou quebrar sua empresa e a sua cara também.

- Por Deus Estevão! _ virou e já foi sendo beijada intensamente pelo homem.

- Sim senhor San Roman _ falou abaixando a cabeça.

Não sabia o que falar naquele momento, ver Estevão depois de tantos meses era reconfortante, mas também um pouco. Segurou em seus braços tentando ter a certeza de que era ele mesmo e não uma miragem.

- Tão ruim tá meu beijo? _ disse sorrindo.

- Não... É que eu nem esperava ser beijada por você aqui.

- Eu tenho uma palestra daqui a pouco, estou substituindo Mario Carbajal.

- Ah então quais são seus planos quando acabar? _ queria abraçar ele e não soltar mais.

- Me casar com você _ tocou seu rosto numa caricia sincera _ e não vou sair do país sem você do meu lado.

- Casar? Mas como? _ abriu um largo sorriso e o beijou _ mas vai mesmo casar comigo?

- Não só vou casar, como farei algo antes _ se ajoelhou diante dela e tirou do bolso da calça uma caixinha.

- Lobão!? _ colocou as mãos na boca totalmente surpresa.

- Aceita esse homem, mais dois filhos ao seu lado minha ratinha?

- Já aceitei mesmo antes do pedido meu amor _ esticou o braço pra ele.

- Então senhorita Maria, agora somos oficialmente noivos _ colocou o anel no dedo dela com delicadeza.

- Ele é lindo meu amor! _ olhou o anel com admiração.

- O Ângelo me ajudou a escolher, ele tá bem animado pra nossa volta.

- Tô com saudades de todos, até da minha sogra sabia? _ o beijou de novo.

No alto falante escutaram o nome de Estevão ser chamado para a palestra e o momento fofo de pedido de noivado infelizmente teve que ser interrompido e ela foi pro seu lugar enquanto ele se dirigiu ao palco com uma seriedade e concentração de dar inveja.

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No México...

Alba estava em casa quando recebeu uma visita no mínimo inusitada, a senhora tinha feições conhecidas, usava roupas simples e carregava uma pequena mala na mão. A sensação de que conhecia a pessoa da porta ficou mais estranha, por isso resolveu falar primeiro.

- O que deseja? _ olhou ela de cima a baixo _ Veio ver alguém?

- Não reconhece uma velha amiga Alba San Roman? _ sua voz veio carregada de cinismo e rancor.

- Me conhece? Eu... Acho que está me confundindo com outra pessoa que conhece _ parou um pouco assustada e quis fechar a porta.

- Sim, nos conhecemos _ travou a porta com o pé e abriu _ eu vim conversar sobre o passado.

- Não temos do que falar, acho que se confundiu de casa _ tentou empurrar ela mas foi puxada.

- Albinha... _ puxou um canivete e colocou no pescoço dela _ conhece o paradeiro dos meus filhos, é bom ir me falando onde estão eles.

- Vou gritar e chamar os seguranças sua maluca! _ ficou parada sem fazer nenhum movimento brusco _ não sei quem diabos é você.

- Ah não? _ tirou o capuz da cabeça e mostrou seu rosto _ agora lembra Albinha?

- Não!!! _ se afastou e caiu sentada no chão perto da porta.

- Sou eu... _ voltou a apontar o canivete pra ela _ Voltei para do mundo dos mortos para infelicidade de todos e pra recuperar meus filhos.

- Isso não é possível, eu vi sua certidão de óbito _ levantou calmamente e encarou ela _ isso só pode ser uma brincadeira de péssimo gosto.

- Bom, já viu que estou mais viva que nunca verdade? _ sorriu amargamente _ separar a mãe dos filhos não é brincadeira.

- Isso é loucura, não vou entender o que tá acontecendo aqui nunca.

- Fui presa injustamente, separada dos meus filhos e agora eu quero vingança Albinha, e você vai me ajudar a buscar meus filhos, me entendeu?

- Só sei do paradeiro do garoto, a pequena foi morar com sua mãe e sumiu do mapa.

- Eram seus amigos, sei que sabe onde estão e não quer me falar.

- Seu filho... Sei onde ele está pode ver ele no escritório onde trabalha, é aqui pertinho.

- E minha filha? Onde ela tá?

- Já disse que não sei, mas pode ficar com o endereço de onde pode encontrar ele e seu ex e me deixar em paz!

- Não vou largar do seu pé Albinha, espere outras visitas minha, mas agora eu quero o endereço.

- Tudo bem _ ela abaixou a cabeça e anotou o endereço na caderneta que a mulher lhe deu.

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