Do I Wanna Know - Português (Camren)

Capítulo 40

Boa tarde!!!

Se vcs puderem conferir minhas outras traduções, eu ficaria muito agradecida.

Em andamento: The Donor, Yours Truly, Cold

Finalizada: CC7

Falando em CC7, logo logo estarei começando a continuação de LJ10. E outra tradução também já está a caminho. Fiquem ligadas.

Lauren's POV

Minha garganta estava pegando fogo. Meus olhos estavam queimando. Meus joelhos estavam trêmulos e todas as outras partes do meu corpo doíam enquanto tremiam. Essa não era eu. Me senti traída pelo meu próprio corpo. No mês passado, tentei incrivelmente manter uma mentalidade positiva e sustentar uma vida normal da melhor maneira possível. Mas eu era constantemente lembrada de que não era mais o que era antes. Eu não conseguia nem andar pela cidade por alguns quarteirões sem me sentir excessivamente exausta. Sem falar que eu não conseguia comer direito, porque tudo me dava enjoo. Fazia um tempo em que eu era capaz de tentar comer qualquer coisa.

Hoje eu mal tinha comido, mas aqui estava eu, curvado sobre a pia da cozinha, vomitando sem parar. Os remédios me afetaram fisicamente e também mentalmente. Ficava cada vez mais difícil manter meu bom humor quando via as pessoas ao meu redor perdendo a mesma batalha. Mesmo que eu tenha me encontrado com Adam apenas uma vez, eu senti uma conexão com ele. Éramos semelhantes e sua visão das coisas me deu esperança. Saber que ele morreu na semana passada foi perturbador. Meu instinto foi desistir também quando fui confrontada com tanto desgosto enquanto já estava frágil. Por que eu passaria por toda a luta da quimioterapia quando não conseguiria sobreviver de qualquer maneira?

A frustração e a desesperança que senti chegaram ao ponto de ebulição. Infelizmente, eu tinha a tendência de direcionar minha raiva para as pessoas que menos mereciam. A mulher ainda segurando meu cabelo e acariciando minhas costas confortavelmente era a última pessoa que eu queria machucar. Mas há alguns minutos eu gritei com ela sem nenhuma boa razão além do meu próprio medo. Às vezes eu realmente me perguntava por que Camila ainda estava comigo. Ela poderia estar com alguém muito melhor. Talvez ela até merecesse algo melhor. Mas eu era egoísta; e contanto que ela me suportasse, eu tinha que me certificar de fazer as coisas direito.

Respirei fundo algumas vezes quando parei de regurgitar o líquido biliar que corroeu meu esôfago. Minha mão lentamente alcançou a torneira e deixei a água fresca correr. Enxaguando minha boca o melhor que pude, me levantei com cuidado e senti meus joelhos ainda tremendo. Olhei para o lado e encontrei os olhos castanhos quentes que me examinavam cheios de preocupação.

Minha consciência culpada já estava me consumindo e uma parte de mim se arrependeu de deixá-la saber como eu estava com medo de não sobreviver. Outra parte de mim estava aliviada por ter expressado a minha maior angústia. Por mais que eu quisesse viver uma vida normal, é claro que nunca poderia esquecer totalmente que estava lutando contra uma doença potencialmente fatal. Tentei sustentar o máximo de energia possível e fazer cara de brava, mas não fui tão forte quanto deixei as pessoas acreditarem na maior parte do tempo.

Os olhos de Camila também estavam um pouco inchados, mas provavelmente não tanto quanto os meus. Eu odiava vê-la chorar. O fato de eu ser responsável por isso com tanta frequência só piorava as coisas. Ela tirou a mão do meu cabelo e carinhosamente acariciou minha bochecha. Não pude deixar de fechar os olhos com o contato suave de seus dedos quentes.

— Qual é, você deveria descansar. — Camila sussurrou obviamente preocupada e eu não podia culpá-la depois do meu pequeno colapso.

— Na verdade, eu prefiro tomar banho. — eu disse baixinho. Seria relaxante e purificador ao mesmo tempo. Eu me senti um pouco nojenta depois de ter vomitado tanto.