Capítulo 4.

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Net'si se abaixava em cima de um galho, observando com cuidado sua presa, um rosemane sozinho, uma presa fácil, Neteyam tinha dúvidas de que ela conseguiria mata-lo com somente uma faca, mas Lo'ak a tinha desafiado, e ela não via a hora de esfregar na cara dele o quanto ela é melhor do que ele.

O animal não tinha notado sua presença, e ela esperou até que ele tivesse a cabeça erguida, para pular em suas costas em um estrondo seguido dos guinchos dele.
Ela segura sua cabeça com as pernas, antes de cravar a faca na abertura que ele usava para respirar, fazendo os guinchos cessarem e o animal morrer.

Ela então pula para cima dele, sussurrando o pequeno ritual que Neteyam a tinha ensinado, como era feito em cada abate, e então segurando as pernas do animal e colocando-o sobre seus ombros e o carregando até onde os dois a esperavam, em um ponto especifico da floresta, onde Lo'ak a tinha desafiado a tal coisa.

Quando Neteyam a avistou, veio correndo ajudar, e Lo'ak veio junto, rindo.

_Santa mãe ela conseguiu!_ ele não parava de rir, enquanto Neteyam tirava o animal das costas dela.

_Próximo ser você, narvä'_ ela diz olhando seriamente para Lo'ak, semicerrando os olhos e abaixando as orelhas.

Lo'ak deu um passo para longe dela.

_Bem, vamos, temos de levar isso de volta para casa_ Neteyam deixa que Net'si passe em sua frente, para ficar de olho nela, e para separa-la de Lo'ak antes que tivesse de levar mais um corpo morto para casa.


Net'pey os ajudou assim que chegaram na caverna, e conseguiram levar até Mo'at, para a comida de mais tarde, era um animal grande que conseguiria alimentar a todos.

_Como ela está indo no treinamento?_ Net'pey pergunta para Neteyam, puxando-o para um canto.

_Bem, ela está indo bem, só continua sem nenhuma vontade de usar um arco.

_Pelo menos ela está tentando, já volto, cuide dela_ ela da tapinhas no ombro dele, se distanciando para ir até o laboratório, onde Kiri estava.

Ela estava em cima do tanque de Grace, observando a mãe com um olhar melancólico.

_Kiri..._Net'pey fala, se aproximando da amiga enquanto ajustava a máscara no rosto.

_Ah, oi Net'pey_ ela responde, descendo do tanque e inalando uma grande quantia de ar pela máscara_ O que houve?

_Nada, preciso ter motivos para ver minha amiga?

_Normalmente tem um motivo_ as duas estavam de costas apoiadas no tanque, enquanto Kiri olhava para as gravações de Grace na tela em frente.

_Que tal uma volta pela árvore? Só um passeio, queria conversar com ela_ ela segura a mão dela, com afeto, e a mesma retribui segurando a mão de Net'pey de volta.

_Claro, vamo lá.

Elas deixam as mascaras na saída, e vão juntas pelas ilhas até o caminho que descia até a floresta, caminhando juntas pelo meio das árvores.

Net'pey ria enquanto fazia os pequenos animais voarem para longe dos arbustos, e Kiri subia em cada tronco que podia, elas duas sentiam um alívio imenso estando sozinhas em meio a floresta.

Quando a árvore das almas se mostrou entre a densa mata, as duas se calaram, indo de mãos dadas até a mesma, onde se postaram uma ao lado da outra, segurando as extensões da árvore e conectando-as com suas próprias extensões.

Net'pey se sentiu atordoada por uma luz forte, e logo não estava mais na árvore, e sim na antiga árvore lar, e ouvia uma doce canção.

_Ah, já acordou, oi meu amor, como está?_ ela olha para o rosto de Ninat, com lágrimas surgindo em seus olhos_ Oh, não chore querida, venha cá.

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