CAPÍTULO 26 - MANÍACO POR CONTROLE
Enrolar é uma arte muito boa, tão boa que deveria existir um prêmio para o melhor enrolador de todos. Talvez eu ganhasse.
Primeiro, dei a ideia de assistir um filme, e então plantei a semente da discórdia. Rolou um debate de vinte minutos, sobre o que assistir, e eu só fiquei lá, observando o circo pegar fogo.
Finalmente concordaram em um filme da Marvel, e eu fiquei bem sentadinha, levemente distante do meu professor.
Depois que acabou, eu disse para bebermos um pouco, e quem já estava meio bêbado - ou seja, metade das pessoas presentes - concordou de imediato.
Infelizmente, perto da meia noite, meu sogro e minha sogra - de mentirinha - se retiraram para o quarto de hóspedes, e o Itachi bocejou, visivelmente mais bêbado do que quando eu cheguei, algumas horas atrás.
Tentei enrolar de novo, mas nada deu certo, porque de acordo com ele, precisava dormir pois iria trabalhar amanhã cedo.
Se jogando no sofá, ele nem sequer olhou para mim, apenas fechou os olhos, sem se preocupar com a falta de um travesseiro ou um cobertor.
Homem maldito.
Meu próximo passo foi me trancar no banheiro e encarar meu reflexo no espelho. Definitivamente deveria ter bebido mais, até porque não sinto qualquer diferença no meu corpo, e eu com certeza preciso de álcool para o que está por vir.
Tecnicamente nada.
Sasuke não parece estar feliz comigo, e eu sinceramente não sei como lidar com isso, até porque não tenho muito o que fazer. Poderia tentar conversar com ele, mas será que eu quero mesmo isso?
Fecho os olhos e lavo o rosto, adorando sentir a água gelada. Se bem que com todo mundo dormindo, eu poderia simplesmente ir embora, e amanhã ele pode falar que eu saí bem cedo porque precisava passar em casa.
Perfeito.
Saio do banheiro e vou caçar meu celular, que estava no sofá. Sofá que o Itachi dormia. Com uma careta e com um palavrão na língua, me inclinei sobre ele para pegar o maldito telefone, passando os dedos nas dobras, tentando encontrar essa merda.
Finalmente acho o aparelho, muito perto da área restrita.
Senhor, ninguém merece.
Pressionando os lábios me afasto dele, procurando o aplicativo. O ônibus ainda deve estar passando, mas eu não sei onde fica o ponto de ônibus por aqui, e não vou ficar moscando no meio da madrugada.
Olho o horário.
Meia noite e dez.
Tudo bem, dá pra chegar em casa até a meia noite e quarenta, aí posso dormir para ir trabalhar amanhã. Tudo certo. Abro o aplicativo e coloco o meu endereço.
"Área de risco"
Espera, é o que?
Tento de novo.
Tá brincando que o uber não vai nesse horário? Tudo bem que é realmente uma área de risco, porque existe a grande possibilidade de rolar um tiroteio.
Mentira, estou exagerando.
Não é sempre que rola tiros, no máximo umas duas vezes por ano, e esse ano já foi, então tecnicamente está seguro ir para lá. É só não ficar parado na rua que nem besta, e não encarar ninguém, e andar rápido.
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Fingindo
RomantikSakura Haruno era acostumada a se virar sozinha, e em regra geral, sempre foi orgulhosa demais para pedir ajuda, isso até a situação fugir do seu controle. Pela primeira vez na vida sua média não tinha sido o bastante para passar de semestre em "Int...