Capítulo 47 - Só um pouco

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CAPÍTULO 47 - SÓ UM POUCO



Pisco os olhos, cansada.

Por que parece que dormi tão pouco?

Olho para os lado, e tudo ainda está escuro. Com uma careta, tento encarar o Sasuke, iluminado pela luminária de lua bem suave. Ele deve ter ligado, porque quando dormi estava tudo escuro.

To cansada demais para ficar olhando para ele, então simplesmente puxo o edredom até o meu queixo, fechando os olhos.

- Estou atrasada? - pergunto.

Por favor, que eu não esteja.

Só preciso de mais cinco minutos na cama, e então vou estar pronta para levantar, tenho certeza.

Só mas cinco minutos, e eu saio para trabalhar. Odeio sair de casa sem tomar banho, porque sinto que não acordo devidamente até estar coberta por uma água quentinha, mas dessa vez considero, só para poder dormir mais um pouco.

Devem ser os remédios, não é possível.

Que eu sou preguiçosa é de conhecimento geral, mas passei o final de semana todo cansada, e uma boa parte foi dormindo. Não sei se é o stress pelo assalto ou se é o feito do remédio. Ou se eu sou mesmo assim, e só não tinha uma cama tão gostosa para aproveitar, porque fala sério, que cama é essa?

Sirius concorda comigo, porque o animal dorme mais do que eu. Agora mesmo sinto o seu peso me impedindo de puxar o edredom para cima da minha cabeça.

Gato preguiçoso.

- Atrasada para o que? - ele pergunta.

Senhor, se não estou atrasada, porque diabos ele está m acordando?

- Para ir trabalhar - resmungo.

- Você tem a semana de folga, Haruno.

Isso me faz abrir os olhos.

O observo, esperando ele completar essa frase, porque não faz sentido. Eu não tenho uma semana de folga, justamente porque estou trabalhando somente a uma semana. Sei que o serviço privado é diferente do público, mas não pode ser tanto assim.

Eu não tenho direito a folgas, até porque sou uma estagiária. Seis meses trabalhados, quinze dias de descanso, é assim que funciona.

- Não, não tenho.

Ele levanta as sobrancelhas.

- Sim, você tem.

- Não, não tenho.

Sasuke me estende o potinho transparente e eu consigo ver os comprimidos dentro. Suspirando, me apoio em um braço e com a mão livre pego, jogando tudo na boca. Estou bebendo da minha garrafa de água quando ele se pronuncia novamente.

- Você vai ficar em casa essa semana, e vai descansar.

Não, não vou.

Termino de engolir antes de devolver a garrafa para ele.

O diabo a fecha, depositando a mesma perto do meu celular.

- Não vou - respondo por fim - Estou lá há somente uma semana, não tenho direito a folga.

- A empresa é minha e sou eu quem diz o que você tem direito.

I ala, vai jogar a carta da empresa?

- Dos seus pais - corrijo.

FingindoOnde histórias criam vida. Descubra agora