CAPÍTULO 3 - O INFERNO NO RESTAURANTE
Dois segundos depois a mulher estava me abraçando. Meu deus, ela é o Kid Flash? Nunca vi ninguém se mover tão rápido.
- Oh, estou tão feliz! - falou enquanto me apertava.
Ou abraçar tão forte. Tenho quase certeza que quebrei umas três costelas.
Dei uns tapinhas desajeitados em suas costas. Nem minha mãe me abraçava, quem dirá a mãe dos outros. Engoli o seco, olhando para o criador do diabo que me encarava com os olhos levemente lacrimejando.
Senhor, no que me meti?
A mulher me soltou um pouco depois, porém, segurou nas minhas mãos, apertando bem mais forte do que o normal.
- Você é tão linda! - falou, e meu rosto corou automaticamente.
Certamente ela tem algum problema de visão, só pode. Arrumada eu até que fico bem, mas assim? Depois de um dia stressante e umas doses de alcoól? Bonita não é bem como eu me descreveria.
- Obrigada - respondi, sorrindo.
Isso fez ela apertar minhas mãos ainda mais.
Caralho. Ela é pequena mas é forte.
- Sente-se conosco! - falou bem animada, já me puxando para uma das cadeiras.
Uma cadeira ao lado do demônio.
- Muito obrigada, mas eu preciso ir - respondi, tentando ser educada.
Ela fez uma careta e não me soltou.
- Mas você estava esperando ali sentada.
Olhei para trás, desejando voltar no tempo e continuar ali. Melhor, voltar no tempo e nem sentar lá.
- Só estava esperando meu pedido - olhei para os lados tentando achar um modo de fugir.
A careta se intensificou e ela soltou minha mão. Por um momento achei que estava liberada, e já sorri mais feliz do que devia. Infelizmente, ela apenas me soltou para puxar a cadeira e me colocar sentada com um pouco mais de brutalidade do que eu julgaria necessário.
Eita.
- Bobagem. Se estava esperando ali pode também esperar aqui.
Essa mulher não dava espaço para discussão. Estava entendendo porquê o diabo mentiu. Eu também falaria qualquer coisa para me livrar disso.
Ela se sentou no mesmo lugar de antes e voltou a sorrir, revisando o olhar entre mim e o seu filho. Filho que eu mesma não tinha coragem de encarar.
Me fala, por quê? Por quê fui me envolver? Qual a dificuldade de sair andando e dar uma de sonsa?
Engoli o seco, tendo certeza que ela estava imaginando como seriam seus netos. Filhos meu com o capeta.
Meu deus, por quê?
A atenção daquela águia focou no diabo, e eu me senti aliviada.
- Devia ter me dito que sua noiva estava ali do lado - falou, usando aquele tom de repreensão.
Tinha quase certeza que se estivéssemos sozinhos, ela iria dar uns tapas nele.
Não julgo.
- Acredite, não fazia ideia de que ela se encontrava aqui - sua voz soou bem áspera, como se estivesse irritado.
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Fingindo
RomanceSakura Haruno era acostumada a se virar sozinha, e em regra geral, sempre foi orgulhosa demais para pedir ajuda, isso até a situação fugir do seu controle. Pela primeira vez na vida sua média não tinha sido o bastante para passar de semestre em "Int...