Capítulo 7 - Irmão do diabo, diabinho é

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CAPÍTULO 7 - IRMÃO DO DIABO, DIABINHO É


Sentada confortavelmente no banco do carro, permaneci em silêncio, controlando minha vontade de fechar minhas mãos em punhos e dar um croque na cabeça daquele desgraçado.

Diabo ambulante.

Sasuke também não parecia interessado em conversar, muito menos em se desculpar. O que sinceramente nem devia ser uma surpresa, considerando que ele é um arrogante idiota.

Mexi no celular durante o caminho, respondendo as mensagens de ontem. Por um momento considerei mandar algo para o Gaara, mas logo desisti. Ainda não entendia porque ele simplesmente não me convidava pessoalmente para as coisas, e isso era algo que eu teria que perguntar para ele, porém não agora. Agora eu estava irritada demais para ter uma conversa minimamente civilizada.

E com fome demais também.

Por que não comi algo antes de sair?

Agora ia ter que me controlar durante o almoço, para não comer tudo que estiver nas panelas. Ou talvez eu coma. Que diferença faz? Não é como se eu fosse ver eles depois de hoje, graças aos deuses.

Na verdade, por mim, eu abria a porta desse carro e me jogava no chão, e foda-se. Estava sendo quase mais tentador sofrer um acidente do que ficar cara a cara com o diabo e sua turma. Isso sem contar no Itachi Uchiha, homem que já ouvi falar muitas coisas, nenhuma boa, pelo menos não muito.

Tinha o básico, não é? O básico para todo cara rico. Uma ajudinha ali outra aqui com o pobres, uma doação para para viúvas de guerra, outra para crianças desamparadas. Apesar de ser bem bonitinho, eram coisas que eu sabia que na verdade não havia sido ele quem fez. Provavelmente alguma secretária muito bem treinada preparava os cheques e ele só assinava.

De qualquer modo, estava melhor que o diabo motorista. Apesar que comandar a parte jurídica da empresa da família, e ser obviamente muito rico, eu nunca encontrava nada sobre ações caridosas. Isso deveria ser algo bom ou ruim? Pelo menos ele não fingia ser um bom samaritano. Ou seria melhor ele ao menos fingir e doar alguma coisa para quem precisa? Ou não ser um manipulador falso?

Estava considerando isso quando ele estacionou o carro. Olhei para os lados, vendo que nos encontrávamos em uma garagem subterrânea. Uma garagem bem escura e sinistra.

Um bom lugar para matar alguém e enfiar o corpo no porta-malas. De preferência o corpo de uma aluna intrometida.

Quando diabos entramos aqui?

Olhei para o Sasuke, e ele estava soltando o cinto de segurança.

É isso, é assim que eu morro.

Se eu tivesse que adivinhar minha morte uma semana atrás, eu nunca ia pensar que seria pelas mãos do meu professor. Mas como é que dizem? Os menores suspeitos são os mais perigosos? Não, não é assim. Quem não tem cara de perigoso é quem mata? Não também. Os assassinos nunca se parecem assassinos? Senhor, como diabos é a frase? Só sei que e algo sobre o assassino não ser suspeito.

De qualquer modo, não importa. Preferia que ele se fingisse de um bom samaritano mesmo. Apesar que como ele não finge, talvez assim fosse mais fácil para a policia suspeitar dele.

Ou não.

Olhei para ele de novo, e de perfil ele ficava um pouco mais beijavel. Quem eu estava tentando enganar? Ele era 110% beijavel, em todas as circunstancias.

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