Capítulo 16 - Então não me toque

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Foi aqui que pediram um capítulo de hot e Soraya soca forte?



Simone

O olfato é o sentido mais ligado as emoções humanas. Uma simples fragrância pode desencadear uma série de memórias e trazer de volta sentimentos em questões de segundos. Quase como ser teletransportado de volta ao passado com um estalar de dedos. Assim o cheiro favorito de alguém fala mais sobre sua história do que escolhemos notar. A preferência sempre está relacionada a lembranças que remetem a felicidade e possuem algum significado especial para aquela pessoa, mesmo que de forma inconsciente.

Passei grande parte dos meus dias tendo dificuldades para dizer qual era o meu. Talvez nada antes tivesse me marcado o suficiente a ponto de um único se sobressair das demais. Como o girar de uma chave isso havia mudado antes que eu me desse conta.

Agora eu estou sempre em busca do cheiro de Baunilha.

Seus dedos se fecham ao redor do meu pulso, sua mão pequena demais para conseguir que eles se encontrem no final da circunferência. Ela é forte. Principalmente considerando seus 1,55 de altura. Quando me puxa, meu corpo gira e volta em sua direção. Batemos de frente e sua mão me segura pela cintura, me fazendo retomar o equilíbrio. A fragrância do seu shampoo de baunilha me atinge de forma mais forte que o impacto físico entre nós duas, afundo meu nariz entre os fios loiros querendo me perder naquele cheiro.

— O que você pensa que está fazendo? —  Fica nas pontas dos pés e diz com a voz rouca, próxima aos meus lábios. O ar quente do seu hálito acariciando minha pele. Estremeço de desejo, minhas pálpebras de fechando enquanto tento meu melhor para me controlar. — Você não pode me pedir para ficar e depois me deixar desse jeito em cima da mesa.

— De que jeito?

— Assim. — Ela leva minha mão esquerda até o meio das suas pernas e solta um gemido baixinho quando meus dedos encontram sua boceta coberta pela calcinha de renda. Está tão molhada que o tecido não é o suficiente para conter sua lubrificação que molha meus dedos e me deixa a ponto de perder a cabeça. — É assim que você sempre me deixa.

Puxo o ar pela boca, formando um silvo quando o vento passa pelos meus lábio. Preciso de todo o oxigênio que eu possa reunir para conseguir clarear meus pensamentos e me manter de pé. Para conseguir não devora-la por inteiro no chão dessa cozinha.

— Soraya, não posso. Prometi a mim mesma que não te tocaria. Não desse jeito. Não hoje. — Tento me manter firme mas meu tom sai carregado do meu querer. É possível perceber em cada uma das sílabas que digo o quanto estou queimando por ela.

— Porque? — Ela se afasta apenas os centímetros necessários para que consiga olhar nos meus olhos e sua palavra é uma súplica.

— Porque não quero que você ache que é só isso que quero de você. Quero que saiba que estou aqui quando você precisar, não só para sexo mas também para te escutar. Para te ajudar. Para te apoiar.

Meu pequeno discurso me parece mais próximo de uma declaração agora do que quando estava apenas em meus pensamentos. Os olhos dela se arregalam e ela fica sem reação, apenas me fitando por segundos. Segundos que não passam. Que viram uma vida. Que viram uma eternidade, enquanto meu interior se revira com a ansiedade de não ter uma resposta.

Então ela sorri e é o sorriso mais lindo que já vi. Ela brilha como o sol e me esquenta como um dia de verão. Apenas sua presença parece iluminar todo o cômodo. Soraya me prende e me tem. De uma forma que nem mesmo eu sabia que alguém poderia ter.

— Então não me toque. — Sussurra ainda sem conseguir tirar o sorriso do rosto. — Mas permita que eu toque em você. 

Guia minha mão, que antes estava presa entre suas coxas, em direção a sua boca e chupa meus dedos com vontade. Passando a língua em cada ponto da minha pele, sorvendo do seu próprio líquido. Sem nunca quebrar nosso contato visual.

Requisitos para um diploma - SimorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora