mudei de narrador no meio da fanfic porque queria os dois falando do encontro
minha namorada voltou pro estado dela 💔 saudades sério
Arcontes, quando Albedo disse que queria ir a um encontro, ele devia estar muito bêbado, porque agora ele só passava mal. Suava frio e tremia enquanto ficava prostrado no vaso.
Céus. Ele devia gostar muito de Kaeya para ter que passar por isso de novo.
Agora ele chorava e sentia palpitações em seu peito.
Ele deveria cancelar o encontro, não pode ir assim.
Pegou o celular e abriu a conversa de Kaeya, mas, antes de enviar uma mensagem, chegou outra a ti: "espero que esteja se arrumando, porque eu não sou do tipo que espera" seguido cheio de emojis exagerados e uma foto dele em frente ao espelho com a perna direita levantada.
Porra. Albedo é apaixonado por esse homem.
Depois ele resolve isso, quando passar sua sensação de querer se matar por conta de uma crise.
Estava com olheiras embaixo dos olhos por não ter dormido a noite anterior pela ansiedade e as tapou com maquiagem. Abriu seu guarda-roupa com as mãos trêmulas — fazendo uma anotação mental para beber água antes de sair — e olhou suas opções de roupas antes de escolher um vestido preto de botão e com decote junto com um cardigan marrom. Nos pés, seus famosos coturnos. Ele esperava não sentir frio.
Escovou os dentes, pegou sua bolsa, bebeu uma garrafa inteira de água que fez seu estômago quase expulsar na mesma hora e saiu do quarto.
Havia homens no corredor e escutou palavras e frases com entonações um pouco atrevidas serem direcionadas a si, mas os ignorou. Ele fingia não se importar. Só iria ter problemas no dormitório se tentassem o segurar, mas Albedo sabia que não iriam fazer isso nos corredores, porque tinha câmeras para todos os lados. É bom enfatizar que ele estava salvo somente nos corredores, fora do prédio é terra de ninguém.
Os homens do seu andar, muitas das vezes, não entendiam se o albino era homem ou mulher, até mesmo já falaram a ele que teria que mudar de dormitório — e fizeram uma confusão dois anos atrás dizendo que estavam desconfortáveis com aquilo —, mas, mesmo que Albedo quisesse, não conseguiria trocar, só se entrasse na justiça com a justificativa de ser uma mulher trans sofrendo transfobia, o que definitivamente não era o caso dele.
Desceu do elevador sozinho e esperou Kaeya abaixo do prédio.
"Fala a verdade", escutou uma outra voz vindo de trás de si e só percebeu que falava consigo quando viu um homem alto parar na sua frente. "Você é o quê?"
Albedo ficou confuso.
"O quê?"
"O que você tem entre as pernas?"
Não era incomum sofrer assédio, mas só se tornou algo recorrente em sua vida quando começou a se apresentar de forma andrógino. Ele não cresceu como uma menina, estava longe de vivenciar a misoginia em pele, mas certamente qualquer pessoa fora do padrão poderia facilmente se tornar vítima de qualquer tipo de crime. Não cresceu como uma pessoa designada ao gênero feminino, mas certamente não era mais visto como homem cisgênero, nem que tentasse.
Uma mão lhe empurrou e, mesmo que o artista tivesse certeza que o outro não havia colocado tanta força, ele acabou tropeçando para trás, derrubando-se no chão.
"Ei!" Era uma terceira voz. Albedo olhou para quem havia gritado e Diluc corria na direção dos dois - sinceramente, foi a cena mais assustadora que o loiro já tinha visto. O ruivo ia matar alguém, Albedo tinha certeza.
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uma colina em chamas ⨾ kaebedo
Fanfic+18 | A vida de Albedo era a universidade. Acordava todos os dias nos mesmos horários, fazia o mesmo trabalho, ia para a mesma aula e fumava o mesmo cigarro durante quatro anos da sua vida. Felizmente tudo muda quando um rapaz alto e de cabelo azul...