O casal cumprimentou as empregadas, falou alguns minutos com Adelinde sobre o que aconteceu na casa de Alice e subiu as escadas em direção ao quarto que dividia. Primeiro Albedo tomou banho, depois foi a vez de Kaeya e agora limpos com ambos usando uma camiseta, cueca ou calça moletom, deitaram-se na cama com o corpo ereto e olhando para o dossel branco enquanto as mãos estavam juntas.
"Por que você não me falou de suas mães?"
Albedo hesitou.
"Não sei. Por que eu falaria de algo triste?"
Ele tinha um ponto bom, então ficaram em silêncio mais uma vez.
"Crepus e Adelinde não são meus pais biológicos. Adelinde cuidou de mim mais que Crepus, então chamo ela de mãe, também assumiu papel materno para Diluc depois da mãe dele morrer."
"Entendi. E como você fica nisso?"
"Bem." Virou seu rosto para o albino e sorriu. "Eu te falei para você não achar que minto para ti, mas, para mim, eles são meus pais, independente de qualquer coisa."
"Concordo." Retribuiu o sorriso. "Família não é sangue."
Se Kaeya não citou sua vida anterior a dele com a família Ragnvindr, Albedo não sentiu a necessidade de perguntar; ele apenas queria saber aquilo que seu namorado tinha vontade de compartilhar.
Aconchegaram-se no colchão macio e enfim caíram no sono rapidamente.
Albedo acordou no outro dia com a cabeça em cima de um bíceps e com seu rosto grudado no peito de Kaeya; outro braço na suas costas, esmagando-o, e as pernas cruzadas. Kaeya estava claramente tentando um homicídio, porque Albedo mal conseguia respirar.
Tentou se afastar, mas sentiu seu corpo ser mais puxado. Suspirou pelo aperto.
Alguém entrou no quarto, mas o loiro não pôde ver quem era. Levantou a mão com dificuldade e chamou quem quer que fosse.
"O que foi?" Era a voz de Diluc. O ruivo levantou a coberta e viu o mais baixo ser apertado, controlou o riso.
"Me ajuda", pediu. Buscou se afastar de novo, mas novamente Kaeya o apertou.
"Calma." Diluc ria. Intentou tirar o braço de Kaeya, mas, no meio do caminho, o azulado acordou, puxando-o de volta para ti com uma careta raivosa e sonolenta em seu rosto. Zhongli também chegou no quarto e se aproximou para ver a situação.
Kaeya virou-se no colchão em direção ao seu namorado, porém um gemido abafado abaixo de si o parou.
"Porra, desculpa, Albedo." Afastou-se do loiro, que estava vermelho pela pressão. Os três homens do quarto começaram a rir.
Albedo não se importava com um homem mais alto em cima de ti apertando-o e o esmagando, mas tirando seu fôlego já era demais para ti. Levantou-se e deixou seu namorado no quarto com o irmão.
"Você ainda tem as mesmas manias de quando era criança", Diluc comentou. Ele apareceu ali para falar de outra coisa, porém essa situação tirou completamente seu foco.
"Foi só um apertinho, daqui a pouco ele supera." Riu baixinho.
"Acho que foi o máximo que eu vi Albedo expressar em quase sete meses", falou brincalhão quando se sentou na cama e Kaeya riu. "Ele é bem difícil de ler, como você consegue? Eu nunca sei se ele tá brincando ou não, eu não sei nem se ele sabe a diferença de sarcasmo e agressividade passiva."
"Não é tão difícil depois de ver ele todos os dias", respondeu. "Você se acostuma… Igual olhar pra essa sua cara de cu todos os dias e dizer quando você tá feliz, irritado ou triste."
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uma colina em chamas ⨾ kaebedo
Fiksi Penggemar+18 | A vida de Albedo era a universidade. Acordava todos os dias nos mesmos horários, fazia o mesmo trabalho, ia para a mesma aula e fumava o mesmo cigarro durante quatro anos da sua vida. Felizmente tudo muda quando um rapaz alto e de cabelo azul...