cinco: e eu tenho sido um incêndio florestal

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esqueci de att ontem kkkkkkkkkkkk foi mal

se tiver algum erro de digitação vcs me perdoem viu passa despercebido e eu tô sem beta reader

Albedo bebeu na festa e não se lembrava quantos copos foram.

Kaeya pegou o corpo menor que ti nos braços e o colocou em um colchonete no chão que havia preparado com um carinho bêbado, porque ele definitivamente não estava sóbrio, mas não ao ponto de ter apagado igual o loirinho.

Tirou a bota de Albedo com certa dificuldade. Seu cérebro estava muito lento para raciocinar que deveria primeiro afrouxar as cordas antes de puxar. Quando fez, colocou-as de qualquer jeito do lado da cabeça do albino e também o cobriu por fim.

Levantou-se ao se apoiar na madeira da cama ao lado dos dois. Childe o alertou mais cedo naquele dia que ficaria com o quarto para passar a noite com seus namorados e realmente ficou, pegou as duas camas de solteiro e as juntou para formar uma de casal para os três: Childe, Diluc e Zhongli.

Ele estava zonzo e tudo flutuava. Girou os calcanhares e caiu no chão num baque.

A festa já havia acabado, era cinco horas da manhã de um domingo. Havia muitas pessoas estranhas dormindo na casa da fraternidade, a maioria não havia pedido antes, apenas desmaiaram.

Kaeya encostou na parede e também apagou. Estava confortável pelo menos, mas, para um bêbado, qualquer lugar era confortável. Acordou somente mais tarde, mas ele não sabia exatamente as horas.

"Kaeya, vá para a cama." A voz de Childe entrava no seu cérebro e girava, dava eco, era como se ele estivesse gritando ao invés de cochichar. "Eu vou descer. Separei as camas. Diluc está na sua, mas você fica na minha."

Kaeya assentiu sem rebater, ainda um pouco bêbado e desnorteado. Childe lhe ofereceu o braço para apoio, porém, assim que o segurou, os dois foram ao chão e isso os trouxe gargalhadas, segurando-se para não ser alto o suficiente para acordar os dois que dormiam ali.

Sim. Dois. Kaeya se lembrou de Albedo e toda sua expressão mudou. Virou sua cabeça brutalmente para onde o albino dormia e percebeu que estava tudo bem.

"Vocês ficaram juntos?", o ruivo perguntou com um sorriso.

"Não. Bem, sim. Não sei. Cuidei dela." Não conseguia dizer muitas coisas no seu estado e Childe pareceu entender isso, deixando para depois.

Albedo acordou perdido. Sua cabeça doía e sua visão estava turva. Seu primeiro pensamento foi procurar sua bolsa. Colocou a mão para a direita, nada; para a esquerda, nada. Então o pânico se instaurou. Ao se levantar rapidamente, sua visão apagou, suas pernas cederam. Estava muito tempo sem comer alguma coisa desde da sua crise antes de sair de casa.

Segurou na cama antes de cair e isso acordou o ruivo que ali ficava. Viu-o se mover depressa para fora do colchão para ajudar.

"Estou bem...", disse fraco. Com braços fortes ao redor dos seus, foi capaz de ficar novamente em pé. "Não se preocupe, por favor", pediu baixo ao ser obrigado a sentar na cama.

"Seu nome é Albedo, né?", questionou e viu o albino assentir lentamente. "Acho que você vai desmaiar." Observou Albedo ir para a inconsciência devagar. "Você comeu alguma coisa?" O mais baixo negou. "Alguma exigência alimentar?" Outra negação enquanto Albedo caía para os lados. O ruivo colocou uma mão sobre a cabeça de cabelos quase brancos e o empurrou para deitar na cama.

Albedo apagou de novo.

Acordou. Não sabia que horas eram, nem onde estava, mas havia Kaeya sentado na beirada da sua cama.

"Kaeya", chamou e imediatamente recebeu atenção. O de cabelo azul ainda estava com roupas da festa e ele ficava bonito com o cabelo ondulado bagunçado e roupa amassada. "Minha bolsa."

"Está no meu armário", falou ao levantar. "Meu irmão fez uma comida para ti. É melhor comer e se hidratar."

E foi isso que Albedo fez, mesmo um pouco desconfiado, porque, bem, foi o tal irmão de Kaeya que fez. Nem mesmo em Kaeya ele podia dizer que confiava.

Depois de alimentado e hidratado, quase magicamente ele estava se sentindo melhor. Agora ainda mais quando recebeu de volta sua bolsa e seu celular. Havia mensagens desesperadas de Heizou, muitas delas.

"Qual o nome do ruivo que estava aqui?"

"Diluc, meu irmão."

"Entendo." Voltou a mexer no celular e começou a ser novamente lotado de mensagem. "Agradeça ele por mim, pela comida e cuidado." Lembrou-se das boas maneiras.

"Pode deixar. Algum problema?", Kaeya perguntou quando viu o albino tão concentrado na tela.

"Não. Um amigo meu está preocupado, porque eu sumi do nada." Houve silêncio. "Posso mandar uma foto nossa para ele? Ele quer ter certeza que não é um maníaco fingindo ser eu."

Kaeya parecia surpreso, mas aceitou. A primeira foto dos dois foi sobre cabelo bagunçado, roupa de festa amassada, olheiras e maquiagem borrada. Era uma bela foto.

"Você deveria me mandar foto. Na verdade, eu gostei bastante dela...", Kaeya dizia. "Você está bonita nela mais do que normalmente é." Sorriu.

"Obrigado", e Albedo respondeu direto e sem expressão alguma em seu rosto.

Silêncio. Havia somente o barulho do teclado do celular do albino.

"Ah, sim, claro. Me passa seu número, desculpa." Riu sem graça pela vergonha, mas achou fofo o mais alto se animar por isso. Abriu o aplicativo de número e salvou como somente Kaeya. Achava que era o suficiente. "Vou mandar a foto para ti." E assim fez. Viu pelo canto dos olhos o azulado sorrir.

Depois de discutir por mais cinco minutos com Heizou em um silêncio estranho no quarto, o mais baixo dos dois se levantou pronto para ir embora.

"Obrigade por cuidar de mim", disse sincero e viu Kaeya sorrir.

"Nada."

Nada mais foi trocado, nem mesmo uma última ou única troca de olhares entre os dois naquela manhã. Albedo colocou a bolsa ao lado de seu corpo, observando o broche escrito "todos os pronomes", e partiu para o andar de baixo sem olhar para trás. Amaldiçoou-se por ter ficado até tarde na casa de desconhecido e agora teria que enfrentar um sol forte sendo uma pessoa albina com grandes chances de ter queimaduras feias pela pouca melanina.

uma colina em chamas ⨾ kaebedoOnde histórias criam vida. Descubra agora