vinte e dois: me capture

242 20 34
                                    

"Como que pode a primeira foda de vocês ter sido no sofá? O romance morreu?" A voz de Heizou esbanjava diversão e Albedo ria depois que ter largado a fumaça do cigarro.

"Você e Kazuha transaram pela primeira vez no carro."

Heizou exagerou nas expressões chocadas, como se estivesse incrivelmente ofendido.

"Nem começa." Continuou e agora o ruivo gargalhava.

"Mas aí ninguém quase nos pegou."

"Agora você tem um ponto bom."

O loiro estava sentado no chão do quarto de hóspedes da mansão Ragnvindr enquanto observava seu melhor amigo arrumar as coisas, afinal, pegaria avião hoje de noite para Inazuma.

Kaeya os deixou em paz naquela manhã e Albedo sabia que ele viraria alvo de piadas de Childe e Diluc pela noite de ontem, porque só um cachecol seria capaz de esconder aquilo. Heizou e o albino aproveitaram aquela manhã para voltar a mesma rotina que tinham pelas chamadas que era falar nada e rir de besteira, mas também fofocaram, e muito, até os mínimos detalhes do sexo de ontem.

"Então é grande, é?"

"Sim", sussurrou. Os dois riram como adolescentes abismados.

Era a segunda vez em quatro anos que Heizou ouvia Albedo falar da vida sexual dele. Primeiro foi com o antigo colega de quarto dele e agora com seu namorado. 

"Você ganhou na loteria com um homem alto, ativo e submisso. Você tá vivendo meu sonho."

Albedo gargalhou alto e apagou o cigarro no cinzeiro.

"Tenho quase a certeza que ele é versátil."

"Albedo…" Tinha um olhar divertido.

"Heizou…" Retribuiu na brincadeira.

"Você ainda vai comer aquele cara. Você tá literalmente vivendo meu sonho."

O loiro não aguentava com as palhaçadas do seu amigo e tudo que restava era rir.

"Vamos?", perguntou ainda risonho ao se levantar do chão.

"Espera, vou colocar meu binder", o ruivo disse e se moveu para o banheiro do quarto, então Albedo esperou até que, juntos, saíram logo em seguida carregando malas.

No andar de baixo, Diluc segurava a cabeça de Kaeya e Crepus olhava seu pescoço com um sorriso divertido nos lábios. ao mesmo tempo que Childe gargalhava com suas reações e Zhongli olhava risonho os ferimentos.

"Para!" Kaeya gritava com raiva e tentava sair do aperto forte do seu irmão, mas era falho.

"Quem diria que uma pessoa de um metro e sessenta seria capaz de destruir o meu filho." O pai brincava e isso quase fez Albedo rir.

Assim que perceberam a presença do albino, soltaram o azulado imediatamente. Kaeya xingou com a atenção desnecessária às suas marcas, porém seu rosto suavizou quando viu seu namorado, apertando os passos em sua direção e o abraçando com força. Onde havia feito as marcas, estava roxo escuro e aquela que havia sangrado estava inchada; Albedo estava orgulhoso pela sua arte. Tocou as mordidas e Kaeya estremeceu com vergonha por isso.

Seus amigos e família, no entanto, não tinham visto os arranhões atrás do ombro dele, porque também ficaram em carne viva e inchado.

As férias não haviam acabado, mas Heizou os deixou de noite, abraçando com força Albedo e também chorando pela despedida. Ele igualmente disse adeus a Kaeya, é claro, mas não com tanta emoção.

Naquela noite, o casal se juntou no sofá da fraternidade ao lado dos outros meninos para fazer a noite de jogos com bebida e maconha. Albedo achava que era apenas adolescentes jogavam — não que ele se importasse com faixas etárias para esse tipo de coisa —, mas era bom se divertir e conhecer melhor as pessoas que moravam junto com seu namorado.

uma colina em chamas ⨾ kaebedoOnde histórias criam vida. Descubra agora