uma colina em chamas ⨾ kaebedo

três: acho que finalmente estou desgastada

albedo e kaeya vao se encontrar no próximo capítulo por favor n desiste de mim 😭

a fanfic já está terminada <3 então é só postar mesmo

O dia estava novamente nublado, a serragem cobria os prédios e as pessoas e o frio estava presente. O loiro vestiu um sobretudo marrom escuro para combinar com sua roupa. Colocou o óculos de grau fraco, pegou sua bolsa e saiu para fora do dormitório. Hoje tinha uma aula com sua professora favorita na matéria que ele estava odiando.

Quando chegou no gramado, buscou um banco para se sentar e puxar um cigarro. Acendeu sem esforço, porque não havia vento, então se encostou e de lá observou pela primeira vez naquele ano as pessoas ao invés de ficar no celular ou na própria cabeça. Albedo não fazia ideia quem era a metade daquelas pessoas ou que curso faziam e ele sinceramente não queria saber.

Passando os olhos em cada um, viu um ruivo com o rosto carregado de sarda se aproximar de ti. Albedo olhou para a esquerda, depois para a direita, questionando-se se aquele sorriso provavelmente falsp era para ti. Quando o homem parou na sua frente, ele teve certeza disso.

"Oi", disse. Seus olhos também eram azuis. "Voce é do curso de Psicologia, não é?"

Surpreso, Albedo piscou uma, duas vezes até três vezes. Quem era esse ruivo e como que ele sabia seu curso?

"Sim", respondeu. As cinzas do cigarro abandonado caíam na madeira do banco.

"‘Tô dando uma festa esse sábado na casa da fraternidade. Se você quiser ir, é perto daquele hamburgueria famosa que tem na região." O sorriso não saia de seu rosto. "Sou Tartaglia, é Ajax só se estivermos namorando." Piscou com o olho direito. Albedo continuava com o rosto em branco.

"Ok."

Houve silêncio depois da resposta de Albedo. Talvez tenha sido a enorme quantidade inesperada de informação que queimou o cérebro do loiro.

"Sou Albedo." De repente, lembrou-se das boas maneiras humanas. "Obrigado pelo convite." Forçou sorriso. Não que ele estivesse sentindo algo negativo, forçar o sorriso foi por simpatia e não por falsidade.

O ruivo alto acenou com a mão antes de sair da sua frente e caminhar em direção a um homem mais alto ainda de cabelos castanhos escuros e longos. Os dois se abraçaram carinhosamente e seguiram juntos.

Espera, Albedo foi chamado para alguma festa? Porra, ele precisa falar com Heizou.

×××

"E, então, eu me toquei que foi constrangedor a minha resposta, porque não é dessa maneira que as pessoas socializam!" Albedo contava toda a história de forma mais acidentalmente engraçada e Heizou gargalhava no outro lado da linha.

"Puta que pariu, só você para me fazer rir em final de expediente."

"Ainda sinto vergonha pela forma como respondi, ele deve ter falado pros outros como sou esquisito." Tampou o rosto, envergonhado.

"Para com isso, Albedo, foda-se o que ele pensou."

"Você tem razão. Foda-se. Sou esquisito, eu sei disso." Escutou Heizou rir.

"Você vai, né?" Silêncio. "Albedo Kreideprinz." Mais silêncio. "Tu vai, não é, caralho?"

"Bem…"

"Você vive falando que quer encontrar amigos ou até mesmo um namorado e, quando tem oportunidade, tu não quer ir."

Ele tinha razão. Talvez fosse porque teria que passar por todos os estágios da amizade e ele não tinha habilidade social suficiente para isso, nem tempo, às vezes nem vontade. Talvez ele fosse só autosabotador.

"Terei que passar por todas as fases, eu não quero isso, me deixa extremamente ansioso." Não mentiu. "Porque sou viciado em agradar os outros, mas no final não agrado nem a mim mesmo", suspirou. "Prefiro namorar você, seria mais fácil."

"Por favor, não." Os dois gargalharam com a resposta rápida. "Moramos distante um do outro, ia ser um pesadelo para mim."

"...Só por causa disso? Se não fosse a distância, iria me namorar? Isso ‘tá meio estranho." Riram novamente, porque sabiam que nenhum sentia sentimento um pelo outro. "Mas sim eu vou… Mas, por favor, vá comigo em chamada até eu pelo menos colocar um copo inteiro de vodka na minha boca."

"‘Tá bom, eu fico contigo até você perder a inibição."

"Obrigado, meu salvador."

"‘Tá, ‘tá. Agora me mostra suas opções de roupa, quero te ajudar a ir enturmado."