onze: e eu vou amar as pequenas coisas

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Estava chovendo e o campus estava deserto enquanto Albedo esperava Kaeya do lado de fora do prédio, mas em um lugar coberto.

"Desculpa o atraso", Kaeya disse ao se aproximar.

"Não se preocupe." Deu um guarda-chuva ao mais alto e um ficou consigo. Os dois abriram-nos separadamente.

Fazia dois meses que se conheceram e Albedo estava cada vez mais necessitado dos toques de Kaeya, e de também o tocar.

Adquiriram a mania de andar de mãos dadas porque um dia precisaram fazer isso para passar no meio de um tumulto e, porra, Albedo estava muito feliz por isso. Seus dedos se entrelaçaram enquanto o azulado o puxava, evitando as poças de lama com o objetivo de chegar nos dormitórios. 

Quando chegaram no prédio, afastaram-se para fechar os guarda-chuvas, mas logo as mãos se encontraram novamente. Era a quinta vez que Kaeya ia para o quarto de Albedo em dois meses e quem vigiava os quartos nunca reclamava, porque era um dormitório masculino, então eram dois meninos, não tinha sentido na cabeça dele.

Naquela noite, ficaram sem fazer nada, apenas mexendo no celular e rindo mostrando meme um para o outro enquanto estavam deitados na cama juntos. No entanto, já era noite e Kaeya não pretendia dormir lá, porque era durante semana.

As luzes brancas do pátio abaixo da janela de Albedo entravam pela janela e iluminavam o quarto. O loiro olhou para aquele deitado consigo e recebeu de volta a mesma atenção. Eles sorriram.

O albino levou seus dedos para o rosto do mais alto. Toques assim estavam se tornando cada vez mais comuns, mas mesmo assim ainda havia hesitação por sua parte e também pela parte de Kaeya, que realmente mal o tocava.

Acariciou a bochecha seca do azulado e seu sorriso alargou quando o viu fechar os olhos. Ele queria o puxar para perto e o colocar em seu peito para enfiar seus dedos entre o cabelo grande e ondulado azul.

O celular de Kaeya começou a vibrar e isso chamou a atenção de ambos. O mais alto resmungou ao se virar na cama e pegar seu aparelho em mãos.

"Tenho que ir", avisou e Albedo assentiu.

Mesmo depois de Kaeya ter ido embora, ficou o peso e o calor do seu corpo no colchão. Albedo passava a mão no lugar desejando ser ocupado novamente.

uma colina em chamas ⨾ kaebedoOnde histórias criam vida. Descubra agora