treze: eu estou bonita, eu sei porque é a estação

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Já eram onze da manhã e os dois tinham acabado de sair da sala de aula. Desde aquele dia no quarto de Kaeya, os toques estavam mais ousados entre eles - uma mão ou um beijo quente no pescoço, uma mão boba na bunda, sussurros com palavras sujas - e não tiveram mais oportunidade de ficar sozinhos de novo por conta da semana de prova e entrega de trabalhos. E isso estava fazendo Albedo quase desmaiar de tanto tesão acumulado. Ele já estava começando a imaginar coisas, quase delirando com Kaeya sentando em ti com vontade ou com Kaeya o fodendo com tanta força que o faria mancar; qualquer posição, desde que fosse Kaeya, estaria ótimo.

Céus, ele chegou a se masturbar com isso.

Os dois se olharam parados no corredor. Kaeya estava com um sorriso que parecia ser sincero em seus lábios pouco grossos e suas bochechas estavam avermelhadas. Era engraçado para Albedo quando o via visivelmente agitado, mas não sabia dizer se era por desconforto ou vergonha; ele poderia ditar o que achava que era, mas não saberia dizer se era a verdade.

Às vezes, Albedo se sentia agitado em situações sociais e pensava que as pessoas podiam o ler, mas a verdade era que elas sempre o interpretaram errado. E ele voltava à realidade de que ele não é expressivo o suficiente para demonstrar fisicamente a confusão dentro de si que acontecia quase vinte e quatro horas por dia. Talvez ele seja assim porque nunca o ensinaram a demonstrar, sempre o reprimiam porque "ele era demais", demais tudo.

O corredor estava vazio. As poucas pessoas que ali passavam mais cedo provavelmente não voltarão porque era horário de aula agora.

Seus olhos cristalinos foram para a franja com a ponta de cacho aberto de Kaeya e escorregaram para as únicas duas pintas espalhadas pelo rosto bonito, parando por fim na boca que parecia macia e úmida. Quando desviou as íris para os olhos azuis de cílios grandes de Ragnvindr percebeu que este estava com a atenção em seus lábios sem cor como se seu corpo grande fosse cair para frente a qualquer momento.

Levantou hesitante a mão e seu indicador entrou na argola do choker de couro que o mais alto usava. Os dois voltaram a se olhar. Quando o albino fez uma força considerável para o puxar para perto de si, Kaeya caiu para frente, mais especificamente para baixo, e o primeiro beijo deles foi um simples estalar de lábios que durou menos de um segundo.

Assim que se afastaram, os rostos estavam tão próximos que era possível sentir a respiração quente um do outro. O dedo de Albedo ainda continuava no colar. Kaeya levou suas duas mãos grandes de dedos longos para o cabelo de Albedo e parecia hesitar.

"Me beije", o mais baixo pediu e Kaeya fez o que lhe foi instruído com mais um colar de lábios rápido.

Suspiraram. Kreideprinz queria mais. Suas mãos seguraram a blusa de botão branca que o azulado usava e o puxou novamente para ti, dessa vez, prolongou o toque até que se sentiu confiante o suficiente para passar sua língua. Sentiu Kaeya estremecer e também gemer baixo quando as duas línguas entraram em contato em um beijo calmo, mas bom. Muito bom.

Os sons obscenos que o Ragnvindr fazia quando se afastavam para beliscar e chupar o lábio um do outro estava deixando o albino louco e ele não fazia ideia se era porque Kaeya estava gostando ou se era proposital para o atingir.

Bem, se Kaeya não desceu as mãos, ele faria isso.

As mãos brancas do artista escorregaram para a cintura fina com o corpete de pano e o apertaram. Escutou o mais alto sibilar ao se afastar e sentiu os dedos segurarem seu couro cabeludo e logo seu corpo de um e sessenta foi ser empurrado até que suas costas estivessem na parede branca do corredor.

O baque fez o loiro suspirar pelo nariz antes de voltarem a se beijar. Suas mãos exploravam por cima das camadas de roupas e seu toque era firme, certeiro. Ele sabia que Kaeya estava curvado para baixo, assim como ele estava com o pescoço esticado para cima.

uma colina em chamas ⨾ kaebedoOnde histórias criam vida. Descubra agora