Duas semanas se passaram, neste tempo nada da Divindade dar as caras, nenhuma notícia sobre algum fenômeno estranho desde a repentina aparição de um cometa dias atrás. Nada... Estava tudo normal como sempre esteve para ao Deuses, e humanos que cometiam atrocidades atrás de atrocidades.
Era desagradável, mas assim o fazia por questão de orgulho. Poseidon tem descido muito a Terra e andado meio a humanos, não pra conhecer ou se enturmar, e sim pra procurar Lua. Andava em seu terno branco e azul elegante, chamando a atenção por sua beleza e elegância. Mulheres suspiravam, encarando coradas quando o Deus passava, até homens ficavam admirados pela imponência e beleza do loiro, que virava a cara enojado sem se importar com o que os humanos pensam ou deixam de pensar. Segurava o cristal quebrado em mãos, era o cristal do báculo de Lua. Não acendia de jeito nenhum.
— Onde você se escondeu, maldita? — Murmurou pra si mesmo, impaciente.
— Perdeu, parceiro.
Quando passou perto de um beco, Poseidon sentiu o cano frio da arma encostar em sua cabeça, foi abordado por um homem mascarado e de gorro. Estava todo coberto, e se escondia nas sombras.
— Um homem bonito dando sopa e sem nenhum segurança? — O homem riu. — Você vai me render um boa... — Mal acabou de falar, a rua começou a tremer e o asfalto a quebrar. As pessoas se encolhiam com medo e outros se apoiavam tentando fugir. Um jato forte de água atingiu o rosto do bandido até envolver ele em uma esfera se água. O homem se debatia por falta de oxigênio enquanto se afogava, não estava nos seus planos chamar a atenção, mas aquele homem conseguiu o tirar do sério. Seguindo seu caminho com bolha de água explodindo, se espalhando pra todos os lados e o homem caiu sem vida e roxo no chão, por conta da asfixia.
As mulheres que admiravam o Rei dos Mares, agora estavam com medo, mas Poseidon se esqueceu de um mal que atinge a humanidade. A tecnologia, e perdeu a linha com um humano o ameaçando, não percebeu que pessoas o filmaram...
Parabéns Poseidon... Agora você é uma atração do Tik Tok.
Contudo, o que era um contratempo irritante para alguns, para outros era uma vantagem, mesmo que mínima. Lua estava dando sinais de que estava acordando, abriu os olhos aos poucos se deparando com a lareira acesa, o cheiro gostoso de sopa e pão exalava no ar. Encarou as próprias mãos com os ferimentos leves quase cicatrizados, levantou a camisa e seu peito estava enfaixado e seu ferimento curado. Encarou a flauta de cor azul escura na cômoda ao lado junto ao pequeno resquício de cristal.
— Descanse querida. – A senhora disse, apoiando a de cabelos brancos a si a impedindo de levantar.
— Quem são vocês? – Perguntou curiosa, olhando ao redor. — Onde estou?
— Estava desmaiada aqui perto. — A idosa respondeu. — Te encontramos esvaindo em sangue... Pensamos que morreria, mas um rapaz loiro veio aqui e lhe curou.
— Sol... — A de cabelos brancos proferiu baixo o nome do gêmeo, rindo baixo. — Obrigada por cuidarem de mim. — A ex celestial segurou a mão enrugada dela, uma expressão em seu rosto mostrava carinho e gratidão.
— Deve estar com fome, o jantar está quase pronto, espero que goste de sopa. – O homem idoso olhava a panela de sopa que fervia em cima do fogão.
— Adoro. — Lua fez uma reverência com a cabeça. — Hmm... — Uma fisgada fez o ferimento doer e o fragmento brilhar intensamente em cima da mesa junto ao que tinha em sua testa. — Não fui curada totalmente.
— Ele comentou que não poderia fazê-lo, mas não deu maiores detalhes. — O homem explicou. — O rapaz disse que entenderia e que viria te ver quando as coisas acalmassem... Bem, descanse mais um pouco, chamamos quando o jantar estiver pronto.
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Entre o Mar e a Noite
RomansaVocês ouviram falar da Divindade da Noite? Uns falam que ela se apaixonou por um humano e foi viver com ele na Terra... Outros falam que ele sua queda era devido a tentar enfrentar os Deuses e tomar o lugar de Zeus e os irmãos lutaram contra ela. Ni...