A partir dali, Lua "enlouqueceu". Mantinha o corpo da criança com magia pra não se decompor, matando qualquer um que chegasse perto, até que chegou o dia que ela descobriu que Mania, a Deusa da Loucura andava mexendo com sua mente, com seus sonhos. Como castigo, Lua matou seu marido Coalemos, o Deus da Estupidez.
Não que os Deuses ligassem muito pra ele, era insuportável e se achava demais, sua presença era motivo pra todos se afastarem por conta de tanta besteira que esse Deus falava ou fazia, acabando pros Deuses consertar os estragos que deixava. Mas, o meio que ele seria usado foi imperdoável, como sacrifício em Necromancia para trazer a vida a pequena Pandora, um círculo de magia estava desenhado debaixo dos dois corpos, brilhando com o feitiço recitado por Lua.
Nas regras universais da Necromancia havia somente uma:
"Uma alma trazida de volta a vida, outra deve morrer no lugar."
— Pare...
Sentiu alguém segurar seu pulso...
Tudo escureceu, Lua teve uma dor de cabeça quando tentou se lembrar de algo, mas deu branco, estavam conversando a bastante tempo que não se deram conta que deram uma volta pela cidade de Nix, e estavam de volta ao festival.
— Ei, vai com calma. — Beelzebub instintivamente tocou o ombro dela.
— Não é agradável lembrar dessas coisas.
— Quer parar?
— Não, se quer saber eu fico até aliviada de estar conversando com alguém sobre isso. — Lua falou. — Foram os poucos que realmente se interessaram em ouvir o meu lado da história.
— E... A partir dali você atacou os Deuses, né? — Beelzebub estava ainda mais curioso. — Por esse motivo?
A memória da ex Divindade começou a partir de outro ponto.
Velou o corpo de Pandora no alto de uma montanha onde a Lua sempre era cheia.
Encarava o fundo da beira de um abismo, quem caísse ali morreria na hora. Isso quando se tratava de um humano, será que com uma Divindade seria o mesmo? A celestial se sentia péssima, sentia como se tirassem um pedaço de seu coração e pisassem, respirou fundo, se jogando dali.
"Você perdeu a sua garotinha."
Ouviu sussurros em todos os lados.
"Tiraram Pandora de você."
"Interferiram na sua felicidade com Date Masamune."
"Tudo pra quê? Pra acabar sozinha."
Lua enquanto caía, fechou os olhos com força, sentimento de raiva e repulsa tomava conta dela, as vozes soavam cada vez mais alto. Em sua queda conseguiu ver o Olimpo ao longe, iluminado e majestoso, era como se visse apenas tudo nublado, tinha perdido a sensatez, não queria mais ter que pensar. Antes de atingir os rochedos pontiagudos, ela parou e tomou um impulso pulando pra cima, bradou um grito alto e a magia azul tomou conta de todo o lugar.
— As quatro fases da Lua... — Ela voava, falou alto e imponente, a magia azul tomou conta de seu corpo aumentando de tamanho. — Fase Divina... Date Masamune...
A energia assumiu a forma de um samurai gigante, com um capacete de Lua Crescente, atacando todos que avançaram em direção a Divindade Celestial, em meio a espadadas e golpes de energia, os adversários eram dizimados, desmembrados, desintegrados. Sim, Lua tinha perdido o controle e aquela coisa gigante era vista, chamando a atenção dos Deuses.
Zeus surgiu ali avançando com um soco tão forte que quebrou a mão de energia do grande samurai, mas ela se restaurou de novo.
— Suma. — A voz imponente da Divindade da Noite ecoou alto, o samurai de magia deu um soco tão forte em Zeus que mesmo ele tentando bloquear, voou longe. — Você é o mais poderoso? — Lua ia em direção ao Soberano. — Não passa de piada. — O Samurai gigante tentou pisar em Zeus, que se levantou rapidamente. — Não merece aquele trono, não merece nada, nenhum de vocês.
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Entre o Mar e a Noite
RomanceVocês ouviram falar da Divindade da Noite? Uns falam que ela se apaixonou por um humano e foi viver com ele na Terra... Outros falam que ele sua queda era devido a tentar enfrentar os Deuses e tomar o lugar de Zeus e os irmãos lutaram contra ela. Ni...