Extra: Gigantomaquia

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O Olimpo estava sob ataque...

Os guerreiros alados tentavam manter os gigantes longe do palácio. Gaia insatisfeita com o resultado da batalha contra os Titãs, a vitória de Zeus, liderou um ataque de criaturas gigantes para uma batalha até a morte, os corpos espalhados sobre o chão, a baixa dos guerreiros com os anjos enfermeiros levando o Deus da Guerra, Ares, ferido em uma maca.

Por sorte, conseguiram tratar Ares a tempo, mesmo cheio de bandagens e curativos, se sentou à mesa junto aos Deuses Gregos que tentavam tomar uma posição para resolver o assunto. Hades e Poseidon não pareciam se importar muito, sentados elegantemente com o Deus do Submundo apoiando as mãos sobre o joelho dobrado, o Tirano dos Oceanos não estava apenas de pernas cruzadas, mas também aos braços. Adamanto, o Deus da Conquista e o segundo mais velho de Cronos, estava mais a vontade com a cabeça apoiada sobre as mãos, as costas apoiadas de qualquer jeito sobre a cadeira, os pés em cima da mesa da forma mais abusada e relaxada, mesmo que seu terno gótico demonstrava um estilo contrário, Adamas nunca ligou para elegância, só queria acabar logo com aquela reunião.

Porém, Zeus estar no comando lhe fazia questionar certas coisas, pois, para uma batalha, o Pai de Todo Cosmos colocaria os Deuses em uma batalha sem uma estratégia ou alguma previsão de que poderiam sair vitoriosos, desde que pudesse lutar com fervor, Zeus não se importava com coisa alguma, muito menos com suas vestes que se rasgaram com o crescimento dos músculos, correspondentes a ansiedade de poder estar novamente no campo de batalha, caminhando bruscamente enquanto balançava os braços os alongando, deixando para trás pedaços de tecido no qual Hermes recolhia pacientemente, um suspiro saiu da boca do Deus da Velocidade pelo soberano estar agindo de forma tão imprudente.

Adamas estalou a língua e apenas saiu andando com as mãos no bolso, impaciente com a irresponsabilidade do irmão mais novo, enquanto proferia alguns palavrões que dependendo do nível de irritabilidade, alguns soavam um pouco alto.

— Algum problema? — Poseidon perguntou a Hades que conversava com um servo do Submundo.

A expressão preocupada de Hades não passou despercebida por Poseidon, mesmo o Deus de cabelos brancos tentando disfarçar e manter a expressão serena, o loiro conhecia o mais velho o suficiente para saber que qualquer que fosse a notícia, o deixara abalado. A certeza veio pelo leve balançar de ombros, seguido de um profundo suspiro.

— Nada de importante. — Hades respondeu tranquilamente, seguindo seu caminho.

Poseidon encarava Hades se afastar, a dúvida se transformara em certeza de que o primogênito estava escondendo algo, infelizmente tinha essa mania irritante de tentar resolver tudo sozinho e não preocupar os irmãos.

Pois o Deus do Submundo sequer encarou o Deus dos Sete Mares quando respondeu.

Passava o tempo e isso preocupava cada vez mais Poseidon, inquieto enquanto tirava aquele terno branco, se vestindo com seu traje de batalha casual, se armou com o tridente enquanto caminhava pelos corredores acompanhados pelos soldados marinhos, armados com arpões e armaduras de ouro. Mas, os pensamentos sobre o irmão mais velho foram dispersos ao ver os anjos se preparando para a batalha, as armaduras de cristal brilhavam, o par de asas azuis escuras brilhavam em pontos brancos como o céu estrelado. A única quem não estava de armadura era a soberana dos anjos da noite, Lua, usando seu traje de batalha casual e as asas que tomaram a forma da jaqueta de motoqueiro que usava, girando a flauta dizi azul sobre os dedos enquanto encarava os soldados celestiais atravessar a porta a frente, entrando no campo de batalha.

Os soldados celestiais e marinhos avançaram deixando os dois soberanos encarando um ao outro, parados e atônitos no corredor.

— Se for pra batalha inquieto desse jeito vai rodar, hein. — Lua brincou.

Entre o Mar e a NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora