Aliados

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Uma quantia alta queria dizer que Poseidon tinha urgência.

Mas o quanto seu filho estaria envolvido nisso?

Se Poseidon sabia que Tritão estava envolvido, o que era provável, também sabia que para Elise, uma missão simples não queria dizer uma missão cumprida de qualquer jeito. Com toda certeza ela considerou o fato de incluir o filho do Tirano dos Oceanos.

O jovem loiro andava pelos corredores do Palácio do Submundo.

— Quanta insolência...

Um sussurro ecoou pelas paredes do Palácio, a escuridão a frente dava a entender que aquele corredor não parecia ter fim, ela apenas respirou fundo continuando a andar, uma gota de suor escorreu pelo canto do rosto.

— Filho de Poseidon...

— Não tem nada para fazer aqui...

— A cada passo é estar mais próximo da ruína...

Os sussurros soavam mais altos e frenéticos, Tritão fechou os olhos se concentrando nos sussurros, mordeu levemente o lábio inferior ao ouvir o que parecia ser batimentos cardíacos soando cada vez mais alto.

Alguém estava se aproximando.

Sim, usando daqueles joguinhos psicológicos o som dos batimentos era abafado pelos sussurros, estava cada vez mais difícil se concentrar neles, mas algo lhe chamou a atenção, mesmo longe, conseguia ouvir o som de uma torneira pingando.

Um som de passo ecoou fracamente sobre o piso do corredor, o loiro abriu os olhos e pulou para o lado desviando de uma mão esquelética que surgiu em um buraco na parede, envolta por uma energia negra. Mal aterrissou, ele jogou o corpo para o lado desviando de mais uma mão, jogou o corpo para trás e apoiou as mãos no chão, em um salto triplo se esquivando do ataque sequencial das mãos que surgiam no chão. Estendeu a mão em direção a escuridão, um som de metal rompido foi ouvido seguindo de uma explosão e uma torrente de água que veio em sua direção destruindo duas mãos que lhe atacaria por trás, na mão do filho de Poseidon, surgiu um tridente dourado com detalhes azuis.

Tritão avançou em direção as mãos esqueléticas em linha reta, cortando todas nesse segmento, voltou o olhar para o pé direito percebendo a pequena fenda se abrir, pulou para trás em um instante que a mão surgiu, lançou várias torrentes que tomaram a forma de peixes, quebrando os ossos de varias mãos em uma puxada brusca.

— Ghaa...

Um urro de dor e surpresa saiu da boca do loiro, uma das mãos esqueléticas o arranhou, logo com a distração duas delas lhe agarraram pelos tornozelos, com isso surgiram mais duas o segurando pelo pulso o forçando abrir os braços, mesmo se debatendo e às vezes conseguindo se soltar, mais delas surgiam.

— Ghaaa...

Mais um urro de dor, as garras de uma das mãos esqueléticas penetrou quase na lateral da barriga de Tritão, logo outra enfiou a garra em um dos ombros, a camisa rasgada enquanto uma das mãos segurava com força o queixo dele, outra mão agarrava com força os cabelos dourados.

A visão a frente do loiro estava infestada daquelas mãos, o som de passos soava mais alto, sua visão turva lhe davam a impressão de uma silhueta surgir, um jovem de pele branca e cabelos negros parando no final do pescoço, suas vestimentas davam a impressão de ser fã de bandas de rock, pois, seu colete preto e gravata vermelha por cima de uma branca, calças jeans com adornos de corrente e tênis All Star preto revelavam isso, além dos acessórios nos pulsos com leves espinhos de metal, e o crucifixo em seu pescoço. Os olhos vermelhos dele encaravam Tritão, aparentemente o filho de Poseidon mostrava irritação ao ver o sorriso travesso nos lábios do moreno.

Entre o Mar e a NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora