Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Só acho que você está se precipitando.
- E eu acho que não te perguntei nada. Some da minha frente - digo ao garoto que estava sentado na janela, ele pula rapidamente ao ouvir passos no corredor.
- Ayla - escuto meu pai gritando meu nome e já me preparo para o sermão.
- Cinco, quatro, três, dois.... Um - sussurro e me apoio contra a parede.
- Qual a porra do seu problema? - ele abre a porta fazendo com que ela bata na parede - Você prometeu que não ia mais usar essa merda.
Encaro a droga em sua mão e dou uma risada encolhendo os ombros.
- Desculpe papai - digo com a voz trêmula - eu não consigo, eu não - fungo e limpo às lágrimas.
- Sério? Quão idiota acha que sou pra cair nessa?
- Não sei - digo normal - mas se quiser a verdade... Acho muito idiota.
- Você sabe que quanto mais birra faz, mas eu te coloco de castigo.
- Belo pai - resmungo o ignorando.
- Vamos logo, estamos atrasados. Não esquece do acordo - ele diz me puxando de volta - Eu não conto para sua mãe e você não conta. Embora se você continuar assim, ela vai descobrir sozinha.
- Como se você não fosse evitar que eu veja ela. Ou pior, me empurre para cima dela como um saco de lixo descartável.
Saio o ignorando. Ayla McCall, tenho 25 anos e moro com o tão amável e adorável e incrível... Rafael McCall. Vim morar com ele por livre e espontânea vontade - pressão - não culpo minha mãe por preferir o filho mais quieto e recém nascido, do que a filha de 10 anos hiperativa e explosiva. E não, não sou assim mais. Gosto de ficar na minha agora. Embora eu ainda goste de problemas.
O ápice para a raiva e desgosto do Rafael, foi quando tive uma overdose a alguns anos e sofri um acidente, quase me levando a morte. Não tenho culpa se participei de um racha enquanto estava mais do que chapada. Ele só ficou sabendo quando eu já estava no hospital.
Não ligo. Estou mais controlada agora. Não que isso seja relevante para a vida de alguém.
O silêncio no carro era gritante. Mais desconfortável do que isso, só nós dois dentro de um avião por horas.
