"Capítulo 17"

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[Caroline Forbes]

Se eu pudesse voltar atrás, com toda a certeza do mundo voltaria no momento em que me declarei pro homem que agora é o maior motivo da minha tristeza. Estou tentando me manter forte apenas pelas minhas filhas, mas está sendo difícil não demonstrar o que estou sentindo. Ainda bem que eu tenho o Kol, se não fosse por ele estaria tudo pior. Ele vem se mostrando um bom amigo. E falar em bom amigo, Massimo e eu nos aproximamos. Ele tem sido uma ótima companhia, mas não passa disso. Eu não quero me relacionar com ninguém por pelo menos dois séculos.

-Caroline?─ Kol chama a minha atenção.─ Você escutou algo do que eu disse?─ Sorri olhando pra mim.

-Não. pode repetir?─Dou um sorriso fraco.─ Estava pensando em ir ao parque com as meninas.─Minto descaradamente e ele parece não acreditar.

-Ah claro...─Revira os olhos.─ Agora você pode me contar a verdade?─Se ajeita ao meu lado.

-Não era nada de mais.─ Suspiro de um jeito leve.─ Mas o que você estava dizendo?─Volto a olhar pra tv.

-Você vai ou não ir jantar com o Torricelli na casa dele hoje?─ Põe mais vinho em nossas taças.─ Se você for eu durmo aqui pra ficar com as meninas.─Encolhe os ombros.

-Estou pensando seriamente em ir, ele é só um amigo e vamos jantar na casa dele.─Sinto Kol dando uma risada disfarçada.─ Contei alguma piada e não percebi?─Olho pra ele.

-Caroline, você fica falando o tempo todo que ele é apenas um amigo.─Olho pra ele sem entender.─ O que eu quero dizer é que parece você está querendo dá alguma satisfação dos seus atos.─ Sorri e revira os olhos.

-Não, é isso.─Bufo e me levanto.─Bom, de certa forma é... Eu não quero que você pense que já estou com outra pessoa sendo que eu mal terminei com o seu irmão.─Coloco a minha taça na mesa de centro.

-Caroline, você é livre, pode e tem direito de fazer o que quiser com a sua vida, jamais te julgaria.─ Se levanta e coloca a taça na mesa de centro assim como eu. ─ Mesmo que você tenha um péssimo gosto e queira ficar com o mafioso meia boca.─ Sorri olhando nos meus olhos colocando as mãos nos meus ombros.

-Você é um idiota.─ Reviro os olhos e solto uma pequena risada.─ E isso é um tipo de julgamento.─Franzo o cenho.

-Isso será um choque pra você, mas é que...─ Respira fundo parecendo tomar algum tipo de coragem.─Eu não sou perfeito, não precisa se apavorar.─Fala num tom sério, mas acaba sorrindo.

-Kol, você tem que se tratar.─ Cruzo os braços. ─Isso não é normal, você não tem neurônios.─Nego com a cabeça.

-Não tenho não.─ Sorri e num ato rápido me joga por cima dos ombros. ─ Você vai se arrumar e vai sair com o estranho lá.─Começa a caminhar comigo.

-Eu te odeio.─ Reviro os olhos. ─Eu sei andar, me põe no chão.─ Dou um tapa nas costas dele.

-Não, eu estou te ajudando.─Sobe as escadas.─ Só não conta pro Nik quando vocês voltarem.─Sorri de um jeito debochado.

-Ah sim, quando o inferno congelar.─Dou mais dois tapas nele.─ Jamais voltarei com o idiota do seu irmão.─Ele me põe no chão.

-Você que pensa.─Diz parecendo saber de algo.─Bom, eu vou te ajudar e escolher uma roupa que te deixe mais bonita do que já é.─Vai até o meu closet e eu o acompanho.

-O que você quis dizer com "Você que pensa"?─Faço sinal de aspas olhando pra ele.─Você sabe de alguma coisa e não está me contando.─Cruzo os braços.

-Loirinha, vamos logo escolher a sua roupa.─Ignora totalmente o que eu disse.─Que tal esse?─Pega um vestido verde musgo com decote tomara que caia.

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