Prólogo

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Pov Margort Lefort

Falar sobre a França é algo que historicamente nos remete a grandes acontecimentos, sendo eles: Bons, ruins, memoráveis. Nos remete automaticamente a sensação de superação, resiliência, grandeza, brilho, cultura... Tudo isso sendo relevado através de um povo de força. É, acho que quando penso em meu país, é assim que o vejo, como centro de um povo forte. Foi assim que conquistamos mundialmente o olhar e reconhecimento popular ao nos tornarmos um dos maiores países da Europa, onde todos os anos é palco para receber em seu solo milhões de turistas vindo de todas as partes do mundo. Contudo, é em Paris que toda a mágica acontece.

Sim, Paris é o coração francês, lugar mais popularmente conhecido como sendo o centro dos grandes amantes, os românticos, os passionné, enamorados, apaixonados, appassionato, apasionado, passionate... É assim, em diversas línguas, porém dividindo o mesmo significado, que procuram no solo de Paris, o desvaneio proporcionado pelo o clichê encantado das histórias de amor, ou amores, quem sabe dizer ao certo?

Contudo, a verdade é que a cultura francesa e todo o seu glamour, vai bem além das fantasias amorosas vividas ao vento de paris. Fico pensando em como nos descrever... Cidade luz? Um lugar que você deve conhecer antes de morrer? Enigmática? Esnobe? Culta? Chique? O fato é: Quem visita uma vez, precisa e deseja voltar sempre. Porque descobrem sobre nós que somos para todos, somos tudo. Somos para artistas, pensadores, turistas... Assim é a aura desta cidade mágica, que emana cultura e modernidade desde a Idade Média. Dona de belíssimos museus, bares, mercados a céu aberto, vida, luz, intensidade... Por mais que eu tente descrever, referenciar, indicar, explicar, traduzir, será impossível.

Aliás, acho que não seria tanta prepotência da minha parte dizer que vivemos de Paris para o mundo. Somos nós que ditamos o ritmo glamuroso da vida lá fora. É para nós que estão voltados todos os olhos de cobiça dos grandes centros mundiais em busca de: cosmético, beleza, sofisticação, moda, prazeres, luxúria. Representamos apenas a porta de entrada de um universo humano riquíssimo, inesgotável, único. Creio que o escritor F.Scott Fitzgerald conseguiu resumir bem em uma frase curta: "Dizer que está cansado de Paris é dizer que está cansado de viver". "Voilá !"

Contudo, para tudo existe um preço a ser pago, não é mesmo? Por trás das cortinas de um palco onde apresenta um grande espetáculo, é preciso existir grandes pessoas, e eu posso garantir que sou uma das mais brilhantes pessoas por trás dos grandes feitos de Paris. Sou boa no que faço, porque fui ensinada a não ser menos que o melhor, ainda que as lições não tenham sido ensinadas a base do amor. Quem ainda não ouviu falar de Margort Lefort, certamente ainda ouvirá, e claro, só existirá dois caminhos: Amar, ou odiar.

Não basta querer ser eu, é preciso ser melhor que eu. São muitos os que me rodeiam diariamente, e ainda maiores em números aqueles que fingem me amar quando na verdade me odeiam, me aturam, me invejam, mas eu encontrá-los, eu sorrio largamente enquanto aceno em puro fingimento, porque ao longo da minha vida compreendi que fingir sentimentos é elegante, é sedutor, atrativo, chique. Tem também quem diga que sou esnobe, e quer saber? Acho que sou mesmo, e adoro ser assim, porque foi assim que cheguei onde cheguei sem me deixar ser pisoteada pelos tantos outros que ousaram tentar me ver fracassar.

Aos meus quarenta e seis anos, prestes a completar os quarenta e sete, sou dona do título impiedoso que me deram: "Cruela". Aos olhos de muitos é algo maldoso, bárbaro, maléfico... Mas aos meus olhos... Bem, se temos limões, porque não usá-los para fazer uma limonada? Foi o que fiz quando fiz desse apelido algo sagaz. Hoje quando falam de "Cruela", logo lembram o porquê não ousarem se colocar em meu caminho. Sou temida, e tão respeitada quanto odiada. A verdade é que odeiam me amarem, odeiam desejarem estar em meu lugar porque isso significa que eu sou superior a eles e elas, ou maior, sou melhor... Coleciono admiração, ganho elogios pelo o trabalho que faço, pelos os prêmios que conquisto, mas também coleciono críticas por ser exatamente quem sou. É como se o mundo e eu vivêssemos em uma constante corda bamba de puro amor e ódio.

Casos de amor em ParisOnde histórias criam vida. Descubra agora