Pov Daphne
Assim que Agnes e eu chegamos ao quarto que dividiríamos, a morena suspirou pesado. Era uma suíte muito bem arrumada e aconchegante. Aquele tipo de maravilha que o dinheiro é capaz de comprar.
– Com licença! Onde posso deixar as malas das senhoritas? – O carregador perguntou com educação.
– Pode deixar aí no canto mesmo. Depois arrumamos. – Afirmei para ele. – Obrigada!
Após ficarmos sozinhas novamente, Agnes olhou ao redor como se estivesse buscando se familiarizar com o ambiente. Ela era linda, uma perfeição da natureza. Pude me segurar durante todo o percurso até ali, mas estando sozinha com Agnes, eu simplesmente não conseguia frear meus desejos. Apertei sua mão e a puxei gentilmente segurando sua cintura trazendo-a para junto do meu corpo. Eu gostava da boa sensação de sentir o calor da sua pele junto a minha. Contudo, naquele momento era diferente, eu não estava afeita para beijá-la, ao contrário, eu desejava sim sentir seus lábios nos meus, mas queria fazer isso com calma e paciência para que fosse possível desfrutar melhor do seu sabor, já que fazia um tempo que eu não os sentia.
Provei seus lábios os chupando levemente enquanto Agnes que parecia atordoada pela surpresa do ato inesperado. Ela parecia em dúvida se iria corresponder, por isso eu investi um pouco mais como se esperasse que ela pudesse compreender que aquele era um pedido quase desesperado para que ela se entregasse a mim.
Aquele era o beijo roubado mais gostoso da minha vida. Desfiz o contato por alguns segundos, acariciei sua nuca enlaçando meus dedos em seus cachos enquanto olhei fixamente em seus olhos. Agnes nada disse, apenas sustentou meu olhar com interesse. Lentamente voltei a encurtar a distância entre nós e a beijei sem deixar tempo para que ela recusasse. Eu queria seus lábios, queria seus afagos, eu a queria mesmo que não soubesse o que fazer a respeito disso.
Todo meu corpo arrepiou quando as mãos de Agnes seguraram meu rosto e ela passou a se entregar ao contato correspondendo ao beijo com entrega total. Seria aquele um aviso sinalizando perigo? Se era eu os ignorei e me deixei levar pelo o desejo que sentia por Agnes. Ela mal sabia, mas eu tinha odiado a maneira como Giselle a olhou, a cobiçou e principalmente como deixou isso claro. Minha irmã era Bi assumida, e certamente era bem resolvida consigo mesma a ponto de não recuar quando desejava ter em suas mãos uma mulher ou homem.
Quando recuamos em busca de ar, grudei minha testa na dela e permaneci em silêncio.
– Você é doida! – Agnes disse meio ofegante.
– Aham! Nesse momento estou doida para te ter.
Caminhei conduzindo-a direção a enorme cama ali do quarto, enquanto beijava seu rosto, pescoço queixo...
– Nós acabamos de chagar, Daph. Precisamos de um banho. – Agnes murmurou parecendo desejar ser forte e não se entregar.
– Toma banho comigo, então. Posso preparar uma banheira para nós duas. – Sussurrei em seu ouvido beijando-a por toda linha do pescoço logo em seguida.
Não esperei por uma resposta de confirmação, pois temia não recebê-la. Comecei retirar suas roupas e levá-la para o banheiro.
– Isso está indo longe demais. Pode estragar tudo o que temos. – Resmungou Agnes.
– Não pensa nisso agora. Não me diz não, Agnes. Você é deliciosa demais para eu conseguir resistir a você. – Sussurrei com a voz sedutora enquanto já voltava envolve-la em um beijo ardente.
Mais tarde
A noite desci com Agnes para acompanhar meus irmãos no jantar que Henri tinha solicitado com a gerente do hotel. Quando chegamos ao saguão, meus irmãos já estavam a nossa espera, e claro que Giselle fez gracinha.
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Casos de amor em Paris
RomanceParis é o coração francês, popularmente conhecido como o centro dos grandes amantes, os românticos, os passionné, enamorados, apaixonados... É assim, em diversas línguas, porém dividindo o mesmo significado, que ao longo do tempo Paris ficou conheci...