Pov Leonor
Era mais de 09hrs da manhã quando o táxi que eu tinha pego estava dirigindo pelas ruas de Paris em direção a revista onde eu teria uma reunião marcada com a tal mulher mais bem sucedida, porém problemática do país. Pelo menos essas foram as palavras do homem que entrou em contato comigo se apresentando como seu agente pessoal. O mesmo acabou me deixando em alerta para imaginar que tipos de problemas eu poderia enfrentar nessa possível convivência, mas fazer o que se meu trabalho exige aturar certos tipos de pessoas, não é mesmo?
Logo quando cheguei a revista percebi uma movimentação diferente. Todos pareciam ter esquecido como se respirar, e pareciam se mover como robôs. O que inferno estava acontecendo ali?
– Bom dia, Victória. A senhora Margort Lefort e seu agente já chegaram? – Perguntei a minha assessora antes de entrar na minha sala.
– Bom dia, senhorinha Leonor. Sim, já chegaram e o diretor fez questão de pessoalmente os direcionar para lhe aguardar na sala de reunião. Sabe como é, era um lugar mais reservado.
Olhei em volta e percebi que todos os olhos arregalados estavam voltados para mim. Aquilo era levemente irritante.
– O que há com esse povo hoje? Parecem que viram um fantasma.
– Tenho certeza que é quase isso senhorita. Na verdade, eu diria que vimos uma deusa. Ela é tão linda, mas também tão assustadora. Queria chegar aos quarenta com aquela pele dela, mas não com o humor.
Ergui a sobrancelha não conseguindo compreender.
– De quem você está falando?
– Ora, como de quem? Margort Lefort, é claro.
– Como é que é? Você está me dizendo que todo estão agindo roboticamente por causa da mulher com quem terei reunião?
– Ela não é uma mulher qualquer, senhorita. Estamos falando de Margort Lefort, a cruela do mundo dos cosméticos. Provavelmente essa maquiagem que você está usando hoje, foi ela quem idealizou.
Eram muitas informações para serem processadas. Quem era essa mulher? A sensação que eu tinha era que como colunista e editora chefe de uma das revistas mais conhecida do país, eu não estava fazendo meu trabalho direito. Se essa mulher era tudo isso que Victoria falava, eu deveria conhecê-la, não deveria?
– Será possível que você não perde essa mania de me chamar de senhorita? Apenas Leonor, Victória. – Tentei mudar de assunto.
– Desculpe senho... – Ergui a sobrancelha a olhando seriamente. – Leonor.
– Maravilha! Bem melhor assim. – Pisquei o olho para a jovem a minha frente.
Depois que deixei minha bolsa na minha sala peguei alguns materiais de trabalho e meu tablet e fui para sala de reunião onde estava sendo aguardada.
– Bom dia! Perdoe-me pelo o atraso, mas tive problemas com o trânsito caótico dessa cidade. – Falei ao entrar na sala e encarar as duas figuras a minha frente.
Quis rir com o estilo original do homem que estava ali a minha frente. Ele usava um chapéu de couro branco, enquanto seu terno era um perfeito tom de amarelo canário. De longe era alguém que realmente atrairia o olhar de todos a sua volta. Em contra partida, a mulher de cabelos platinados e curtos ao seu lado, estava elegantemente vestida com um conjunto preto da Chanel que provavelmente me custaria um rim.
Enquanto o homem tinha uma expressão facial alegre e amigável, a mulher ao lado dele sequer demonstrou constrangimento ao me olhar de cima a baixo com aquele olhar de avaliação. Sua expressão era séria, fechada, digno de alguém arrogante e prepotente que normalmente se achava superior a tudo e a todos.
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Casos de amor em Paris
RomanceParis é o coração francês, popularmente conhecido como o centro dos grandes amantes, os românticos, os passionné, enamorados, apaixonados... É assim, em diversas línguas, porém dividindo o mesmo significado, que ao longo do tempo Paris ficou conheci...