Capítulo 27 - Entrega

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Pov Leonor

– Você é louca? – A olhei perplexa enquanto estávamos ainda ali paradas na porta do meu apartamento.

– Para ser honesta? Nunca fui, mas estou. – Sua mão tocou meu rosto sem que ela parecesse preocupada com uma rejeição. – Estou louca por você. Isso é uma responsabilidade completamente sua. Então, lide com isso.

Era impressionante como Margort sempre encontrava uma maneira de envolver outra pessoa naquilo que a responsabilidade pesava em seus ombros.

– Sua noiva...

Mal comecei a falar e logo tive meu corpo sendo arrastado para dentro de casa. Margort fechou a porta atrás de nós e foi direta parecendo não querer deixar brechas para que algo interrompesse aquele momento.

– Não tem mais ninguém além de você.

Não pude pensar muito a respeito do que Margort tinha acabado de dizer, pois logo senti sua boca reivindicando a minha em um beijo urgente e possessivo. Enquanto tentava assimilar o que me foi dito, as mãos de Margort criaram vida própria. Ela não parecia disposta mesmo a me deixar escapar naquela noite, e para ser bem honesta, meu corpo que respondia a cada toque também não parecia disposto a resistir mais do que já tinha resistido até aqui.

Quando me dei conta, eu já estava me entregando aquilo que lutei contra por muito tempo. Pela primeira vez eu estava ali nos braços da mais velha retribuindo seu beijo com entrega, desejo, paixão... Ela chupou meus lábios e nada pude fazer além de gemer baixinho contra sua boca, o que a fez sorrir largo. Margort afastou-se por breves segundos apenas para me encarar.

– O que foi? – Perguntei meio atordoada pelo o sabor da sua boca.

– O som do seu gemido é ainda melhor do que os dos meus sonhos. – Seus dedos se perderam por entre os fios dos meus cabelos onde ela os segurou com força os puxando levemente para trás. – Vou te fazer gemer para mim a noite inteira, Leonor. Preciso saciar essa vontade louca que você plantou em mim durante todo esse tempo. Me leve para conhecer seu quarto, minha garota. a-g-o-r-a!

Novamente ela não me deixou escolha. Sua última palavra foi dita como um veredito em um tom suave, arrastado, em um sotaque francês carregado de luxúria e desejo.

Entre beijos e caricias quase brutas, me peguei entregue a Margort enquanto a conduzia até meu quarto. Àquela altura eu já não estava raciocinando o que era certo ou errado, eu apenas me rendia ao destino.

Senti Margort mergulhar a boca na pele arrepiada do meu pescoço e dar uma leve chupada ali naquela região sem se importar com o fato que amanhã aquela merda ficaria marcada. Para ser bem sincera, acho que eu também não estava me importando muito com isso.

– Você é irresistível quando resistente. Mas quando entregue é simplesmente uma perdição, Leonor Pavard. – Sussurrou a mais velha. – Vou tê-la de todas as maneiras, mas quero prová-la lentamente para memorizar em meu paladar qual será o meu sabor preferido a parti dessa noite.

Tudo o que Margort dizia era provocante, sedutor, e parecia ser uma combinação perfeita a seus toques nenhum pouco discretos. Enquanto sua boca me domava, suas mãos percorriam meu corpo em uma exploração sem fim. Ela parecia querer conhecer cada curva para então depois se perder e me levar junto para o céu ou inferno. Fosse como fosse.

Senti o vão das minhas pernas serem invadidos e fui obrigada a voltar meu rosto para o dela. Ela sabia como fazer tudo certo mesmo parecendo que tudo aquilo fosse errado. Sabia como manipular e conquistar o que queria. De maneira lenta e excitante, Margort se afastou do meu corpo e foi passeando com o olhar enquanto ela mesma o despia para em seguida reivindicá-lo para ela. Ali enquanto meu corpo começava a ser completamente exposto aos seus desejos mais avassaladores, eu soube que não tinha mais volta, ela tinha ganhado aquela batalha.

Casos de amor em ParisOnde histórias criam vida. Descubra agora